Depois que levaram Sofia, pediram para que Luca aguardasse, pois logo poderia entrar. Luca estava nervoso e, ao mesmo tempo, ansioso. Não havia muito o que fazer além de esperar para ver sua esposa e seu filho.Apesar de a ultrassonografia não ter revelado o sexo do bebê, tanto ele quanto Sofia tinham certeza de que era um menino. Pela luta que o pequeno travava para vir ao mundo, Luca acreditava que o nome Lion combinava perfeitamente com ele.— Depois eu convenço minha pequena a escolher esse nome — pensou alto. Luca sentia as mãos frias de nervosismo, até que uma enfermeira avisou que ele precisava se preparar para entrar. Ele se apressou e logo estava na sala de parto.Sofia estava deitada, com uma pequena cortina posicionada acima de seus seios, impedindo-a de ver a própria barriga. Assim que o viu, estendeu a mão e sorriu. Luca se aproximou, abaixou-se e sussurrou em seu ouvido:— Amor, espero que concorde, mas nosso garotão precisa de um nome forte como ele. O que acha de Lion?
Com o passar dos dias, tudo foi se acalmando. Sofia estava mais receptiva ao que Luca dizia, um sinal de que sua teimosia estava diminuindo. Lion estava cada vez mais forte, e já fazia dez dias desde seu nascimento. O doutor Rivera, o pediatra, disse que, se continuasse assim, talvez em poucos dias ele pudesse voltar para casa.— Tem certeza de que precisa voltar agora para o Canadá? Eu quero muito voltar com você. — Sofia perguntou.— Eu vou, mas volto em quatro dias, amor... Não preparei minha saída e tenho alguns compromissos que não dá mais para adiar nem tratar por telefone, pequena. Eu também não queria deixar vocês aqui, queria muito levar vocês comigo, mas, por enquanto, não posso... — Luca respondeu.Ele a beijou e depois seguiu para o aeroporto particular, deixando Sofia no hospital com o pequeno Lion.Ao chegar em casa, depois de horas de viagem, percebeu que não poderia voltar em quatro dias, como havia prometido a Sofia.— Chefe, a base que explodiram dessa vez estava vaz
Eles entraram no escritório, e Dwayne se sentou, seu olhar permanecia pensativo.— Fale, irmão, o que houve? — Luca perguntou.— Estava pensando na parceria que temos com a união das nossas máfias e em como temos muitas responsabilidades que acabam nos prendendo em nossos países de origem. O que acha de uma nova parceria?— Está dizendo que não quer mais ser meu subchefe?— Irmão, preciso ficar na Itália, e você aqui no Canadá. Não podemos mais sacrificar nossas famílias. Por isso, tive a ideia de contratar como subchefes duas pessoas que são de extrema confiança para nós dois.— Juro que as únicas que vêm à minha mente são Sofia e Emilly... — Luca olhou para Dwayne, levantando uma sobrancelha. — Você acha que elas aceitariam um cargo tão perigoso assim?— Aprendi a não subestimá-las, irmão. Se prestar atenção, Sofia sabe muito. Ela luta bem e sabe manusear armas com destreza. E Emilly, tenho ensinado algumas coisas a ela, e ela aprendeu super rápido... Agora, precisamos ensiná-las a
Luca e Dwayne estavam no escritório conversando quando Luca teve uma ideia.— Dwayne, o que acha de uma festa para casais? Podemos sair um pouco com as meninas, mas sem ficar fora por muito tempo por causa das crianças.— Podemos começar na boate e terminar aqui na piscina, por exemplo. Vai ser bom aproveitar, já que Emilly, as crianças e eu voltaremos para a Itália, e só Deus sabe quando nos reuniremos novamente — respondeu Dwayne.— Isso é verdade... Sei que para nós dois será difícil. Afinal, é a primeira vez em anos que realmente moraremos em países diferentes. Isso me deixa triste, mas, ao mesmo tempo, feliz pelas nossas famílias e conquistas.— Quem diria que eu me tornaria chefe da máfia? Eu era seu subchefe e era feliz assim, mas hoje tenho minha própria organização para comandar. No entanto, a verdade é que era muito melhor quando trabalhávamos juntos. A vida segue caminhos diferentes, mas, apesar de tudo, seguimos rumos parecidos. Não se preocupe, irmão, quando eu estiver em
