CAPÍTULO 128 Don Antony Strondda (Meses depois) — Maicon? — Sim, chefe! — Encontrou o oponente? — pergunto em voz baixa ao mirar a minha Taurus na direção dos soldados da máfia francesa. Maicon andou aprendendo com o Salvatore a atirar à distância, e hoje precisamos invadir o reduto francês e verificar o que está acontecendo que está chegando apenas a metade das cargas de armas em Roma. — Sim, podem entrar! Se me der o sinal eu atiro! — Maicon disse, voltando a se concentrar. — Ok, fique atento e na posição. Salvatore ficou na mesma posição que o Maicon, estava cuidando do outro lado, então eu entrei com o Alexander, e o Enzo cercou o outro perímetro com a Rebeca. Quando enviei o sinal, nós invadimos. Entramos conforme o combinado e quando eles viram, já estávamos lá dentro, todos nós com armas apontadas para eles. — Eu quero saber onde estão as armas que não chegaram!? Espero que saibam que nesse momento, dois atirador
CAPÍTULO 129 Don Antony Strondda — Com ordem de quem? — tentei falar baixo e devagar, embora eu já os via espalhados no chão, depois de tantos tiros que tive vontade de dar se estivesse com a arma. — Alguém o denunciou... — O maledetto do policial falou. — Esse senhor não está armado, deve ter se confundido! Eu mesma o acompanhei quando trocou de roupa! — falou aquela enfermeira, e estranhei. — De qualquer forma, preciso que me acompanhe até lá fora, preciso fazer algumas perguntas e... — olhei para a Fabi, então não quis deixá-la nervosa. Então falei com os policiais: — Ligue para o seu chefe, e então eu vou! — ele estreitou os olhos. — Meu chefe? — Sim, e ande logo! Meu filho precisa ir para o quarto! Aliás... podem levá-los, eu já estou indo! — os médicos ficaram olhando, eles me conhecem bem, não ousaram dizer nada. — Enfermeira, Débora... libere a porta! — um dos médicos falou para a enfermeira que me defendeu, e ent
CAPÍTULO 130 Rebeca Prass Duarte — É sério que ainda temos que esperar mais duas horas? Vou pirar aqui parada nesse lugar! — Reclamei para o Enzo e Maicon, já que os nossos soldados ficaram no local do avião. — Sim, Rebeca! Você já me perguntou duas vezes! — fiquei batendo o pé no chão, fazendo um barulho que já estava me chateando. — Vou procurar um banheiro! — levantei estressada, “o Don deveria ter esperado a gente, mas não... deixou aqui resolvendo tudo!“ Quando encontrei o banheiro, sorri ao ver um chuveiro, “em duas horas posso aproveitar bastante para gastar a água e a luz desses miseráveis!“ — pensei e fui tentar ligar o chuveiro, que fazia um barulho alto, mas a água estava boa. Tirei as roupas e esqueci da vida... fiquei em baixo do chuveiro, deixei a água cair por um tempo na minha cabeça e fechei os olhos. — Pensaram que as coisas acabariam, assim? — dei um pulo quando ouvi uma voz diferente. Estava longe de onde eu estava, mas
CAPÍTULO 131 Don Antony Strondda [Toc-toc] Ouço o barulho de batidas na porta, e autorizo a entrada. — Mandou chamar, Don? — levanto a cabeça vendo o meu cunhado, tão bem vestido na minha sala, dentro do escritório. — Fico feliz que tenha evoluído, está todo moderno, olha só! — sorrio ao olhar para ele e ver como amadureceu como homem, aumentou um pouco o volume dos braços e usa um estilo bem moderno. — Sou grato por tudo, a vida que tenho aqui não se compara com a que vivíamos! — peguei dois copos e servi o meu whisky a ele. — Então, eu gostaria de saber exatamente sobre isso... está satisfeito como soldado? — Sim, aprendi muita coisa e gosto do que faço. — sentei na minha cadeira. — E, os seus pais? Como estão no emprego novo? A Fabi me diz que estão gostando, mas é isso, mesmo? — Sim, estão bem felizes, a minha mãe faz tudo o que a tua tia pede, e acho que a mulher gostou dela. O meu pai se sente o máximo na nova função,
