Marina não conseguiu explicar sua situação para Elsbeth, mas a velha ficou indignada com sua passividade. —Se Gavin não quisesse a atenção de Camila, ele a teria colocado no lugar dela —Marina disse como desculpa. Elsbeth riu, olhando para Marina balançando a cabeça. —Ah, minha filha. O patrão está muito satisfeito com a situação, ele tem você e ela. Onde estava a mulher que deu um tapa no patrão quando Camila fez um show de mau gosto? Por que você permitiu que o casamento roubasse sua paixão? Ela pensava a mesma coisa quando era casada com José Manuel e o ignorou em favor de um amor não correspondido, agora estava fazendo papel de boba novamente. E eu nem amava Gavin. Marina olhou para Gavin rindo de uma piada que Camila fez e colocando a mão em seu quadril, a confiança que existia entre eles era bem clara. “É verdade, Gavin não sacrifica nada, ele tem o amor do meu filho, me mantém segura e zomba de mim na frente de todos.” Um casal de idosos parou Gavin e Gr
Marina estava em estado de choque, seu coração batia forte, mas dessa vez ela não teve medo, seus sentimentos ficaram confusos, ela olhou nos olhos azuis dele e depois nos lábios. De repente, seus lábios ficam secos. —Do que você está falando Gavin? Coisas como o quê? —Ela perguntou com os olhos fixos nos lábios del. Ele a puxou para perto e seus lábios mal tocaram os dela. —Coisas como eu desejo —ele sussurrou—. Coisas como querer mais do que concordamos. —Isso está errado —Marina sussurrou, sentindo uma eletricidade na barriga quando os lábios de Gavin acariciaram os dela novamente. E então ele a beijou. Marina tinha certeza de uma coisa, ela nunca tinha sido beijada assim... A tal ponto que ele esqueceu onde estava e quem era aquele homem. —Não, Gavin... Isso soou como um apelo, seus sentidos governavam suas ações, seu nariz sentia a colônia masculina deliciosa, sua pele recebia com arrepio a carícia da mão grande e áspera que esfregava seu braço até
Camila estava bêbada ao ver Gavin rindo com sua tia preferida que por sinal não concordava com o relacionamento dele com ela e mostrava abertamente que era um insulto. E todos puderam ver isso. Eles olharam para ela com pena, como se dissessem: “Você perdeu de novo” Para uma mulher tão orgulhosa quanto ela, a situação a machucava mais do que um ferro quente. Ela havia sido trocada novamente por um estrangeiro. Para ela, o ódio por Marina era quase igual ao que sentia por Sofi. —Senhores, chegou o momento mais esperado da noite, o orgulho MacLeod deve ser manifestado. Gavin revirou os olhos. —Que chato —ele comentou. — Do que se trata? —Marina perguntou. —É um costume tradicional —respondeu Fiona—, esta noite devemos celebrar o orgulho do clã, então os mais artísticos fazem demonstrações de lealdade e orgulho. —E ninguém gosta disso —murmurou Gavin. —Só porque você não é um artista não significa que todo mundo não goste disso —repreendeu Fiona—. Eu
Graham olhou para o tornozelo de Ana e ela franziu o rosto, mas ele foi gentil ao verificar, acariciou seu pé, admirando suas unhas pintadas de vermelho e a pele brilhante de suas pernas. Ana percebeu a apreciação do homem e sorriu maliciosamente. — Você quer bolo? —Ela ofereceu-lhe usando linguagem de sinais e ele balançou a cabeça, pegou o prato e entregou-o à boca dela. Ana sorriu e deixou-se alimentar. Ana pediu-lhe o telefone com cartazes e Graham sorriu e entregou-lho. Ana copiou o número dele e devolveu. —Não sei por que não pensei nessa forma de comunicação antes. Ana digitou em seu telefone e enviou a mensagem traduzida para Graham. “A festa é chata?” Graham balançou a cabeça. “Desculpe por tirar você da festa.” Graham sorriu e escreveu: “Não queria que você ficasse sem provar o bolo”. Ana sorriu. —Senhor “Zenkiu” —Ana estreitou os olhos e escreveu no celular e mandou olhando para ele com malícia. “Você já decidiu não me ignorar.”
