VioletDepois do almoço, subo em direção ao nosso quarto e resolvo tomar um banho para relaxar. Tiro minha roupa e entro no box, deixando a água quente cair sobre meu corpo. Ouço a porta do box se abrindo e o corpo de Matteo Nu toma conta do pequeno espaço; ele me prensa contra a parede fria, jogando seu corpo em cima de mim.— Você não pode me excitar desse jeito e não fazer nada, docinho. — Ele me fala como se já estivesse no limite.— Eu não fiz nada, apenas tive um momento com meu marido, já que o outro gosta de aplicar punições, mas não gosta de recebê-las.— Você não vai sair daqui enquanto não dar um jeito nisso, amor. — Ele pega minha mão, deslizando por sua barriga, me fazendo esfregar em sua ereção.— Sinto muito, mas não vou te ajudar. — Digo para Matteo, que está com uma expressão inconformada em seu rosto. Dou um beijo em sua boca e saio do box.— Violet, quando você deixar eu te foder, eu juro que vou fazer você ficar uma semana sem andar dire
VioletO barulho dos carros ao nosso redor se torna uma espécie de fundo distante enquanto fico perdida em meus pensamentos.— Violet, está tudo bem? — Helena pergunta, com sua voz baixa e preocupada ao meu lado, enquanto Nicolai está em silêncio ao lado do motorista no banco da frente.— Ah, sim, não é nada demais... — respondo, tentando desviar a atenção. Mas a verdade é que algo não estava me parecendo bem; um nervosismo invadia meu peito, como se algo ruim fosse acontecer. Olho em direção a Helena, que ainda me observa.— Apenas... algumas coisas que me deixaram inquieta. — Respondo a ela, olhando para a janela do lado de fora.Meus olhos se encontram com os de Nicolai, e vejo que ele observa tanto eu quanto Helena por um momento, como se estivesse tentando decifrar nossos pensamentos. Mas ele vira para frente novamente, como se eu não tivesse pegado ele me observando.— Você sabe que eu tenho que contar qualquer coisa, certo? — ele diz, seu tom suave e encora
VIOLET O grande casamento de Cecília seria em algumas horas. Pena que não posso compartilhar isso com alegria. Depois que saio do banho, Helena vem até meu quarto para me ajudar a me arrumar. Ela faz um coque alto com tranças nas laterais, enquanto eu trabalho na minha maquiagem. Como o meu vestido é um rosa quase em tom de nude, faço uma maquiagem leve e delicada.Visto meu vestido longo com sandálias douradas e brinco de pérolas, saio do quarto e vou até Salvatore e Matteo, que estão no escritório. Quando entro, eles me olham descaradamente. Aproximo-me de Salvatore, e ele me puxa em seus braços, me beijando apaixonadamente. Depois, Matteo faz a mesma coisa.— Hey, vocês dois vão acabar com a minha maquiagem desse jeito! — Reclamo, rindo, enquanto limpo meu batom da boca de Salvatore e Matteo antes de partirmos, mas eles não ligam muito.Quando entramos no carro, me surpreendo que não vamos com o motorista. Salvatore assume o volante e Matteo senta no b
VIOLET Quando acordo, percebo que estou no mesmo lugar e tudo o que houve ontem à noite não era um sonho como pensei. Salvatore e Matteo estavam mortos e eu tinha virado uma prisioneira. Tudo o que tínhamos construído tinha ido por água abaixo. Quando me levanto, vou direto para o banheiro e escuto a porta abrir. Quando retorno, vejo uma empregada com roupas em suas mãos.— O senhor Garcia está lhe esperando para o café da manhã. Vista isso e não demore; ele não gosta de atrasos. — Assento com a cabeça e tomo um banho rapidinho. Visto as roupas que me foram entregues e desço as escadas, logo vendo dois seguranças na ponta. Leandro está sentado em sua mesa como se fosse o rei do mundo, lendo seu jornal matinal.— Bom dia, Violet. Espero que os aposentos tenham sido do seu agrado. — Ele fala enquanto dobra o jornal lentamente, colocando-o sobre a mesa.— Quando eu vou sair daqui? — Pergunto, sentando-me ao seu lado na mesa.— Querida, isso não vai acont
