Já fazia três dias, e Sofia ainda não havia acordado. Luca estava ansioso para vê-la abrir os olhos novamente.
Ele já havia falado com Dmitri, que garantiu avisá-lo ao menor sinal de Hanna. A desgraçada havia sumido do mapa, mas ele iria encontrá-la. E quando isso acontecesse, iria fazê-la sofrer por tudo o que causou.Julian Ritter, irmão de Hanna, também estava furioso. Por culpa dela, ele havia perdido um contrato valioso com Draco.Dwayne entrou no quarto, cruzando os braços.— Irmão, estou voltando para Drayton hoje para terminar a limpeza por lá. Volto amanhã à tarde. Se precisar de mim, me liga. — Ele fez uma pausa antes de continuar: — E não se esqueça: essa semana você precisa comparecer às reuniões para manter tudo em ordem nos shoppings. Ainda não descobrimos de onde veio aquele furo financeiro.Luca passou as mãos pelo rosto, exausto.— Eu sei, vou dar um jeito na minha agenda.Dwayne assentiu e saiu, deixandSofia ainda não conseguia acreditar que não poderia mais engravidar. Quando recebeu a notícia, sentiu vontade de desaparecer.Ficou trancada no quarto por dois dias, até que Bella entrou e, com seu jeitinho doce, disse:— Te amo, mamãe.Em seguida, a abraçou e beijou. Naquele momento, Sofia percebeu que não deveria sofrer pelo que nunca existiu, mas sim ser grata pelo que já tinha.Ela decidiu aproveitar cada segundo ao lado da filha. Enquanto isso, Eleonora continuava no encalço de Hanna e estava cada vez mais perto de capturá-la.Já fazia doze dias que a caçadora estava em busca da criminosa, e, no dia anterior, descobriu que Hanna havia se hospedado em um hotel barato na Coreia do Sul, usando um nome falso.Era apenas uma questão de tempo.Luca, por sua vez, decidiu colocar Sofia como sua assistente pessoal, ajudando-o na administração dos shoppings StarRed.Parecia haver um desfalque financeiro, não muito gr
No dia anterior, Luca e Sofia encontraram um casal de irmãos abandonados em um beco próximo à empresa. Eram ruivinhos, com olhos âmbar brilhantes e expressivos. O menino, a quem Luca chamou de Dylan, tinha um ano e quatro meses. A menina, batizada por Sofia como Donna, completaria dois meses em quatro dias. A mãe biológica deles simplesmente os jogou em uma lixeira e desapareceu. Luca encontrou seu nome nas certidões de nascimento e já havia mandado alguém investigá-la. Até o momento, a única informação obtida era que ela era usuária de drogas e estava sumida. Mas nada disso importava. Sofia e Luca já haviam se apaixonado pelas crianças. Elas eram seus filhos agora. E ninguém os tiraria deles. — Amor, vou levar eles ao pediatra hoje. Precisam tomar vacinas e vitaminas. — Sofia avisa, mas Luca não quer deixar ela ir sozinha. — Eu vou com você. Luca pediu para que preparassem o carro. Agora, dois novos bebês-conforto ocupavam o banco de trás. Depois da consulta, ao retorna
Luca logo percebeu que três crianças pequenas exigiam muitos cuidados. Por isso, contratou a amiga do Draco, uma senhora de quase sessenta anos, para ajudar Sofia e Emilly. Ela era doce, animada e parecia ter um carinho genuíno por crianças. Assim que conheceu os pequenos, sorriu encantada. — Amei esses anjinhos! E vocês dois formam um belo casal. Sofia sorriu. — Obrigada, senhora Smiths, tem mais um para a senhora conhecer, mas está viajando com os pais. — Ah, não, meu anjo. Me chame apenas de Nora. — Tudo bem então, Nora. Vou ajudar você a cuidar deles. Mas a senhora balançou a cabeça. — Não precisa, meu anjo. Vá ajudar seu marido. Se eu precisar de algo, te chamo, tá bom? Sofia sorriu e deixou Nora no novo cômodo que Luca mandara construir: um quarto de brincadeiras para as crianças. Em seguida, pegou o celular e mandou uma mensagem para Luca, perguntando onde ele estava. A resposta veio rápida. Ele estava no quarto. No entanto, antes de subir, Sofia decidiu passar pelo e
A situação se complicou rapidamente. Luca foi atingido na cabeça e, com a ajuda de Jack, Sofia o levou para o hospital o mais rápido que pôde. Assim que chegaram, foram cercados por perguntas. A única explicação que deram foi que sofreram uma tentativa de assalto, e Luca acabou baleado. Naquele momento, Sofia compreendeu perfeitamente por que ele havia investido na construção de uma ala hospitalar no porão da mansão, equipada para emergências. Mas agora, não havia tempo para lamentações. O hospital fez ainda mais perguntas, algumas das quais eles não podiam responder sem envolver a polícia. No entanto, já era tarde demais. Os médicos já haviam acionado as autoridades. Sofia respondeu algumas perguntas, mas logo foi informada de que precisaria comparecer à delegacia. Porém, como Luca ainda estava sendo operado, permitiram que ela ficasse no hospital até que ele estivesse estável. Na sala de espera, ela estava sentada ao lado de Jack quando Draco entrou furioso. Sem dar tempo para
