Ethan Narrando As mãos dela estavam entrelaçadas nos meus cabelos enquanto o beijo continuava, cada vez mais profundo, mais intenso. O calor entre nós parecia se multiplicar a cada segundo, como se não houvesse mais espaço para hesitação.Me afastei levemente, os olhos fixos nos dela, e levei minhas mãos até a barra da blusa que ela usava. Com um gesto lento, puxei para cima, revelando um sutiã preto rendado que contrastava com a pele clara dela de um jeito hipnotizante. O coração batia forte no meu peito, e o dela também, eu sentia.— Você é linda demais, Sophie — sussurrei, com a voz rouca de desejo.Ela mordeu o lábio inferior e não disse nada, apenas me olhou como se estivesse se rendendo por completo. Me ajoelhei à sua frente, deslizei as mãos por suas pernas, desabotoei a calça dela e a puxei para baixo, levando junto a peça íntima. Seu corpo estava ali, exposto pra mim, vulnerável e ao mesmo tempo cheio de força.Voltei a subir, beijei sua barriga, seu colo, e enquanto meus lá
Sophie Narrando Acordei com uma leve carícia no meu rosto e a voz baixa de Ethan me chamando. Pisquei algumas vezes até conseguir focar meu olhar. A sala ainda estava na penumbra, e levei alguns segundos para entender onde eu estava. Estávamos no sofá do escritório, nus, entrelaçados, cobertos apenas pela nossa própria presença.— Sophie — ele sussurrou outra vez. — Amor, precisamos ir.Arregalei os olhos por um instante. Ele me chamou de amor? Será que ouvi certo? Ou era apenas resquício do sonho delicioso que estava tendo com ele?Nos vestimos em silêncio, ainda meio sonolentos, trocando olhares discretos, cúmplices. A atmosfera entre nós tinha mudado depois do que aconteceu. Tinha sido muito mais do que só desejo. Eu sentia isso.Saímos da empresa no meio da madrugada, com o corredor silencioso sendo nosso único testemunho. O vento frio da noite me fez abraçar os próprios braços assim que saímos do prédio, e Ethan, abriu a porta do carro para mim.Entramos e seguimos o caminho até
Ethan Narrando Levei Sophie em casa, no caminho, ela virou o rosto para mim com um sorriso curioso.— Ethan, Você me chamou de amor quando me acordou? — perguntou ela.Neguei com a cabeça.— Não. Eu te chamei de Sophie — respondi de forma direta.Foi só depois que ela desceu do carro que a pergunta ecoou na minha mente com mais força. Eu realmente falei, na minha cabeça naquele momento. Talvez tenha sido o cansaço, ou talvez… talvez tenha sido um lapso.Respirei fundo, firmei o olhar na estrada e disfarcei qualquer vestígio de incômodo antes de estacionar em frente ao prédio dela. Quando Sophie se inclinou para sair, deu um beijo na boca dela, retribuí sem hesitar. Seus lábios suaves, o perfume doce e aquela forma serena de se despedir.— Boa noite, Ethan.— Boa noite, Sophie.Esperei ela entrar, e só então arranquei. Fui direto para casa. Nada de paradas, nada de pensar demais. Um banho rápido me ajudou a clarear um pouco as ideias. A água quente escorria pelos ombros enquanto minha
Sophie Narrando Enquanto o Ethan estava na reunião com o Sr. Wilker, aproveitei o momento de silêncio para arquivar alguns documentos pessoais dele. Eram papéis do fórum, coisas que ele mesmo tinha separado e deixado sobre minha mesa. Fiz tudo com muito cuidado, como sempre. Pouco depois, o interfone tocou, uma encomenda chegou, endereçada diretamente a ele. Assinei o recebimento e coloquei sobre a mesa dele, junto à caneta de metal que ele adora usar.Foi então que ouvi passos apressados no corredor. Quando os dois apareceram, pareciam uma tempestade prestes a desabar. Ethan estava transtornado. A feição dele era de pura raiva, os olhos faiscando como se o mundo tivesse acabado. O Sr. Wilker me lançou um sorrisinho cínico, como quem se diverte vendo o circo pegar fogo. Desviei o olhar imediatamente. Não sei o que aconteceu naquela reunião, mas também não quero que sobre para mim.Eles entraram na sala e fecharam a porta com força. Mesmo assim, os gritos do Ethan atravessavam o vidro
