Cap.21Scarlett por sua vez andava pelo seu bairro para fugir das explicações maçantes que teria que dar a seu pai, já que ele não viu Aysha chegar em casa.Mas a menina inquieta não se limitou a seu bairro, decidiu seguir estrada a fora se recordando da área mais ou menos que ela correu e Henry a salvou.“Não estou mais me arriscando, certo? Pensando bem, meu bairro só tem mafiosos e por isso é tão isolado, porém isso não impede que alguém invada a floresta e tente fazer mal a um dos herdeiros dessas líderes, é ridículo o raciocínio dos caras quando eles pensam em fazer mal aos herdeiros para afetar os parentes, eu no mínimo armaria um plano bem bolado e mataria todos os líderes, seria o fim dos mafiosos” pensava ela distraída pelo caminho, até chegar no canil.— Scarlett, quanto tempo — disse Afonso em frente ao canil varrendo o chão recentemente cimentado.— Você parece estar tendo bastante êxito aqui — comentou olhando ao redor.— Sim, você ajudou bastante— Não foi nada demais, a
Cap.22Já era madrugada quando Scarlett andava pela casa, a menina parecia inquieta, olhar perdido, seguiu até um suporte no escritório do pai e pegou um par de chaves entre outras penduradas e seguiu pelo corredor, até depois do seu quarto e do quarto de sua irmã.Já fazia tempo que aquele quarto estava trancado, era um grande espaço vazio com um piano no centro, a menina andou ansiosa em direção, mas não eram os teclados que lhe chamavam atenção, mas sim o violino partido ao meio em cima de sua cauda.Se sentou na cadeira e debruçou-se sobre o teclado do piano caindo no sono.Acordou com o celular vibrando em seu bolso, então saiu correndo da sala a trancando e colocou a chave no lugar antes de ser percebida.Se arrumou dessa vez importando mais com seu estilo, mas não mudou muita coisa de como era antigamente e seu tão aclamado batom rubro, uma fita como tiara contendo seus fios ruivos de cair sobre o rosto e seguiria mais uma vez sozinha para a escola.Era muita coragem e novament
Cap.23— esse restaurante só tem as receitas da minha mãe — confessou a fitando ternamente. — Eu gosto, mas Vicente desaprovou cada prato, dizendo que era ruins comparados o da nossa mãe, realmente não são exatos, ela tinha algo diferente que mudava a comida, e aqui só temos o sabor— Que ingrediente secreto era esse?— O amor dela, era o amor dela — você parece que gostava muito dela — Comentou gentilmente.— Era a minha mãe, como não? A única em um milhão, ele tinha os dedos mágicos, tornava tudo melhor… — Foi interrompido pelo celular de Scarlett tocando./Estamos no parque central, sabe aquela violinista que você ama? — Disse Aysha empolgada./Ah sim, estou indo aí — Disse se levantando, encerrando a ligação.— Onde está indo? — É… Encontrar uma amiga, ela está me esperando agora — Eu te levo — Disse desconfiado ao se levantar.— Não, eu vou pegar um táxi, é… Obrigada — Disse lhe surpreende com um abraço apertado de poucos segundos em seguida correndo para fora do restaurante a
23.2— esse dia para mim não existe— é só uma data que as pessoas inventaram para ter algo para comemorar — completou ela— Exatamente— Alguém sensato — Murmurou aliviada. — Mas o que você faz aqui?— Tem uma violinista… — Comentou pegando o mapa.— droga… meu senhor das calças armadas… das barrigas desarmadas me segura… — suplicou Scarlett apertando a barriga revirando, sua cara estava mais vermelha que pimentão, enquanto se afastar de Henry envergonhada. — Que se dane, ele que descubra estou em uma emergencial terrível… — Murmurou ignorando Henry que a segurou pelo ombro.— O que está acontecendo agora?— nada… — murmurou mordendo os lábios de costas para ele em uma careta desesperada, com as pernas cruzadas.— Tem certeza? Estou ouvindo seu estômago embrulhar, quer ir ao banheiro? — perguntou percebendo sua vergonha.— não! Eu só estou ansiosa… — se encolheu sentindo seu estômago revirar, fazendo Henry segurar o riso.— e pelo visto comeu mais do que devia, e não sabe onde é o ba
