Melinda, um ser cheio de muita beleza, não somente exterior, mas uma beleza interior quase indescritível. Com um coração puro que toda maldade que passa em sua mente não são mais que meros pensamentos, não consegue nem beber e dirigir. Sua vida não foi perfeita, seu ideal era crescer em uma casinha branca com um jardim cheio de flores coloridas, casar e ter filhos, ele amava Henrique desde a primeira vez que o viu sentado na quadra de basquete. Também foi a primeira vergonha que ela passou no colegial. Foi a primeira vez que foi consolada no banheiro por sua verdadeira e única amiga, Katy. Katy foi uma das vítimas fatais de um acidente em que Guilherme dirigia bêbado, além de Katy, outros dois jovens também morreram, ficando somente Gui e Linda vivos. O processo de Guilherme nunca rolou, seus pais conseguiram apagar tudo de seu registro. Mas não do coração de Melinda.
- Desculpa, senhor, assim não dá, esse valor é abaixo do mercado. O senhor acha que encontrará outra empresa
- Vai ir como? - De carro, acho que consigo dirigir por três horas sem dormir na estrada. - Isso eu sei, quero saber como irá vestida, seu pescoço está estranho de novo. Parou de tomar seu remédio? - Parei, mas acho que não tem haver uma coisa com a outra. Mas respondendo sua curiosidade, Fil. Irei com um vestido azul com gola alta. Não preciso estar tão bem apresentável, estou indo por obrigação, era só uma colega de faculdade, nem éramos tão amigas. - Vai levar seu encosto? - Não, o Henrique não poderá ir, disse que tem compromisso. - Não gosto da ideia de ir e voltar durante a noite. Mesmo que não beba, acho perigoso. - Fil, querido, eu sei me cuidar, mandei revisar meu carro. - Posso ir junto? Melinda olhou para seu primo com todo carinho para dizer não, mas de repente mudou de ideia. - Se me prometer que não irá beber e nem dar em cima dos meninos pode. - Imagina eu dar em cima dos men
- Bom dia, Lindinha! - Aiii, bom dia! Amor, o que é isso? - Café, vem comigo! - Sabe que tenho que trabalhar, né? - Sei, amor! Pode sentar aqui sem falar de trabalho um pouquinho. - Já vou! - Que horas irá voltar? - Sem falar de trabalho... - Quando iremos para o Havaí? Quero comprar nossas passagens e reservar um quarto no hotel. - Vou ver hoje na reunião. Vou tentar tirar uns dias! - Quem foi? - Quem foi o que, Henrique? - Quem foi seu outro homem? - Que assunto é esse? E agora? Você não conhece, era da faculdade! - Quem? Quando? - Você não conhece, Henrique. Eu cheguei desorientada em Miami depois que você terminou comigo para ficar com... Bom deixa assim! Ele me viu, sentamos, bebemos e... Acabou rolando, ficamos três anos juntos até ele ser transferido para Nova York e eu decidi não ir junto... Ele era meu professor de economia, solteiro, sem filhos. -
- Oi velhinha. Bom dia! O que faz acordada há essa hora? - Queria ver você! Anda tão ocupada nos últimos dias, não fica mais em casa e quando está se soca no escritório. - Desculpe, vovó, estou em um projeto muito grande, mas vamos fazer assim, amanhã eu tiro o dia para a senhora, vamos fazer comida, passear e assistir TV, juntas. - E para o seu namorado, filha, quando tira tempo? - O Henrique terminou comigo, vovó! Não gostou de saber que tive outro namorado. - O professor? O que ele esperava? Que você fosse ficar esperando a boa vontade dele o resto da vida? Eu gosto dele, filha, mas se ele não entende, paciência! E você não quis casar com aquele por causa desse, agora está aí sozinha! - Não é assim vovó, o Vinicios queria morar em Nova York, não ia dar certo. Estou indo, velhinha! - Café, filha! - Tomo lá, tenho uma reunião agora cedo. Te amo, minha velhinha! - Te amo, filha! Você é a pessoa mais linda que eu
