CAPÍTULO 84 Don Antony Strondda — Antony, está indo pra casa? — Enzo me parou quando saía da boate. — Sim! Resolvi ir mais cedo! — Ótimo, também vou pra lá! Preciso buscar a Rebeca para provar o vestido! — O da Fabi levaram até em casa! Mas já está pronto? Como conseguiu tão rápido? — Ah, é que eles deram a opção dela ir até lá e escolher, acredito que seja melhor! — Não vai olhar o vestido que dá azar! — brinquei. — Mais do que já tenho é impossível! — sorriu. Eu entrei no carro, e o meu primo foi no dele. Quando cheguei em casa estava chovendo, e estranhei ver uma garotinha no jardim, molhada e chorando, apontando para o lago, enquanto a Filipa a repreendia, mas quando ouvi parte da conversa, paralisei. — MAMÃE A TIA TÁ LÁ, É VERDADE! ELA FALOU PARA CHAMAR O DON, SE A GENTE NÃO IR A RAPOSA BRABA VAI ATACAR ELA DENTRO DA ÁGUA! — Raposa? Água? Tia? — Meu Deus, você vai ficar ainda mais doente, eu não devia ter deixado você aqui fora! A tal tia disse o seu nome? — nessa pa
CAPÍTULO 85 Rebeca Prass — A minha irmã vai ficar bem? — perguntei para o Enzo, quando cheguei no hospital. — Oi, querida noiva! Tudo bem com você? — sendo irônico, veio querer me beijar e virei o rosto, então beijou na bochecha. — Se tivesse tudo bem eu não estaria num hospital, e muito menos te perguntando da minha irmã! — ele não gostou, foi discreto, mas deu um jeito de me encurralar num canto. — Por acaso você acorda assim, todos os dias? — Não, fica tranquilo! Eu sou assim apenas com quem merece! — fez cara feia. — Se você não colaborar, vai ficar complicado! — segurou no meu braço. — Eu digo o mesmo! — soltei o meu braço dele e dei as costas. — Onde você vai? — Perguntar da minha irmã! — voltou a me segurar pelo braço. — Espera! — o olhei irritada. — Ela está bem, vai ficar bem! O Don está com ela, iria ajudar num banho, não adianta ficarmos aqui! — me sentei nas cadeiras. — Eu não vou sair enquanto não vê-la! — c
CAPÍTULO 86 Rebeca Prass Uma senhora com roupas muito chiques nos atendeu, uma cara de séria, um coque na cabeça, uma saia longa azul marinho, e um casaquinho chique, parcialmente aberto. — No que posso ajudá-lo, senhor Duarte? — fiquei bem quieta, a velha nem falou comigo, não daria moral pra ela. — Ajude a minha noiva a escolher o vestido de casamento, eu já conversei com a gerente sobre o assunto! — a velha me olhou dos pés à cabeça, me senti uma intrusa na loja, mas eu tinha certeza de que estava melhor do que ela, naquele cabelo duro de tanto produto caro, se enviasse o dedo espetava. — Claro, senhor! E, o que o senhor deseja que eu sugira a ela? — fiquei pensando: “será que essa velha notou que a cliente sou eu e eu estou aqui?“ — Rebeca, diga como pensou em se vestir! — Enzo se virou pra mim bem sério, eu não deixaria a oportunidade de zombar dele. — Quero um vestido longo, com poucas pedras, de alcinhas ou tomara que caia, pode ter transparência das coxas para baixo, e
CAPÍTULO 87 Fabiana Prass Eu não estava acreditando que o Don realmente me ama e dizia isso com todas as letras. — Tive tanto medo... — sussurrei já debaixo da água no chuveiro. — Eu também, ragazza! — olhei nos seus olhos e vi que eles não mentiram, nunca o vi assim, não como está hoje, ele também tremia, ficava me olhando inteira, e quando o seu olhar pousava na minha mão eu notava o seu desespero, eu tentava esconder, mas não resolvia. — Viu... mesmo sendo o Don não pode aguentar e soportar tudo! Mas, se isso acontece é porquê tem sentimentos, Antony! Vamos tirar a tua roupa, está molhado e tremendo! — o puxei para perto de mim. — Me senti um idiota hoje... parece que tudo o que eu fazia era inútil! Fico pensando o que aconteceria se o Enzo não tivesse chegado? Eu não conseguiria sair do tanque, e nem conseguiria te desafogar, ele precisou encostar nos seus lábios na minha frente para te salvar! — era nítido como aquilo o afetava. — E, tudo isso porquê eu perdi o controle..