Cap.24Scarlett Mozart.Já estou a quase 10 minutos no banheiro esperando ele ir embora, a essa altura nem quero mais saber de Mathias e Aysha se ele tiver que descobrir, ele vai! Porque eu fiquei tão nervosa que me deu uma disenteria diabólica… e novamente essa sensação…Admito que esses dez minutos também tem mais haver com a minha barriga, estou tão envergonhada que está piorando tudo, pior é se nesses poucos minutos a desmiolada passar perto do banheiro. Passei mais cinco minutos no banheiro, tentei fazer exercício de respiração para me acalmar e sair.— Está viva aí? — perguntou batendo na porta, enquanto eu estava em frente ao espelho.— Estou! Já estou saindo — lhe disse com as pernas trêmulas seguindo até a saída.— ah… até que enfim. — murmurou com ironia. — você está bem? — perguntou analisando minha face quando sair, ele brevemente apertou minhas bochechas como se eu fosse massa de modelar. — você está com febre? Ainda está vermelha, vamos à farmácia — disse com preocupação
24.2— você é meio primitivo, não é? — perguntou enquanto ele estava concentrado.— meu carro tem de tudo, eu faço caçadas às vezes e não é atrás de animais — disse me encarando com uma sobrancelha erguida, hoje ele só estava piorando meu psicológico, uma mistura de admirar e morrer de medo, eu e Aysha estamos tão ferradas, tenho que separar ela de Mathias ou a gente… não quero nem pensar. — venha — me chamou me dando os pedaços de abacaxi em um recipiente de isopor.— obrigada… — murmuro sem jeito mordendo uma das rodelas.— Isso ajuda na digestão, logo você vai se sentir melhor — comentou em fim voltando a ficar sério, me senti sobre o banco de seu carro com as pernas para fora do veículo, enquanto ele se mantém encostado na outra porta, aparentemente pensativo.— você também gosta de música? — pergunto— digamos que sim— eu sou muito fã dessa violinista— Na casa de seu pai vocês tem uma sala de música — comentou disperso.— Você conheceu?— Sim, um dia quando seu pai me mostrou a
Cap.25Henry(narrando)Liana é uma amiga antiga minha, bom… Não amiga exatamente, mas ela é de uma família mafiosa que decidiu seguir o caminho da música.— É uma pena que esteja noivo agora que estou de volta, como você está? — perguntou ainda pendurada em meu pescoço, deu uma furtiva olhada para a ruiva e ela estava totalmente concentrada no violino, parecia que havia encontrado o ouro. — Estou bem, ainda não casei, mas e você o que anda fazendo além de concertos? — Bom… Eu tenho viajado e sentindo saudades desse lugar, de você principalmente, podíamos marcar um dia e sair juntos, o que acha?— Sabendo que não vamos além como era antes — comentei lhe fixando o olhar então seus olhos vacilaram demonstrando desgosto.— Uhm que pena, queria exatamente como era antes, você está muito recatado, por que mudou tanto?— Eu sou o braço direito do meu pai, se eu não der exemplo eu perco meu lugar — Ah verdade, igual a Vittorio que era o duque e foi rebaixado a recrutador por causa de suas
cap.25.2— Isso não vem ao caso, não tínhamos nada — Está certa — Vocês dois… Eram namorados ou algo do tipo? — perguntou ela curiosa.— Quase fomos, mas Henry é muito exigente — disse com chateação.— E vocês se gostam? Isso talvez ainda dê certo — comentou interessada, mas não sei porque isso me deixou com um certo incômodo.— Isso não é de sua conta, porque está comentando ou sugerindo alguma coisa se sabe que estou noivo de sua irmã?— Desculpa, só pensei… — não pensou nada, vou te levar para casa agora — lhe disse a puxando para longe de Liana. — Não se atreva a dar esperanças a nenhuma mulher, eu não preciso disso — A avisei de forma dura.— Estamos falando da Liana, quem melhor que ela para você? E pelo que já percebi você nem gosta da Aysha de verdade, vai ver se sente só na obrigação de se casar por causa de seu pai, mas você já é um homem bem adulto e grande só para complementar e não é adequado que me puxe dessa forma, estou começando a ficar constrangida com as pessoas