CAPÍTULO 125 Fabiana Prass Assim que todos foram embora do chá revelação, eu respirei fundo e Antony percebeu. — O que você tem, ragazza? — puxou uma cadeira e sentou na minha frente naquela grande copa. — Antony... — Hum... — Porque me pediu suco, mais cedo? — olhei nos olhos dele, que estavam arregalados. — Nada demais... me desculpe se te cansei... — É sério que vai continuar com isso? Acho bom lembrar que sou a pessoa que mais pode confiar, e me tratar com respeito! — Mas... — Você me tratou como uma idiota! Eu não sou cega, vi que um homem morreu no meu chá revelação! Vi um corpo caído na minha frente, e você me pede um suco? — Eu sinto muito, eu só tentei te proteger! — levantei chateada. — Então dá próxima vez, vê se diz: “Fabiana, aqui está perigoso! Fique dentro de casa, que vou ali resolver”, sei lá o quê! Ao invés de me achar uma tonta que precisa fazer o suco! — falei irritada e ele se levantou na mesma h
CAPÍTULO 126 Rebeca Prass Duarte Eu não imaginei ouvir do Enzo o que ele sente por mim. Na verdade, eu só percebi que realmente sentia o mesmo, quando o ouvi dizendo, então eu tinha certeza que o que sentíamos era amor. — Será que ainda tem gente lá fora? — perguntei ao me lembrar que alguns nos viram entrar. — Só tem um jeito de descobrir! — Enzo sorriu com o canto da boca, e virou a chave da porta daquele banheiro. Fui até ele e bem perto perguntei: — Acha que alguém ouviu? — soltei um leve sorriso. — Você se importa? — questionou, mas dei de ombros. — Como eu pensei! — sorriu, terminando de abrir. Quando saímos, parecia tudo fechado, e todos já haviam ido embora. — Vai mesmo querer ficar com a arma menor? — ele perguntou. — Sim! Quando tiver mais experiente eu vejo outras! — ele assentiu e fomos saindo. Enzo puxou a minha cintura pra ele, andou agarrado a mim do lado de fora. Passamos por dentro da boate e a sensação
CAPÍTULO 127 Enzo Duarte Rebeca é incrível, muito original. Fiquei surpreso com tudo o que vi, ela é decidida e firme, e o que mais me chamou a atenção foi que não usou a arma nova em nenhum momento, ela tem controle de si, controle das coisas, e isso me enlouquece. Não quis mais ficar ali, eu precisava de privacidade com ela, agora o assunto era só nosso! Fomos direto para o banho, dispensei os funcionários. — Não quis usar a arma com a puttana? — perguntei quando puxei os seus cabelos molhados, com ela ainda de costas pra mim, se encostou completamente perto da minha boca e a beijei, devagar e intensamente, até perder o ar. — A arma é para outras coisas, aquela puta só precisava de uma boa lição, e não precisei da arma para isso! — as palavras dela me deixaram ainda mais excitado, a empurrei na cama, fazendo com que caísse de quatro, e puxei ainda mais forte os seus cabelos molhados. Rebeca me olhou por trás e disse: — Você é uma incógnita,
CAPÍTULO 128 Don Antony Strondda (Meses depois) — Maicon? — Sim, chefe! — Encontrou o oponente? — pergunto em voz baixa ao mirar a minha Taurus na direção dos soldados da máfia francesa. Maicon andou aprendendo com o Salvatore a atirar à distância, e hoje precisamos invadir o reduto francês e verificar o que está acontecendo que está chegando apenas a metade das cargas de armas em Roma. — Sim, podem entrar! Se me der o sinal eu atiro! — Maicon disse, voltando a se concentrar. — Ok, fique atento e na posição. Salvatore ficou na mesma posição que o Maicon, estava cuidando do outro lado, então eu entrei com o Alexander, e o Enzo cercou o outro perímetro com a Rebeca. Quando enviei o sinal, nós invadimos. Entramos conforme o combinado e quando eles viram, já estávamos lá dentro, todos nós com armas apontadas para eles. — Eu quero saber onde estão as armas que não chegaram!? Espero que saibam que nesse momento, dois atirador