Já fazia dois meses que Luca estava no hospital, sem apresentar sinais de melhora. Diante disso, Draco e Dwayne decidiram aprimorar a ala hospitalar no porão da mansão, instalando novos equipamentos para que Luca pudesse continuar o tratamento em casa. O médico se mostrou relutante em concordar com a transferência, mas Draco o levou até o local e mostrou toda a estrutura disponível. Além disso, ofereceu dez vezes o salário que ele recebia no hospital para que cuidasse de Luca 24 horas por dia. Após analisar as condições, o médico aceitou, mas solicitou a compra de mais dois aparelhos essenciais para o monitoramento de Luca. Para garantir ainda mais segurança, Dwayne adquiriu dois novos geradores de energia exclusivamente para a ala hospitalar. — Sofia, está tudo pronto. Luca será transferido hoje. Você pode voltar para casa, eu assino toda a documentação. Mas Sofia recusou imediatamente. — Não, Dwayne! Eu quero ajudar e também quero ir junto com ele. Não quero ficar longe dele
Já se passaram alguns dias desde que Luca voltou para casa. Sofia estava dormindo no quarto de Bella. Na primeira noite, tentou dormir no quarto do casal, mas Luca não conseguiu pregar os olhos. No meio da noite, ele a olhou e disse, com a frieza que partiu seu coração: — Não estou acostumado a dormir com estranhas. Diante disso, Sofia preferiu sair de lá. Desde então, evitava ficar no mesmo ambiente que ele por muito tempo. Para tentar se distrair, pediu a Dwayne que acelerasse a reforma da nova casa. O local era maior e mais seguro, o que se tornava essencial, já que agora havia mais crianças na família. Ela sentia falta do seu quarto de lá, do conforto e da privacidade que aquele espaço lhe proporcionava. A reforma já durava um mês e, ao que tudo indicava, levaria mais algum tempo até que estivesse pronta. Sofia tem uma reunião importante com Tommaso, ela ainda está ajudando na máfia e nos shoppings enquanto Luca se recupera em casa. Marco o havia colocado como responsável pe
Luca olhava para o relógio mais uma vez. Sofia saiu há horas para mostrar a cidade a Tommaso e ainda não havia voltado. As horas se arrastavam, e a paciência dele desaparecia a cada minuto. O relógio em seu pulso marcava nove e meia da noite. Ele serviu-se de mais uma dose dupla de uísque, tentando conter a irritação crescente. Foi então que ouviu o barulho de um carro estacionando do lado de fora. Poucos minutos depois, Sofia entrou pela porta da frente, agindo como se nada tivesse acontecido. Sem conseguir se segurar, Luca foi até ela, a raiva transbordando em sua voz. — Você só pode estar brincando comigo, Sofia. — Ele cruzou os braços. — Olha a hora que volta para casa? Você tem marido e filhos. Não pode ficar andando por aí com outro homem. Se ele queria conhecer a cidade, que contratasse um guia turístico. Sofia revirou os olhos, impaciente. — Sim, Luca, eu tenho um marido. — Ela se aproximou. — Mas ele não se lembra de mim. Então, me diga, qual é o sentido de ter um marido
Sofia e sua família haviam voltado para a antiga casa no dia anterior. O espaço era maior, com mais quartos disponíveis, e, no momento, ela precisava de um para si mesma. As coisas entre ela e Luca não estavam bem, especialmente depois daquela noite. Ela realmente acreditou que, depois de fazerem amor, ele finalmente cederia, mas se enganou. Desde então, os dois sequer trocaram palavras. Quando cruzava com ele pela casa, evitava qualquer contato, ainda magoada com a forma como tudo aconteceu. Naquela noite, esperou que ele viesse atrás dela, mas isso nunca aconteceu. Agora, na nova casa, Bella, Théo, Dylan e Donna tinham seus próprios quartos, o que Sofia achava importante para que não fossem tão dependentes uns dos outros. Ela, por sua vez, escolheu um quarto no andar de baixo, próximo ao escritório. Pelo menos ali, tinha um banheiro privativo, um espaço amplo e um pequeno closet. Era perfeito. Nos últimos dias, se afundou no trabalho, ficando até tarde no escritório. Tommaso a