- Quanto tempo não faziamos isso, a minha família toda reunida... Debora cochichou no ouvido de Leo. - Desde quando eu virei da família para ela? - Eu ouvi tia! Deixa a velhinha ouvir isso... - Não estou reclamando, querida, apenas fiz uma observação, levou trinta anos para ela me aceitar como família. Estou feliz, faz tempo que ela não reclama mais para ir lá em casa e ficar comigo. - Ela só não aceita o fato de eu e o Gui estarmos juntos. Mãe, pai me empresta a Linda um pouquinho... Filipe levou a prima para um trapiche dentro de um lago. Os dois sentaram e colocaram os pés na água. Ali ficaram balaçando atirando água para cima. - Estou tão feliz por conseguir tirar a vovó de casa, e ainda mais fazer ela viajar... Nossa! Mas diga, não me afastou de todos por nada, o que está te incomodando, primo?. - Vou ser direto como você gosta. O que você tem com o Jung? Ela olhou para ele com uma grande interrogação na te
- Querida, tudo bem? Quer dormir lá em casa? - Estou bem, tia, obrigada. Depois eu vejo onde irei dormir... - Melinda! Eu sinto muito! Posso te dar um abraço? - Claro, Henrique. - Linda, venha, você não comeu o dia todo, vamos comer alguma coisa. Fique aqui com o Minhyuk, vou buscar o Fil e a Fefê! - Gui! Obrigada. Minhyuk passou o braço por cima de Melinda. - Se quiser, posso ficar lá com você! Ou se preferir pode ficar lá na casa da vovó comigo... - Não, obrigada. - Vamos comer algo! Venham. Avisei os pais do Fil que estávamos saindo... Melinda estava arrasada, esse golpe que ela levou, realmente não estava escrito e assinado, dias antes de seu aniversário. - Espera. - Melinda voltou e sentou no túmulo, ela ainda não havia dito nada, olhou a foto já posta, passou a mão acariciando seu rosto. – Sei que não irá me ouvir, mas eu te amo, minha velhinha! Ela deitou no túmulo e começou a chor
Jogou? - Não sei te dizer. - Como não sabe? Ou sim ou não! Jogou ou não jogou, Minhyuk? - Preciso responder mesmo? - Ai Deus, não vou perguntar de novo. - Não é jogou, é comprou, Melinda, se quiser podemos intensificar suas aulas. Falta só um mês para você ir para Coreia... Comprei, mas não irei mostrar. Pronto, vou para minha sala. Ele saiu e deixou Melinda com uma interrogação na cabeça, qual seria o modelo do seu novo escritório que o Minhyuk comprou. Mas agora a sua preocupação é aprender a negociar em coreano. “Precisamos tomar, não, entrar nesse mercado, isso... É mais difícil que francês ou espanhol. Cruzes”... - Alô! - Como você está? Já faz um mês, você nunca mais apareceu na praça. Posso vê-la? - Não! - Então. Eu estou avisando que darei um jeito de ver você. Hoje, amanhã... Quando der! Tchau. “Que? Não... Ai, ele desligou. Preciso terminar isso”. - Melinda, estou indo, precisa
- Bom dia! - Bom dia, Melinda! Dormiu bem? - Sim, tirando o nervosismo para a reunião! Eu ainda estou patinando nas palavras. - Eu estarei lá, e te ajudarei se precisar. Sente-se estava esperando você para tomar café. - Não precisava. Não costumo tomar café logo que levanto. - Mas hoje irá, pedi para SunHee fazer um bolo, sei que você gosta. Seja muito formal, peque pelo excesso de formalidade... - Eu sei, andei estudando um pouco, e o seu engenheiro, barra arquiteto, barra decorador, barra meu professor de coreano me falou. - De onde ele saiu? Que é neto dos seus vizinhos eu entendi. - Então, o dia que estávamos vendo a disposição dos móveis da minha sala ele me contou um pouco da vida dele. O filho mais velho dos meus vizinhos casou com a mãe dele quando ele tinha quase dois anos. Ela ficou viúva quando estava com sete meses de gravidez, não sei bem a história, enfim, ela trabalhava em uma cafeteria na frente do escri
- Bom dia! Está fugindo? - Bom dia! Não, eu irei cancelar minha passagem, eu tinha que ter feito ontem... Prometi para Hana que sairia com ela hoje. - Mas tem que ser agora? Não pode ficar um pouquinho comigo. Você se arrependeu? - Não me arrependi de nada. Ele levantou e a abraçou pela cintura, arredou seu cabelo para beijar seu pescoço. Ele girou-a e olhou em seus olhos. - Você está com uma marca estranha no seu pescoço, mas eu não fiz isso! Olha aqui no espelho. Ela fechou vagarosamente seus olhos ao ver a marca. Ela pegou seu telefone. - Já venho! - Oi prima, vai dizer que cancelaram o contrato? - Não. Sumiu alguma menina? - Como soube? Sumiram duas. - Droga. Eu sei quem é! Liga para o Kris e diz pra ele investigar o jornalista. - Nossa, Lindinha. Isso é uma acusação grave. - Só pede. - Deus do céu, você dormiu com o bonitão, dá para sentir na sua voz! Melinda, ele tem