Cap.23— esse restaurante só tem as receitas da minha mãe — confessou a fitando ternamente. — Eu gosto, mas Vicente desaprovou cada prato, dizendo que era ruins comparados o da nossa mãe, realmente não são exatos, ela tinha algo diferente que mudava a comida, e aqui só temos o sabor— Que ingrediente secreto era esse?— O amor dela, era o amor dela — você parece que gostava muito dela — Comentou gentilmente.— Era a minha mãe, como não? A única em um milhão, ele tinha os dedos mágicos, tornava tudo melhor… — Foi interrompido pelo celular de Scarlett tocando./Estamos no parque central, sabe aquela violinista que você ama? — Disse Aysha empolgada./Ah sim, estou indo aí — Disse se levantando, encerrando a ligação.— Onde está indo? — É… Encontrar uma amiga, ela está me esperando agora — Eu te levo — Disse desconfiado ao se levantar.— Não, eu vou pegar um táxi, é… Obrigada — Disse lhe surpreende com um abraço apertado de poucos segundos em seguida correndo para fora do restaurante a
23.2— esse dia para mim não existe— é só uma data que as pessoas inventaram para ter algo para comemorar — completou ela— Exatamente— Alguém sensato — Murmurou aliviada. — Mas o que você faz aqui?— Tem uma violinista… — Comentou pegando o mapa.— droga… meu senhor das calças armadas… das barrigas desarmadas me segura… — suplicou Scarlett apertando a barriga revirando, sua cara estava mais vermelha que pimentão, enquanto se afastar de Henry envergonhada. — Que se dane, ele que descubra estou em uma emergencial terrível… — Murmurou ignorando Henry que a segurou pelo ombro.— O que está acontecendo agora?— nada… — murmurou mordendo os lábios de costas para ele em uma careta desesperada, com as pernas cruzadas.— Tem certeza? Estou ouvindo seu estômago embrulhar, quer ir ao banheiro? — perguntou percebendo sua vergonha.— não! Eu só estou ansiosa… — se encolheu sentindo seu estômago revirar, fazendo Henry segurar o riso.— e pelo visto comeu mais do que devia, e não sabe onde é o ba
Cap.24Scarlett Mozart.Já estou a quase 10 minutos no banheiro esperando ele ir embora, a essa altura nem quero mais saber de Mathias e Aysha se ele tiver que descobrir, ele vai! Porque eu fiquei tão nervosa que me deu uma disenteria diabólica… e novamente essa sensação…Admito que esses dez minutos também tem mais haver com a minha barriga, estou tão envergonhada que está piorando tudo, pior é se nesses poucos minutos a desmiolada passar perto do banheiro. Passei mais cinco minutos no banheiro, tentei fazer exercício de respiração para me acalmar e sair.— Está viva aí? — perguntou batendo na porta, enquanto eu estava em frente ao espelho.— Estou! Já estou saindo — lhe disse com as pernas trêmulas seguindo até a saída.— ah… até que enfim. — murmurou com ironia. — você está bem? — perguntou analisando minha face quando sair, ele brevemente apertou minhas bochechas como se eu fosse massa de modelar. — você está com febre? Ainda está vermelha, vamos à farmácia — disse com preocupação
24.2— você é meio primitivo, não é? — perguntou enquanto ele estava concentrado.— meu carro tem de tudo, eu faço caçadas às vezes e não é atrás de animais — disse me encarando com uma sobrancelha erguida, hoje ele só estava piorando meu psicológico, uma mistura de admirar e morrer de medo, eu e Aysha estamos tão ferradas, tenho que separar ela de Mathias ou a gente… não quero nem pensar. — venha — me chamou me dando os pedaços de abacaxi em um recipiente de isopor.— obrigada… — murmuro sem jeito mordendo uma das rodelas.— Isso ajuda na digestão, logo você vai se sentir melhor — comentou em fim voltando a ficar sério, me senti sobre o banco de seu carro com as pernas para fora do veículo, enquanto ele se mantém encostado na outra porta, aparentemente pensativo.— você também gosta de música? — pergunto— digamos que sim— eu sou muito fã dessa violinista— Na casa de seu pai vocês tem uma sala de música — comentou disperso.— Você conheceu?— Sim, um dia quando seu pai me mostrou a