Marina riu ironicamente. — Por que? Você me disse que também não quer ter nada comigo. Ou o sexo está fora do que significa ter 'algo'?" —Você sabe exatamente o que quero dizer, não aja como inocente —respondeu Gavin com impaciência—. Você talvez pensou que eu estava propondo um relacionamento romântico? Marina deu um passo para trás. —Tenho motivos mais que suficientes para não querer um relacionamento amoroso ou puramente sexual com você, pois você me propor esse acordo é mais que audácia. Gavin ergueu as sobrancelhas, olhando para ela com aquela expressão de superioridade que tanto o incomodava. —Então Marina, por que você se importa com quem eu faço sexo?! Marina cerrou os punhos furiosamente. —Não me importa porra nenhuma! Sua arrogância me irrita ao acreditar que eu..." —Concordamos que não queremos ter nada e pronto, você acha? —Gavin interrompeu, arrependido de ter contemplado algo mais íntimo com ela. —Claro que acho que sim, é isso que eu quero,
No dia seguinte Marina acordou e viu Gavin ajeitando o kilt em frente ao espelho, os travesseiros já estavam no lugar. Marina mordeu os lábios, levada pelo orgulho, ela havia feito Gavin dormir no chão do seu próprio quarto, embora com muitas colchas e travesseiros, ele não dormisse desconfortavelmente. Então ele se levantou de bom humor. —“Bom dia” —ela cumprimentou Gavin e ele balançou a cabeça, ainda irritado com ela, ele a viu pelo espelho enquanto ela passava por trás dele. Gavin se virou para olhar suas pernas e como sua bunda redonda ficava visível no short de cetim. Ele aproveitou os cinco segundos que levou para fechar a porta do banheiro. —Aonde você chegou, parecendo um idiota com um par de pernas —ele se reprovou. Saiu do quarto ao ouvir o som do chuveiro, o mais saudável era manter distância. Ele viu que Cris ainda estava dormindo e foi até seu escritório e mandou chamar Graham. Graham chegou com olheiras e cansaço óbvio. — Ressaca? Graham ba
—Estou indo embora Camila, por que você não vem comigo e deixamos o patrão e a esposa dele? —Graham perguntou a ele. —Preciso conversar com o chefe do nosso clã —Camila respondeu sem olhar para o irmão, ela olhou Gavin diretamente nos olhos. Marina se adiantou —Na verdade, vim procurar o Graham, me disseram que ele estava aqui e quero que ele veja a Cris —disse Marina sem olhar para Camila. —Se o Cris acordar, irei avaliá-lo —respondeu Graham. —E tenho muito trabalho com o novo projeto de cooperação, vou precisar de várias coisas Gavin —Marina avisou com boa disposição, até parecia ansiosa. Gavin estreitou os olhos, ele não confiava o suficiente em Marina e o que ele via como algo benéfico agora ele não sabia se era uma faca em sua garganta, mas não podia mais voltar atrás, então apenas balançou a cabeça. Marina saiu apressada do escritório. Camila olhou para o irmão e Graham suspirou e saiu do escritório, fechando a porta. Camila observou Gavin com os punh
Marina ficou muito feliz, os estudos de Cris refletiram uma melhora e embora faltassem os resultados dos exames especiais, ela tinha fé que seu filho estava no caminho da recuperação. A tia de Gavin, Fiona, revelou-se excelente com crianças e Cris ficou encantado ao ouvir histórias de guerreiros lendários do clã, ela se serviu de um livro com fotos e Cris já começava a entender o idioma. Quando Marina contou com orgulho que Gavin dizia que Cris era um gênio, Fiona não duvidou. —Ele se parece muito com o Anderson, sou muito grato a Deus porque ele deu uma segunda chance ao Gavin com a Cris. —Ele o ama muito. Fiona franziu a testa. —Entendo que não tenha sido fácil para você, mas que bom que você veio com a criança. Marina ficou vermelha de vergonha. Era óbvio que Fiona pensava que tivera um caso com Gavin quando era recém-casada. —Dona Fiona, Cris não foi planejada, a vida às vezes nos leva por caminhos estranhos e ainda bem... Quer dizer, Gavin é um bom pai.