Olavo FerreteComo pode alguém sumir da face da terra? Jane... Jane... Onde você foi parar? Todos que eu contratei até agora, são um bando de incompetentes que não conseguem encontrar uma mulher e uma criança aleijada. Liguei para Bartô, um mercenário, mas que já me ajudou muito na vida, no terceiro toque ele atendeu, não sei por que não pensei nele antes.— Falaê Olavo! O que manda? – Ele perguntou.— Preciso de um dos seus servicinhos.— Você sabe que não trato nada por telefone, me encontre no lugar de sempre. – O desgraçado desligou sem nem me deixar concluir.Se não fosse tão importante eu nem teria ligado para o cretino. Me levanto para sair e sou interceptado por Bianca.— Onde você vai? – Ela perguntou e eu a encarei.— Não sabia que havia contratado você como a minha sombra.— Porque você é rude comigo Olavo? Eu só quero lhe dar prazer.— Cala boca que boca que você está me atrapalhando. – Digo a ela que se põe a minha frente mais uma vez.— Não precisa falar assim. – Bruna e
Jane Ferrete / Olivia BarretoQuando minha amiga entregou o envelope me dizendo que era de Bárbara, rapidamente abri para ver do que se tratava.Querida Jane, Se estiver lendo essa carta é porque Suzy finalmente conseguiu te encontrar pessoalmente, espero que você e seu irmãozinho estejam bem e que Eduardo esteja te tratando como uma verdadeira rainha. Não vou ficar enchendo linguiça e vou direto ao ponto espero que depois que leia tudo consiga me entender um pouco mais. Vou começar te contando uma história, então preste atenção. Era uma vez uma mulher que era mãe solteira, mesmo as duas tendo pouco elas eram felizes, um belo dia um senhor apareceu e ofereceu uma boa soma para mulher em troca da sua bela e jovem filha, a mulher estava atolada de dívidas e não pensou duas vezes em aceitar a proposta. A jovem estava animada, pois o senhor havia dito que ela teria uma vida de fartura e amor com o seu também jovem filho. Quando a jovem sonhadora chegou à mansão, ela achou que iria vive
No dia seguinte fui acordada com uma bandeja repleta com as minhas comidinhas favoritas, Eduardo me ajudou a sentar e me beijou.— Feliz aniversário, meu amor. Espero que você esteja muito feliz. – Ele cantarolou ao meu ouvido.— Você fez uma música? – Perguntei enquanto pegava um mamão.— Infelizmente não tenho essa aptidão, essa música é de um grupo de pagode famoso.— Ah, sim. Não conheço esse estilo de música. – Ele sorriu para mim e fez um gesto para que eu comesse. — Se você continuar me tratando dessa forma, vou ficar igual aquelas crianças mimadas.— Eu te aguento. O que pretende fazer hoje?— Quero aproveitar que minha amiga está aqui e levá-la para conhecer o projeto, mas como hoje eu dou aula vou rapidamente e volto. – Ele se aproximou do meu rosto e eu me encolhi.— Calma! Só vou limpar o seu rosto. – Respirei fundo para me acalmar.— Me desculpa, mesmo já tendo passado um ano, não consigo me esquecer.— Você passou cinco anos na mão daquele desgraçado, não tenho direito
Como tudo que é bom dura pouco minha amiga e Eduardo voltam para o Rio de Janeiro e eu continuei aqui com meu irmão, estava tomando banho quando novamente as palavras da carta de Bárbara vieram a minha mente, e agora mais do que nunca eu não posso deixar que Olavo ponha as mãos em mim se não estarei perdida, talvez me mudar novamente seja uma opção, mas eu não quero abandonar o projeto, por que a minha vida tem que ser assim, tão difícil? Perguntei para mim mesma. Balancei a cabeça para espantar o medo que estava sentindo e me arrumei, quando fui acordar meu irmão, ele me olhava de uma forma estranha, será que meu medo está tão evidente? Depois de arrumá-lo e dar o seu café, nós fomos para a ONG.Deixei Bento na sala para brincar com as crianças e com Pietra filha de Ludmilla e fui para a minha sala onde todos já estavam me esperando.— Bom dia! – Eles me cumprimentam. — Nossa sala está muito mais florida. Quando eu comecei a dar a aula minha turma tinha apenas seis alunos e com o pas
