Luca não conseguia acreditar em como a noite anterior e o dia de hoje haviam passado tão rápido. Aquilo o deixava angustiado. Dmitri já havia espalhado a notícia sobre a festa em homenagem a Sofia. No entanto, sua pequena parecia mais calma do que a situação exigia.Era como se realmente fosse uma comemoração por um cargo novo que ela tivesse ganhado no emprego. Além disso, ela não parava de comer, lembrando um ratinho com um pedaço de queijo.— Pequena, como consegue ficar tão calma sabendo o que vai acontecer em duas horas? — ele perguntou.— Grandão, não vejo motivo para ficar nervosa! Tenho quatro dos melhores mafiosos me protegendo, então o que deveria temer? Amor, você é incrível no que faz, não precisa se preocupar com nada. — Sofia respondeu com tranquilidade.— Você tem razão. Sou um idiota mesmo. — Luca suspirou.Ele ficou observando Sofia saborear o bolo até que Charlotte e outra mulher entraram no quarto, expulsando-o de lá.— Ei! Vocês têm noção de com quem estão falando?
Ao abrir a porta e ver aquele desgraçado apertando o pescoço da sua pequena, algo dentro de Luca despertou. Ele queria matá-lo, queria quebrar cada um dos dedos de sua mão para que entendesse que não deveria tocar no que era dele.Quando estava sobre o agressor, desferindo socos, decidiu quebrar sua mão. Ao fazê-lo, olhou para Sofia, que estava nos braços de Draco. Ela desmaiou, e o ódio de Luca apenas aumentou. Imediatamente, chamou pelo nome dela e, em seguida, voltou-se para o agressor novamente, dizendo:— Você vai pagar por isso.Draco levou Sofia e as outras mulheres para o camarim, retornando pouco depois e informando que Sofia estava bem.— Garoto, você vai se arrepender de ter seguido os passos dos seus pais — disse Dmitri, fitando o agressor enquanto retirava o casaco e a blusa. Luca fez o mesmo, assim como Dwayne e Draco.— Antes de morrer, você vai me dizer onde seus queridos pais esconderam as duas toneladas de ouro que roubaram de mim.— Vá para o inferno! — respondeu An
Para terminar as "férias", Sofia quis voltar para a Ilha do Coração, onde todos os aguardavam. Eles permaneceram lá por quase um mês antes de retornarem à Itália.— Aquele lugar é incrível... Quero voltar mais vezes. — disse Sofia.— Amor, precisamos conversar... Sei que você e Emilly gostam de trabalhar, mas o prazo para ficarmos aqui está chegando ao fim, e precisaremos voltar para o Canadá em breve. Seus funcionários deram conta de tudo enquanto estávamos fora, mas não será possível manter essa situação por muito tempo. — respondeu Luca.— Você está querendo dizer que devo desistir do que gosto para ficar ao seu lado e me tornar uma dondoca que só gasta o dinheiro do marido e cuida dos filhos?— Não, amor! Você pode escolher qualquer outra profissão.— Não é tão fácil assim, Luca. Lá estávamos fazendo sucesso, e tudo estava do jeito que eu queria...— Amor, está tudo bem... Eu volto para o Canadá sozinho. Não é justo que você largue tudo por minha causa. Sempre que possível, virei
Helena estava no trabalho desde às seis da manhã. Sua filha, Sofia, também trabalhava com ela na limpeza. No entanto, enquanto Sofia saía às onze, Helena só terminava o expediente às três da tarde.— Mãe, vou limpar os banheiros do lado esquerdo, e a senhora limpa os do lado direito, tudo bem? — disse Sofia.— Claro, filha. Pegue seu carrinho de limpeza. Eu já completei com o que estava faltando.— Obrigada, mãe. Te amo muito.— Também te amo, minha filha.De repente, Helena sentiu uma dor no peito e, ao mesmo tempo, um frio congelante no coração. Segurou-se no carrinho de limpeza e pensou em chamar Sofia, mas ela já estava um pouco distante. Pegou sua garrafinha de água, tomou um gole e seguiu em direção aos banheiros que precisava limpar.Pouco tempo depois, Sofia retornou.— Mãe, vou para o segundo piso. Já terminou ou precisa de ajuda? — Ao olhar para Helena, percebeu seu semblante pálido. — Mãe, está se sentindo bem?— Claro, minha filha. É só um mal-estar. Vamos para o segundo p