CAPÍTULO 129 Don Antony Strondda — Com ordem de quem? — tentei falar baixo e devagar, embora eu já os via espalhados no chão, depois de tantos tiros que tive vontade de dar se estivesse com a arma. — Alguém o denunciou... — O maledetto do policial falou. — Esse senhor não está armado, deve ter se confundido! Eu mesma o acompanhei quando trocou de roupa! — falou aquela enfermeira, e estranhei. — De qualquer forma, preciso que me acompanhe até lá fora, preciso fazer algumas perguntas e... — olhei para a Fabi, então não quis deixá-la nervosa. Então falei com os policiais: — Ligue para o seu chefe, e então eu vou! — ele estreitou os olhos. — Meu chefe? — Sim, e ande logo! Meu filho precisa ir para o quarto! Aliás... podem levá-los, eu já estou indo! — os médicos ficaram olhando, eles me conhecem bem, não ousaram dizer nada. — Enfermeira, Débora... libere a porta! — um dos médicos falou para a enfermeira que me defendeu, e ent
CAPÍTULO 130 Rebeca Prass Duarte — É sério que ainda temos que esperar mais duas horas? Vou pirar aqui parada nesse lugar! — Reclamei para o Enzo e Maicon, já que os nossos soldados ficaram no local do avião. — Sim, Rebeca! Você já me perguntou duas vezes! — fiquei batendo o pé no chão, fazendo um barulho que já estava me chateando. — Vou procurar um banheiro! — levantei estressada, “o Don deveria ter esperado a gente, mas não... deixou aqui resolvendo tudo!“ Quando encontrei o banheiro, sorri ao ver um chuveiro, “em duas horas posso aproveitar bastante para gastar a água e a luz desses miseráveis!“ — pensei e fui tentar ligar o chuveiro, que fazia um barulho alto, mas a água estava boa. Tirei as roupas e esqueci da vida... fiquei em baixo do chuveiro, deixei a água cair por um tempo na minha cabeça e fechei os olhos. — Pensaram que as coisas acabariam, assim? — dei um pulo quando ouvi uma voz diferente. Estava longe de onde eu estava, mas
CAPÍTULO 131 Don Antony Strondda [Toc-toc] Ouço o barulho de batidas na porta, e autorizo a entrada. — Mandou chamar, Don? — levanto a cabeça vendo o meu cunhado, tão bem vestido na minha sala, dentro do escritório. — Fico feliz que tenha evoluído, está todo moderno, olha só! — sorrio ao olhar para ele e ver como amadureceu como homem, aumentou um pouco o volume dos braços e usa um estilo bem moderno. — Sou grato por tudo, a vida que tenho aqui não se compara com a que vivíamos! — peguei dois copos e servi o meu whisky a ele. — Então, eu gostaria de saber exatamente sobre isso... está satisfeito como soldado? — Sim, aprendi muita coisa e gosto do que faço. — sentei na minha cadeira. — E, os seus pais? Como estão no emprego novo? A Fabi me diz que estão gostando, mas é isso, mesmo? — Sim, estão bem felizes, a minha mãe faz tudo o que a tua tia pede, e acho que a mulher gostou dela. O meu pai se sente o máximo na nova função,
CAPÍTULO 132 Rebeca Prass Duarte (No anúncio de casamento da Laura) — O que tanto olha? — pergunto para o Enzo. — Parece hipnotizado, olhando o Vinícius... — olhou para mim. — É uma pena que não goste de crianças... — colocou a mão na barriga do Vinícius, dando a volta no berço. — Eu nunca disse isso, porquê está colocando palavras na minha boca? — perguntei irritada. — Bom... é o que parece... — Fui responder, mas não pude, não encontrei a resposta para isso. — Sabe, olhando para esse bebê, eu não consigo imaginar como seria o nosso... será que iria se parecer comigo? Teria os traços de nós dois? — me calei. Enzo pegou o bebê no colo e começou a me faltar ar, engoli seco sentindo o nó que se formava, e me senti mal por ter dito tudo o que falei pra ele nesses meses. — Eu gosto de crianças... — foi a única coisa que consegui dizer. — Gosta? — levantou o olhar, esperançoso. — Sim, eu só não estava pronta... — ele veio mais pert