Draco observava que as coisas estavam indo muito bem. Dwayne havia voltado para a Itália com sua família, mas os dois ainda se falavam diariamente por chamadas de vídeo e ligações. Ele ajudava Luca a treinar Sofia, pois ser subchefe da máfia já não era uma tarefa fácil para um homem, e para uma mulher, o desafio era ainda maior.Contudo, Sofia o deixava extremamente orgulhoso. Seu jeito teimoso de resolver as coisas se encaixava perfeitamente no novo cargo, e ela parecia muito feliz.Tony havia pedido para que ele voltasse mais cedo para casa, mencionando que precisavam conversar. Draco esperava que não fosse nada difícil de resolver. Ao chegar, encontrou Tony na cozinha. Antes de se juntar a ele, foi até o quarto de Justin, deu um beijo no filho, que brincava animadamente, e depois passou pelo quarto de Ellie, que dormia serenamente, deixando-lhe um beijo carinhoso.Seguiu para o próprio quarto, tomou um banho e vestiu uma bermuda antes de retornar à cozinha. Agora limpo e perfumado,
Após sua vitória sobre Andrei Petrov, Dmitri levou Charlotte e Felipe para conhecer toda a Rússia, afinal, eles eram seus herdeiros. Felipe demonstrava traços marcantes de sua personalidade, o que encantava Dmitri.Charlotte e Dmitri foram juntos ao cartório e registraram uma nova certidão de nascimento para Felipe em Moscou. O menino estava radiante com seu novo sobrenome, Romanov. Como Charlotte e Dmitri haviam se casado, ela também passou a usar apenas o sobrenome dele, o que o deixava muito feliz.Luca visitou Dmitri acompanhado de Sofia para apresentá-la oficialmente como sua subchefe na máfia. Alguns dias depois, foi a vez de Dwayne, que chegou à Rússia para apresentar Emilly como sua subchefe na máfia italiana. Durante essa visita, estabeleceram uma parceria promissora, já que Dmitri nunca recusava bons negócios.Após semanas viajando pelo país, a família resolveu passar um tempo em casa. Charlotte adorou conhecer toda a Rússia e, durante uma conversa, mencionou o desejo de via
Helena estava no trabalho desde às seis da manhã. Sua filha, Sofia, também trabalhava com ela na limpeza. No entanto, enquanto Sofia saía às onze, Helena só terminava o expediente às três da tarde.— Mãe, vou limpar os banheiros do lado esquerdo, e a senhora limpa os do lado direito, tudo bem? — disse Sofia.— Claro, filha. Pegue seu carrinho de limpeza. Eu já completei com o que estava faltando.— Obrigada, mãe. Te amo muito.— Também te amo, minha filha.De repente, Helena sentiu uma dor no peito e, ao mesmo tempo, um frio congelante no coração. Segurou-se no carrinho de limpeza e pensou em chamar Sofia, mas ela já estava um pouco distante. Pegou sua garrafinha de água, tomou um gole e seguiu em direção aos banheiros que precisava limpar.Pouco tempo depois, Sofia retornou.— Mãe, vou para o segundo piso. Já terminou ou precisa de ajuda? — Ao olhar para Helena, percebeu seu semblante pálido. — Mãe, está se sentindo bem?— Claro, minha filha. É só um mal-estar. Vamos para o segundo p
Ao sair do trabalho, Sofia se deparou com sua tia Ellen esperando por ela.— Oi, tia, veio buscar minha mãe?— Sofia, entra no carro! — respondeu Ellen, de forma fria.Sofia a olhou, mas a tia evitou encará-la. Percebendo o tom ríspido, obedeceu e entrou no carro. O silêncio as acompanhou durante todo o trajeto.Quando chegaram ao hospital, Sofia franziu a testa, sentindo o coração acelerar.— Por que estamos aqui, tia?Mais uma vez, não obteve resposta. Apenas seguiu Ellen pelos corredores, até que pararam diante da mesma sala onde, um mês antes, havia visto seu pai pela última vez. Seu peito apertou.— O que está acontecendo? — perguntou, sentindo o medo crescer dentro de si.Ellen suspirou antes de falar:— Sua mãe me pediu para cuidar de você. Ela estava com câncer há dois anos e, em vez de melhorar com a quimioterapia, só piorou. Sua mãe faleceu há uma hora... Eu sinto muito. Não pude trazê-la a tempo para uma última conversa.Sofia começou a rir de forma histérica, incapaz de pr