CAPÍTULO 132 Rebeca Prass Duarte (No anúncio de casamento da Laura) — O que tanto olha? — pergunto para o Enzo. — Parece hipnotizado, olhando o Vinícius... — olhou para mim. — É uma pena que não goste de crianças... — colocou a mão na barriga do Vinícius, dando a volta no berço. — Eu nunca disse isso, porquê está colocando palavras na minha boca? — perguntei irritada. — Bom... é o que parece... — Fui responder, mas não pude, não encontrei a resposta para isso. — Sabe, olhando para esse bebê, eu não consigo imaginar como seria o nosso... será que iria se parecer comigo? Teria os traços de nós dois? — me calei. Enzo pegou o bebê no colo e começou a me faltar ar, engoli seco sentindo o nó que se formava, e me senti mal por ter dito tudo o que falei pra ele nesses meses. — Eu gosto de crianças... — foi a única coisa que consegui dizer. — Gosta? — levantou o olhar, esperançoso. — Sim, eu só não estava pronta... — ele veio mais pert
CAPÍTULO 133 Fabiana Prass Strondda — Ah, mais esse bebê é muito lindo! Por isso a outra vovó vive em cima! — minha mãe paparica o Vinícius, e eu fico suspirando. — Sabe, mãe... quando eu olho pra ele, fico pensando: se formou dentro de mim, nasceu de dentro de mim, isso é tão incrível, não é? — Somos abençoados, minha filha... tenho certeza que daqui uns anos teremos muitos bambinos correndo por essa casa, essas terras! Quando vocês nasceram, faltava de tudo... a nossa primeira casa era feita de barro, um espaço minúsculo, eu alisava aquele chão com barro e água, usando as mãos ou o que via pela frente, depois ele secava e ficava bonito... pelo menos, eu achava bonito! Depois era só varrer bem direitinho e pronto! — E, como fizeram com as coisas faltando? — A gente levava assim... um dia após o outro, e as coisas sempre davam para comer no final do dia. Embora o seu pai vivia comendo paçoca com coca-cola, porquê era mais barato e durava mais tem
CAPÍTULO 134 Enzo Duarte — Está pronta, ragazza? — pergunto ao bater as mãos na mesa ao ver que finalmente a Rebeca saiu daquele quarto. — Não sei... me diga você! A barriga aparece, ou não aparece? Não posso parecer gorda, estou grávida! — virou de lado, esticando o vestido ainda mais, tentando mostrar a barriga, mas eu não era nem louco de falar merda e esperar mais meia hora. — Diabinha, você está linda! A barriga está linda, vejo perfeitamente! — levantei colocando as mãos na barriga e ela me olhava desconfiada. — Não está dizendo isso para me agradar, ou para irmos logo, não é? — pousou o olhar sobre mim. — Claro de não! Se algum maledetto se atrever a dizer o contrário meto um tiro! Ou enfio uma meia na garganta, dependendo de quem for o maledetto... — ela sorriu. — Você anda engraçado... — Engraçado o caramba! Vamos de uma vez, porquê não é que está grávida, que não te atravesso no meio das minhas costas! — arregalou os olhos. —
CAPÍTULO 135 Rebeca Prass Duarte Fiquei pasma ao saber que não havia apenas “um”, bebê na minha barriga, e sim, “dois”. A médica foi muito atenciosa, e acho que o Enzo ficou um pouco nervoso, pois começou a fazer várias perguntas para a doutora. — Olha, vamos ser práticos! A senhora escreve tudo aí o que pode e o que não pode, e depois a gente lê em casa! — a médica sorriu e levou um tempo, digitando. Quando saímos de lá, ficamos em silêncio, e perto do carro, quando fui abrir a porta, ele me virou de frente para ele e me abraçou. — Agora seremos uma família, Rebeca! — retribuí o abraço. — Te amo... — Eu também te amo, ragazza! — ficamos um tempo ali abraçados, e estranhei quando ouvi uma voz: — Olha só que coincidência... — me virei e vi que uma das atendentes da boate estava ali, daquelas que fazem programas. — É... — dei pouco ênfase, ela foi uma das primeiras a rirem de mim quando comecei na boate. — Alguém está doente? — ela perguntou e já me estressei, “será que a