CAPÍTULO 88 Fabiana Prass Aquela espera iria me matar, senti as minhas mãos suarem frias, o meu corpo mal encostava na maca, estava tenso. — CAZZO! — Antony perdeu a paciência, e antes que falasse besteiras segurei no pulso dele, que me olhou preocupado. — Você está bem? — perguntei, firmando o nosso olhar. — Se você estiver, vou ficar, ragazza! — as lágrimas escorriam do meu rosto enquanto sentia algo estranho ser colocado dentro da minha intimidade. E ele claramente se controlava para não apontar a pistola para os médicos, eu poderia jurar que o vi segurando a arma que estava na cintura. — Estou bem! — respondi, mas ele me olhava confuso, segurou melhor a minha mão e deixou a palma virada pra cima, então o vi de olhos fixos na tela que o médico usava para verificar se via o bebê. — Que tamanho está doutor? — ele perguntou e na mesma hora tentei entender o que ele via, e realmente parecia ter algo ali. Era uma mancha oval, e firmando os olhos eu vi que parecia uma cabecinha
CAPÍTULO 89 Fabiana Prass — O que você disse para a garotinha? — a encarei firme. — Eu só expliquei que a festa é só da família, e ela não deveria interferir. Eu não sei porque empregados tem que trazer filhos para o serviço? — falou, levantando o corpo de perto da menina, e a essa altura o meu sangue estava fervendo, não consigo ver uma coisa dessas com crianças, então a puxei de perto da menina, a agarrando pela roupa, então bem perto dos olhos dela eu falei com raiva: — Os que amam os seus filhos, se preocupam com eles, sabia? Eu nunca vi a sua filha ou filho por aqui, porquê nunca o trouxe? — deu de ombros, enquanto tive vontade de esbofetear aquela mulher. — Não sou como as outras! — olhou a Olivia com desdém e depois com uma feição sombria e algo me veio em mente, então soltei a Danúbia e me abaixei com a garotinha. — Querida... porquê você foi lá na beira do rio? A sua mãe contou que é extremamente obediente, então a tia só queria saber! — mas, claramente vi o seu olhar
CAPÍTULO 90 Enzo Duarte “Maledetta”, eu sei muito bem o que essa safada está tramando, mudou a estratégia, não sou idiota. — Enzo... — virou melhor pra mim, e colocou a palma da mão na frente da arma, manteve um sorriso discreto e por “maldição” só consegui olhar para a sua boca que movia devagar. Encarei aquele Salvatore como merece, com postura guardei a arma e puxei uma cadeira perto da cela. Sentei na cadeira, e fui cuidadosamente trazendo a Rebeca para perto de mim. Ela me olhou de uma forma intensa, seus olhos bem abertos, demorou um pouco mais do que calculei para me entender, mas agora penso que entendeu que eu também sei jogar. — O que foi? — falou baixo, olhou disfarçadamente para a cela e depois pra mim, acho que temos uma evolução aqui. — Nada... eu havia esquecido o que combinamos, mas sente aqui. — dei duas batidas no meu colo para que ela entendesse melhor. — Sentar? — levantou as sobrancelhas, e assenti com um sorriso. — Sim, minha noiva! Fico mais tranquilo
CAPÍTULO 91 Don Antony Strondda Precisei do Enzo para resolver várias coisas, e ele estava demorando, então resolvi ir até o reduto da boate e além de buscá-lo já saberia se ele é a Rebeca não se mataram com o Salvatore. Quando cheguei no reduto, vi que eles não estavam, então fui para a área VIP do Enzo, e para o meu espanto eles estavam melhor do que pensei. Temi se não tivesse chegado a tempo, “o que teria acontecido?“ Estavam aos beijos, e aquilo não era bom para a reputação dela. [Hum-hum] — O casamento é só no sábado! — olhei para eles e Rebeca automaticamente soltou do meu primo, e veio perto de mim. — E, depois eu é que sou louco! Venha primo, precisamos conversar algumas coisas! — ele logo reclamou. — Ela não vai ficar sozinha, aqui! O conteúdo a tratar é sigiloso? Ou posso levá-la junto? Pois se não puder, vou trancar no meu quarto! — olhei para a Rebeca enquanto pensava. — Trancar? Que história é essa? — Rebeca já elevou a voz, ant