Sofia acordou nos braços de Luca, e as lembranças da noite anterior lhe trouxeram um peso no peito. O arrependimento veio rápido. Não deveria ter cedido. Não deveria ter caído nas palavras dele.
— Droga. — Ele provavelmente acordaria pensando que estava tudo bem entre eles.Silenciosamente, levantou-se e foi até o banheiro. Cuidou de si, tomou um banho demorado e, enrolada na toalha, dirigiu-se ao guarda-roupa para pegar uma roupa.Foi quando sentiu os braços fortes dele envolverem sua cintura por trás. O contato lhe despertou um desejo instantâneo, mas se forçou a se controlar.— Não faça isso, Luca. — murmurou, tentando manter o tom firme. — A noite de ontem foi um...— Se você disser que foi um erro, eu te amarro nessa cama e faço amor com você até te convencer do contrário. — Luca sussurrou contra seu ouvido. Seu tom era uma mistura de ameaça e provocação.Ele sorriu de canto.— Para mim, seria um prazer.SoO dia transcorreu sem grandes problemas. Depois do jantar, Sofia colocou Bella para dormir e seguiu para seu quarto.Após um banho relaxante, entrou em seu closet e foi até a seção de camisolas. Seus olhos pousaram em uma peça vermelha, completamente transparente. Com um sorriso travesso, vestiu-a junto com uma lingerie rendada da mesma cor.Por cima, colocou um robe de seda. Antes de entrar no quarto de Luca, notou que a porta estava entreaberta. Empurrou-a levemente e parou ao vê-lo.Ele estava apenas de bermuda, ouvindo música e dançando no ritmo, sem perceber sua presença. Sofia prendeu a respiração ao vê-lo se movendo com naturalidade, cantando junto.— 🎶 But what if I, what if I trip? What if I, what if I fall? Then am I the monster? Just let me know... 🎶Ela reconheceu a música Monster, de Shawn Mendes e Justin Bieber. Os olhos não desgrudavam dele. Não sabia que Luca cantava tão bem. E, naquele momento, ele parecia mais irresist
Tudo aconteceu muito rápido.Um grupo de pessoas empurrou Sofia para longe de Luca, e, antes que pudesse reagir, um homem arrancou Bella de seus braços.O olhar de Sofia imediatamente se voltou para onde ele corria e, ao lado dele, outro homem carregava Théo.Sem pensar duas vezes, ela disparou atrás deles. Tony também correu, mas, antes que pudessem alcançá-los, os sequestradores entraram em um carro e arrancaram em alta velocidade.O desespero tomou conta dela, mas sua mente agiu antes da emoção. Avistou um rapaz em uma moto e, sem hesitar, tomou o veículo.Antes de partir, pegou um cartão com o número de Luca — que Bella estava brincando momentos antes — e entregou ao rapaz.— Ligue para esse número e você terá uma moto melhor.Tony subiu na garupa sem questionar, e os dois partiram atrás do carro.Sofia acelerou com tudo, a adrenalina pulsando em suas veias. Ela não deixaria que levassem sua filha e seu afilhado.Após uma perseguição tensa, viu o carro entrar em uma garagem.Ela di
Sofia acordou sobressaltada ao ouvir tiros do lado de fora. Imediatamente, acordou Emilly e pegou as crianças, levando-as rapidamente para o quarto do pânico. Estava prestes a sair quando sentiu a amiga segurá-la pelo braço.— Onde você vai? Ficou maluca? Temos que ficar aqui! — Emilly protestou, aflita.— Não posso. Tenho que proteger nossa casa, ou tudo o que fiz até agora terá sido em vão.— Se você morrer, Luca vai me culpar. Por favor, fica aqui.Sofia sorriu levemente e colocou a mão no ombro da amiga.— Cuida da minha filha.Sem dar tempo para mais discussão, fechou a porta e empurrou a estante para cobrir a entrada. Os disparos ficaram mais intensos.Sofia correu até a mesa de Luca e abriu a gaveta, pegando as duas pistolas que ele guardava ali. Além delas, pegou quatro carregadores extras, enfiando-os nos bolsos da calça.Respirando fundo, saiu do escritório, movendo-se rente às paredes, atenta a qualqu
Luca chegou em casa e seguiu direto para o porão. No lado esquerdo, ficava uma ala hospitalar improvisada, mas bem equipada.No lado direito, havia um estande de tiro e algumas salas. Assim que entrou na ala hospitalar, foi recebido por Lewis, que parecia exausto.— Como ela está? — perguntou, sem rodeios. — E é melhor não me enrolar, dirigi a noite inteira só para vê-la.Lewis soltou um suspiro antes de responder.— Ela está estável, mas as coisas foram complicadas por aqui.Luca franziu o cenho e caminhou até o leito onde Sofia estava deitada. Ela parecia pálida, com curativos espalhados pelo corpo e recebendo transfusão de sangue. O peito de Luca se apertou.— Complicadas? Me conta logo o que preciso saber, Lewis.O médico coçou a nuca, hesitante.— Ela não poderá mais ter filhos.Luca paralisou.— O quê? — murmurou, tentando processar a informação.Lewis continuou:— Ela f