Ao sair do trabalho, Sofia se deparou com sua tia Ellen esperando por ela.— Oi, tia, veio buscar minha mãe?— Sofia, entra no carro! — respondeu Ellen, de forma fria.Sofia a olhou, mas a tia evitou encará-la. Percebendo o tom ríspido, obedeceu e entrou no carro. O silêncio as acompanhou durante todo o trajeto.Quando chegaram ao hospital, Sofia franziu a testa, sentindo o coração acelerar.— Por que estamos aqui, tia?Mais uma vez, não obteve resposta. Apenas seguiu Ellen pelos corredores, até que pararam diante da mesma sala onde, um mês antes, havia visto seu pai pela última vez. Seu peito apertou.— O que está acontecendo? — perguntou, sentindo o medo crescer dentro de si.Ellen suspirou antes de falar:— Sua mãe me pediu para cuidar de você. Ela estava com câncer há dois anos e, em vez de melhorar com a quimioterapia, só piorou. Sua mãe faleceu há uma hora... Eu sinto muito. Não pude trazê-la a tempo para uma última conversa.Sofia começou a rir de forma histérica, incapaz de pr
Ellen está ansiosa para colocar seu plano em prática. Então chama Soraya.— Soraya, vá até minha casa e prepare minha sobrinha para esta noite. Diga a ela que haverá uma festa importante aqui na Oásis e que precisarei da ajuda dela. Ela é tão ingênua que nem imagina que será leiloada.— Pode deixar, Ellen. Ela acha que sou sua melhor amiga, acredita em tudo o que digo quando faço cara de inocente... Tonta.— Ótimo. Ah, você não vai acreditar em quem virá hoje... Convidei o Dwayne, e você sabe, né? Se ele vem, o Luca com certeza aparece. Quanto mais homens ricos, melhor. Uma virgem é uma raridade hoje em dia.Longe dali os melhores amigos, chefe e subchefe da máfia Moretti conversam.— Dwayne, você sabe que não gosto de pagar mulheres para essas coisas. Até porque nem preciso. — Ele apontou para si mesmo, sorrindo.— Irmão, sei que você não curte, mas a boate é boa, e esta semana foi um inferno. Precisamos relaxar um pouco, né?— Certo, irmão. Vou ir para beber e dançar um pouco. Porqu
Ao chegar em casa, Luca desceu do carro e pegou Sofia nos braços. Dwayne parou logo atrás dele, observando com preocupação.— Irmão, ela está fria... E o olhar dela está vazio, sem emoção. Melhor chamar um médico.— Concordo. Vou ligar para o doutor Lewis agora mesmo.Sem perder tempo, Luca levou Sofia para um quarto em frente ao seu. Achou mais seguro mantê-la por perto, caso ela precisasse dele.— O médico chegará em vinte minutos — informou Dwayne. — E agora? Como vai ser? Você pagou caro por ela... Ela vai ser sua mulher ou o quê?Luca suspirou, passando a mão pelo rosto.— A garota é virgem. E não, ela não vai ser minha mulher. Pelo que percebi, não tem pai nem mãe. A única parente de sangue quis prostitui-la. Eu... Eu não sei o que deu em mim, mas algo mais forte do que eu não me deixou ficar ali parado, assistindo o terror nos olhos dela. Cara, não sei explicar.— Então ela está livre para ir embora?— Não! — Luca respondeu de imediato. — Não dá, irmão. Não posso deixá-la ir. E
De repente, mais uma garota chegou, dizendo ser amiga de Sofia. Mas Luca não se deixou enganar. Diferente de Emi, que tinha um olhar doce e sofrido, essa nova garota transbordava ambição e desejo.Ainda assim, ele se manteve em silêncio. Se Sofia ficava feliz ao vê-la, não era hora de intervir. Mas manteria os olhos bem abertos.— Emi, você sabia o que minha tia ia fazer comigo? E você, Soraya, sabia? — Sofia perguntou, sua voz carregada de incerteza.— Não, amiga! Ela não é de contar nada para ninguém! — Emi respondeu prontamente.— V-verdade... Ela nunca fala o que pensa ou o que vai fazer. — Soraya acrescentou, hesitante.Sofia suspirou, confusa.— E agora, o que eu vou fazer? Ela me vendeu para ele, disse que agora ele é meu representante legal... E eu nem o conheço. Estou nessa casa enorme e não conheço ninguém.Um brilho surgiu nos olhos de Soraya quando ela se aproximou.— Eu tive uma ideia... E se você pedisse para ele deixar eu vir morar aqui? Assim, te faço companhia e você