VIOLET Um mês tinha passado e todas as chances que pensei existirem de Salvatore e Matteo estarem vivos foram arrancadas do meu coração. Eu estava completamente sozinha nas mãos de Leandro Garcia. Agora, no momento, estava trancada em uma cela pequena no porão por não ter cedido às suas investidas para dormir com ele. Durante esse mês, já fiquei sem comida, sem água, tive meus cabelos cortados e agora estou trancada. Mas poderia ser bem pior; poderia ter sido abusada durante todo esse tempo. Leandro insiste em querer que eu o ame de todas as maneiras descabidas.Ouço passos no escuro e, para minha surpresa, é a governanta. Foi a primeira vez que a vejo essa semana, já que estou trancada aqui desde domingo.— Olá, Violet, como está? — Ela pergunta, segurando as barras de ferro entre as mãos.— Como você acha que estou? Estou trancada, se não percebeu! — Digo rispidamente. Toda a minha alegria e inocência foram tiradas de mim; não restava mais n
SalvatoreDeixar Violet naquela casa foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Sei que corri um grande risco e não era para ter deixado ela me ver, mas não consegui ir embora sem saber se ela realmente estava bem. Matteo, Mattia e eu estamos há mais de um mês escondidos em um galpão abandonado com a ajuda de Nicolai; ele praticamente está sendo nossos olhos e ouvidos onde não podemos ir e sermos vistos. Estamos há um mês planejando nossa vingança. Era extremamente importante para todos acharem que realmente estávamos mortos. Nunca achei que trabalharia lado a lado com Mattia. Mas agora devo minha vida a ele. Quando Violet e eu fomos emboscados naquela noite enquanto tentávamos sair, um daqueles malditos seguranças de Garcia me deu um tiro. Se Mattia não tivesse aparecido, talvez fosse tarde demais. Tive que fazer uma cirurgia de emergência com um médico clandestino, já que não poderíamos ir a um hospital. Já Matteo era o que estava mais aflito e com raiva. Se dependesse dele, ter
VIOLET Ver Salvatore essa noite fez ressurgir uma chama em meu coração que fazia tempo que não sentia. Só de saber que eles estavam vivos e bem me deixava feliz e aliviada. Eu apenas tinha que manter Leandro longe de mim o máximo possível, como consegui fazer durante todo esse mês. E quando penso no diabo, ele vai lá e simplesmente aparece bem na minha frente, vindo em minha direção. Ele tenta me beijar, mas viro meu rosto, fazendo com que ele encoste em meu pescoço.— Esses seus joguinhos já estão começando a me irritar, Violet. No começo era excitante, mas agora já estou perdendo a paciência! — ele me fala, segurando minha bochecha fortemente com sua mão, para que eu olhe diretamente em seus olhos.— Quando você vai me deixar fazer você virar minha? — ele questiona a poucos centímetros de meus lábios. Isso era a única coisa que não conseguia evitar: seus beijos, já que ele praticamente me obrigava.— Isso não é um jogo, Leandro. Já lhe disse, eu não gosto de v
MATTEOApós um mês, hoje seria o dia em que teria Violet em meus braços novamente. Se eu pudesse, eu mesmo teria vindo e arrancado a cabeça de Leandro Garcia há muito tempo, depois que ele tentou arrancar tudo de nós. Hoje finalmente será o dia em que ele conhecerá o colecionador de ossos e o porquê de eu carregar essa fama comigo.Nossos homens abriram caminho para que eu, Salvatore, Mattia e Nicolai entrássemos na casa. Quando entramos, nos separamos em duplas para achar Violet e Leandro. Em meio à nossa troca de tiros, vejo minha pequena escondida atrás de um móvel, totalmente assustada e desprotegida. Quando ela vem correndo em nossa direção, percebo o momento em que um dos homens de Leandro aponta uma arma em sua direção. Rapidamente, parto para cima dele, imobilizando-o e jogando-o no chão, já atirando duas vezes contra sua cabeça.Puxo Violet para fora, segurando fortemente sua mão para que não me solte enquanto corremos. Logo avisto um carro estacionado em frente à casa, assum