Olavo FerreteMais um dia e nada de Jane, já estou ficando impaciente e liguei para Bartô e o desgraçado ainda não me atendeu. Meu celular tocou e quando vi quem era atendi com um sorriso.— Espero que tenha uma notícia boa para mim. – Digo assim que atendo.— Tenho sim, mas por hora vai ter que esperar.— Porra! Não me faça esperar, mas do que eu já estou esperando.— Paciência é uma virtude. – Ele desligou, maldito desgraçado mais uma vez ele desligou na minha cara.Pelo menos ele me disse que terá uma boa notícia em breve. Desci para tomar café e lá estava Barbara me olhando com aquele ar de superioridade.— Porque está me olhando desse jeito Barbara? Sabia que está me irritando? – Digo a ela que serve o meu café.— Estou te olhando de maneira nenhuma, mas me diga, quando você vai parar de procurar por Jane e deixar a menina viver. – Ela me entrega os ovos.— Só vou parar de procurá-la quando a encontrar. – Bárbara olhou para mim com raiva, mas nem me importei, já que preciso atura
Suzanny FreitasEstou contando com Bárbara para ficar de olho em Olavo, precisamos fazer todo o possível para ajudar Ane até que ela possa se livrar do traste de vez.Fui para a gravadora, porque esse povo não larga do meu pé, assim que cheguei Fernando se aproximou.— Está atrasada Suzy. – Ele disse assim que me viu passar pela porta.— Estava ansioso para ver a minha beleza? – Me sentei e cruzei as pernas.— Você é terrível. – Ele sorriu, Fernando tem idade para ser o meu pai, mas é um coroa gato, não me importaria em pegar.Claro que se não fosse muito bem casado e se a esposa dele não fosse o amorzinho que é.Depois de tudo resolvido vou para casa e recebo a ligação de Rômulo me convidando para sair hoje a noite, como não tinha nada a perder aceitei. Estava marcando o lugar com Rômulo quando meu apitou uma nova ligação me despedi de Ro e fui atender a próxima.— Oi, gata, está ocupada? Queria te convidar para jantar. – Carlos me convidou e meu coração começou a saltitar, não mesm
Jane Ferrete / Olivia BarretoHoje é mais um dia de fisioterapia para Bento, meu irmão está com a coordenação motora muito melhor, meu sonho era vê-lo andando, falando, brincando, fazendo todo o tipo de coisa que uma criança arteira faria, mas sei que devido a sua condição ele jamais conseguirá. O nome de Bento foi chamado e me levantei para acompanhá-lo, a fisioterapeuta o trata muito bem o que me deixava muito feliz, pois meu irmão não tinha muito afeto dos nossos pais e isso não consigo entender até hoje.Depois da fisioterapia, fomos almoçar, no restaurante algumas pessoas olhavam estranhamente para ele, mas fingi que não tinha visto nada e continuei a alimentá-lo ignorando os idiotas.— Com licença, senhora. – Uma atendente se aproxima de nós.— Sim. Algum problema? – Pergunto enquanto dou mais uma colherada na boca de Bento.— Desculpa ter que falar, mas é que algumas pessoas estão reclamando.— Reclamando do que? – Perguntei mais uma vez.— Da situação. – Quando ela fala, apont
Eduardo BarretoFazia muito tempo que eu não sabia o que era estar apaixonado e agora que eu sei a sensação maravilhosa que é ter alguém ao seu lado que compartilha os mesmos sonhos que você não quero que isso termine nunca mais, peguei meu celular e olhei para uma foto nossa que tiramos a uns dias atrás em seu aniversário, Jane está completamente diferente de quando a conheci, ela está mais viva e feliz, até o pequeno Bento está feliz mesmo que ele não fale uma palavra.Não sei por que o meu irmão ligou mais uma vez e me convidou para jantar novamente, acho que sei o que ele quer saber, então vamos lá para mais um showzinho do meu irmão.— O que você tem, Eduardo? – Bernard me perguntou assim que entrou com um pouco de café.— Estou amando, somente isso. – Sorri para ele que retribuiu.— Você anda sorridente demais, não acha? – Ele continua olhando para mim me encarando.— E você anda muito fofoqueiro Bernard, acho que você está com pouco trabalho. – Meu mordomo assobiou e saiu rindo