Cap.25Henry(narrando)Liana é uma amiga antiga minha, bom… Não amiga exatamente, mas ela é de uma família mafiosa que decidiu seguir o caminho da música.— É uma pena que esteja noivo agora que estou de volta, como você está? — perguntou ainda pendurada em meu pescoço, deu uma furtiva olhada para a ruiva e ela estava totalmente concentrada no violino, parecia que havia encontrado o ouro. — Estou bem, ainda não casei, mas e você o que anda fazendo além de concertos? — Bom… Eu tenho viajado e sentindo saudades desse lugar, de você principalmente, podíamos marcar um dia e sair juntos, o que acha?— Sabendo que não vamos além como era antes — comentei lhe fixando o olhar então seus olhos vacilaram demonstrando desgosto.— Uhm que pena, queria exatamente como era antes, você está muito recatado, por que mudou tanto?— Eu sou o braço direito do meu pai, se eu não der exemplo eu perco meu lugar — Ah verdade, igual a Vittorio que era o duque e foi rebaixado a recrutador por causa de suas
cap.25.2— Isso não vem ao caso, não tínhamos nada — Está certa — Vocês dois… Eram namorados ou algo do tipo? — perguntou ela curiosa.— Quase fomos, mas Henry é muito exigente — disse com chateação.— E vocês se gostam? Isso talvez ainda dê certo — comentou interessada, mas não sei porque isso me deixou com um certo incômodo.— Isso não é de sua conta, porque está comentando ou sugerindo alguma coisa se sabe que estou noivo de sua irmã?— Desculpa, só pensei… — não pensou nada, vou te levar para casa agora — lhe disse a puxando para longe de Liana. — Não se atreva a dar esperanças a nenhuma mulher, eu não preciso disso — A avisei de forma dura.— Estamos falando da Liana, quem melhor que ela para você? E pelo que já percebi você nem gosta da Aysha de verdade, vai ver se sente só na obrigação de se casar por causa de seu pai, mas você já é um homem bem adulto e grande só para complementar e não é adequado que me puxe dessa forma, estou começando a ficar constrangida com as pessoas
Cap.26Henry (narrando)É difícil explicar, mas ao chegar em casa fiquei inquieto com o dia que tive, mesmo após um banho gelado, aquela menina não sai da minha cabeça.De alguma forma estou começando a ficar atormentado e não tenho a mínima ideia do que estou sentindo.Fiquei alguns minutos, encostado na parede fria do banheiro enquanto a água caia sobre a única coisa que se podia ouvir nessa casa vazia.Desistir de tentar tirar ela dos meus pensamentos, me troquei e segui para a biblioteca, mas a droga da música está tocando na minha cabeça e não que seja ruim, é que ela também está está láFoi uma surpresa vê-la tocando, pior ainda é o fato de me incomodar com ela tocando para outros ouvirem.Passei metade de madrugada acordado com meus pensamentos conturbadosAcordei pela manhã bem cedo, o domingo estava tranquilo, parecia ser um dia perfeito para visitar alguém.Vestir-me da forma mais discreta possível, assim penso, uma camisa branca de botão e calça social slim, não parece ser
Cap.27Scarlett teve um surto em seu quarto, após se olhar no espelho e ver o bico de seus seios marcando a blusa.— maldita puberdade! — bradou de forma estridente se jogando de cara na cama se esperneando igual uma surtada. — eu odeio a minha vida — choramingou se encolhendo abraçando o estômago ao sentir fome, sua vontade era de descer, mas a vergonha não lhe deixava encarar Henry novamente, já bastava ele ter a visto de pijama e agora tinha passado esse vexame.Ficou observando discretamente pela janela da frente até ver ele indo embora, não havia ficado na casa nem por vinte minutos.Após ele ir embora sentiu um certo incômodo como se não quisesse que ele fosse, voltando a ficar chateada novamente por esse novo motivo, após isso a empregada voltou a seu quarto levando seu café da manhã.— Olá Anise — se levantou sem jeito desejando fazer perguntas a moça que aparenta ter 25 anos, a mesma demonstra sempre reverência e fica de cabeça baixa, com um uma touca amarrada na cabeça. — é…