Ethan Narrando Fazia tempo que eu pensava em dar uma pausa, A correria da empresa, a cobrança, tudo isso tava começando a pesar nas minhas costas. Então, decidi passar o final de semana na casa de veraneio. Um sítio que quase nunca vou, mas que sempre foi um refúgio pra mim. Tem um casal que toma conta de tudo lá, cuida da casa, do jardim, dos animais. Eu não preciso me preocupar com nada, só descansar.Na verdade eu não vou lá desde a morte da Penélope, a última vez que fui lá, foi com ela, me lembro bem desse dia; pneu para encher o saco até a gente voltar. E ainda ficou chateada comigo, e passou a noite na casa dos pais.E eu sabia exatamente quem seria a companhia perfeita pra esses dias de paz: Sophie.Chamei ela pra ir comigo. Ainda tava criando coragem pra fazer o convite oficial, mas no fundo torcia pra que ela aceitasse. Sophie é diferente. Inteligente, divertida, profissional, e linda de um jeito que me deixa sem ar. Não tem pessoa melhor pra estar ao meu lado naquele lugar
Sophie Narrando Saímos do restaurante ainda rindo. O jantar tinha sido perfeito: Comida boa, conversa melhor ainda, e a companhia. bom, a companhia era simplesmente a melhor possível.Não sei nem comparar, ele na empresa, e fora dele, parece duas pessoas totalmente diferente. Como se lá ele fosse o Sr. Ferraz, e quando estamos a sós o Ethan, e eu prefiro o Ethan. Seguimos pro carro e, durante o trajeto, o silêncio entre a gente não era desconfortável. Pelo contrário, era um daqueles silêncios bons, que falam muita coisa sem precisar de palavra nenhuma.Olhei de canto pra ele, concentrado no volante, a expressão tranquila, os dedos batucando levemente no volante, acompanhando a música baixa no rádio.Ele parecia tão à vontade comigo, e eu me sentia da mesma forma. Era tão fácil estar com o Ethan. Tão natural.Quando ele estacionou na frente do meu prédio, meu coração deu aquele pulinho bobo.A verdade é que eu não queria que a noite acabasse tão rápido.— Chegamos — ele disse, virand
Ethan Narrando Acordei antes mesmo do despertador tocar, Meu corpo já estava acostumado. Não perdi tempo deitado pensando na vida como alguns fazem. Estiquei o braço, afastei o lençol e levantei num movimento seco. A primeira coisa que fiz foi ir até o closet. Racional, objetivo. Peguei uma mala média, comecei a organizar com precisão o que levaria: roupas sobressalentes, uma muda mais formal, uma casual e um traje esportivo mesmo sabendo que, provavelmente, não usaria.Dobrei cada peça com cuidado, coloquei sapatos alinhados no fundo da mala e finalizei com a nécessaire minimalista que já deixava pronta. Não levo nada além do essencial. Quando terminei, arrastei a mala até perto da porta, deixando-a ali, visível, como uma prioridade na minha lista mental.Entrei no banheiro, fiz minha higiene matinal sem pressa, mas também sem perder tempo desnecessário. Barba feita com lâminas novas, cabelo penteado para trás com as mãos. Um leve toque de perfume amadeirado no pescoço e punhos. Me
Sophie Narrando Hoje o dia foi uma loucura no escritório. Mal coloquei o pé lá dentro e já tinha uma lista enorme de coisas pra resolver. Como sempre, Ethan tava cheio de compromissos e, como sempre, parecia absolutamente imperturbável no meio do caos.— Sophie — ele falou, sério, me entregando uma pasta pesada. — Separe os documentos que eu pedi. E venha comigo nas reunião.— Sim, senhor — respondi, ajeitando a pasta nos braços.Fui atrás dele, tentando acompanhar seu passo firme pelos corredores. As reuniões foram puxadas, uma atrás da outra. Ethan falava pouco, direto ao ponto, e eu anotava tudo com atenção. Nosso esquema era perfeito: ele mandava, eu executava. Sem falhas, sem deslizes. Pelo menos, não durante o expediente.— Agende uma nova visita ao cliente de terça — ele disse baixinho enquanto saíamos de uma sala pra outra.— Já tô agendando — respondi, quase automática.A gente mal teve tempo pra respirar. No intervalo rápido que conseguimos, ficamos parados no corredor, tom