Já fazia três dias, e Sofia ainda não havia acordado. Luca estava ansioso para vê-la abrir os olhos novamente.Ele já havia falado com Dmitri, que garantiu avisá-lo ao menor sinal de Hanna. A desgraçada havia sumido do mapa, mas ele iria encontrá-la. E quando isso acontecesse, iria fazê-la sofrer por tudo o que causou.Julian Ritter, irmão de Hanna, também estava furioso. Por culpa dela, ele havia perdido um contrato valioso com Draco.Dwayne entrou no quarto, cruzando os braços.— Irmão, estou voltando para Drayton hoje para terminar a limpeza por lá. Volto amanhã à tarde. Se precisar de mim, me liga. — Ele fez uma pausa antes de continuar: — E não se esqueça: essa semana você precisa comparecer às reuniões para manter tudo em ordem nos shoppings. Ainda não descobrimos de onde veio aquele furo financeiro.Luca passou as mãos pelo rosto, exausto.— Eu sei, vou dar um jeito na minha agenda.Dwayne assentiu e saiu, deixand
Sofia ainda não conseguia acreditar que não poderia mais engravidar. Quando recebeu a notícia, sentiu vontade de desaparecer.Ficou trancada no quarto por dois dias, até que Bella entrou e, com seu jeitinho doce, disse:— Te amo, mamãe.Em seguida, a abraçou e beijou. Naquele momento, Sofia percebeu que não deveria sofrer pelo que nunca existiu, mas sim ser grata pelo que já tinha.Ela decidiu aproveitar cada segundo ao lado da filha. Enquanto isso, Eleonora continuava no encalço de Hanna e estava cada vez mais perto de capturá-la.Já fazia doze dias que a caçadora estava em busca da criminosa, e, no dia anterior, descobriu que Hanna havia se hospedado em um hotel barato na Coreia do Sul, usando um nome falso.Era apenas uma questão de tempo.Luca, por sua vez, decidiu colocar Sofia como sua assistente pessoal, ajudando-o na administração dos shoppings StarRed.Parecia haver um desfalque financeiro, não muito gr
No dia anterior, Luca e Sofia encontraram um casal de irmãos abandonados em um beco próximo à empresa. Eram ruivinhos, com olhos âmbar brilhantes e expressivos. O menino, a quem Luca chamou de Dylan, tinha um ano e quatro meses. A menina, batizada por Sofia como Donna, completaria dois meses em quatro dias. A mãe biológica deles simplesmente os jogou em uma lixeira e desapareceu. Luca encontrou seu nome nas certidões de nascimento e já havia mandado alguém investigá-la. Até o momento, a única informação obtida era que ela era usuária de drogas e estava sumida. Mas nada disso importava. Sofia e Luca já haviam se apaixonado pelas crianças. Elas eram seus filhos agora. E ninguém os tiraria deles. — Amor, vou levar eles ao pediatra hoje. Precisam tomar vacinas e vitaminas. — Sofia avisa, mas Luca não quer deixar ela ir sozinha. — Eu vou com você. Luca pediu para que preparassem o carro. Agora, dois novos bebês-conforto ocupavam o banco de trás. Depois da consulta, ao retorna
Luca logo percebeu que três crianças pequenas exigiam muitos cuidados. Por isso, contratou a amiga do Draco, uma senhora de quase sessenta anos, para ajudar Sofia e Emilly. Ela era doce, animada e parecia ter um carinho genuíno por crianças. Assim que conheceu os pequenos, sorriu encantada. — Amei esses anjinhos! E vocês dois formam um belo casal. Sofia sorriu. — Obrigada, senhora Smiths, tem mais um para a senhora conhecer, mas está viajando com os pais. — Ah, não, meu anjo. Me chame apenas de Nora. — Tudo bem então, Nora. Vou ajudar você a cuidar deles. Mas a senhora balançou a cabeça. — Não precisa, meu anjo. Vá ajudar seu marido. Se eu precisar de algo, te chamo, tá bom? Sofia sorriu e deixou Nora no novo cômodo que Luca mandara construir: um quarto de brincadeiras para as crianças. Em seguida, pegou o celular e mandou uma mensagem para Luca, perguntando onde ele estava. A resposta veio rápida. Ele estava no quarto. No entanto, antes de subir, Sofia decidiu passar pelo e