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07. Pobre não tem paz, parte 3

Joseph

O homem continua mantendo a cabeça baixa.

Sabe que não cumpriu com sua tarefa, por esse motivo não consegue me encarar como deveria. Não é uma missão impossível, tudo o que tinha que fazer era trazer a mulher para podermos conversar.

— O que ela disse? — Pergunto. Não foi difícil encontrar informações sobre ela.

Iliana, a amiga que está fazendo com que meu irmão sorria mais, é uma modelo agenciada por um conhecido meu. É a galinha de ovos de ouro dele, e mesmo que não tenha visto interações delas naquela noite.

Reese Cobb, uma das atrizes favoritas da minha irmã, é amiga delas, aquela que disponibilizou o convite para que pudessem entrar, por ser um evento fechado.

— Senti que ela me bateria se continuasse falando — articula o sujeito e não parece estar brincando. — Aconteceu um incidente, por isso entendo a irritação dela.

— Que tipo de incidente? — Questiona o meu irmão, que estava contendo a sua risadinha o máximo que podia.

Se não fosse aquela notícia absurda chegando a nosso conhecimento, eu não estaria procurando por ela, mas quando um jornalista aparece pedindo dinheiro para não soltar a notícia de que há uma mulher grávida com um filho meu, tenho que verificar todas as últimas mulheres com quem sai.

Descobrir qual delas não tem medo de tomar um processo por calúnia caso seja uma mentira, e na remota chance de estar de fato grávida, preciso saber para tomar as providências para a criança ter o melhor que tenho a oferecer.

Se o jornalista em questão não tivesse tanto da nossa confiança, jamais gastaria recursos dessa maneira. No entanto, depois do escândalo criado para acabar com a carreira de uma de nossas atrizes, tenho que conter incêndios como esse caso surjam.

— Acredito que ela tenha sido assaltada, a casa estava uma bagunça — conta-me e mostra um semblante preocupado depois de ver o olhar lançado em sua direção.

— Uma mulher que mora sozinha teve a casa revirada e você saiu de lá sem verificar se ela ficaria bem? — Pergunto, soa um pouco pior do que queria, mas a simples ideia de que quem tentou roubá-la pode retornar me deixa com o estômago fervendo de raiva.

— Me disse que eu não deveria assustá-la, pensei que, se agisse mais ativamente, seria o que aconteceria — explica-se, mas não me impede de ficar furioso.

— Volte e descubra exatamente o que aconteceu, além disso, providencie para que eu receba as informações sobre ela mais rápido — peço. Faz um aceno ligeiro e se move porta afora como se eu tivesse acabado de chutar a sua bunda.

— Você foi um pouco autoritário demais — avisa Peyton. — Como ele saberia que você iria querer saber se ela está segura?

— Ele deveria saber que não gasto meu tempo procurando por qualquer pessoa — respondo, mas não faz com que meu irmão me entenda. — Você sairia de lá se soubesse que ela foi assaltada?

— Não — fala sem nem pensar. — Certo, talvez ele esteja um pouco mais errado do que deveria.

— Sabe quantas mulheres estou procurando no momento? — Pergunto a ele, e esse simples pensamento faz com que a minha mente fervilhe.

Encontrar a pessoa certa não é o problema, e sim se diz a verdade.

Não quero que um filho meu cresça com uma mulher que pensa primeiro em vendê-lo ao invés de vir conversar comigo diretamente. Sei que não demonstro nenhum interesse em um relacionamento, mas isto é diferente. Estamos falando de uma criança.

— Talvez devesse transar menos — zomba Peyton. — De toda maneira, ela não deve ser a sua prioridade, já que não tem tempo hábil para uma concepção, tem?

— Não gosto de deixar brechas — pontuo.

— A não ser que você esteja preocupado com a camisinha que usou. Alguma delas deu problema? — Me pergunta francamente e ponho uma mão em meus olhos, querendo poder fazer com que ele fique quieto por um momento, pois as imagens daquela noite com a coelhinha estão muito frescas na minha mente.

E esta ideia faz com que volte a ficar raivoso por imaginar que ela ficou em perigo por um momento que fosse e que o incapaz do meu segurança não pôde usar um pouco da sua empatia para ajudá-la.

— Jo, o que foi? Você rasgou a porra do preservativo?

— É claro que não, porra — xingo, porque se tivesse acontecido, teria a caçado no mesmo momento para ter certeza de que as coisas ficariam às claras, considerando o que vi dela, não teria reclamações também.

— Apesar da bagunça, você pode acabar feliz no final disso — pondera Peyton.

— Não é desse jeito que pensei sobre ter filhos — profiro.

— Mas querer ter filhos é muito melhor do que se não quisesse, imagine o baque que seria para você de repente descobrir que será pai? — Questiona, e sim, não estou irritado com a possibilidade de ser pai.

Ter minha própria família esteve nos meus planos por muito tempo.

Até que tudo desandou.

— Veremos o que elas dizem — murmuro.

Tudo o que tenho que fazer é esperar.

***

Therasia

— O seu pedido — falo para o grupo de amigos que me olha de lado, como se julgassem o quanto tenho que trabalhar aqui para no final não conseguir metade do dinheiro que preciso, e gostaria de lhes dizer que pelo menos sou mais educada do que eles.

Olhar assim para uma pessoa deveria ser motivo para um bom julgamento.

Trabalhar em uma hamburgueria artesanal é o meu primeiro trabalho do dia.

Gasto parte da minha tarde e outra da noite trabalhando aqui, em seguida vou para o meu trabalho como bartender. Quando chego em casa, costuma passar das duas da manhã e assim durmo quatro ou cinco horas antes de partir para a faculdade.

— Senhorita Foxwolt. — Olho para o homem chamando o meu nome, o reconhecendo imediatamente, pois continua com as roupas de mais cedo.

O que merda ele quer?

— Já não disse o que precisava ouvir? — Pergunto a ele.

Noto como o gerente está olhando na minha direção e solto um porra silencioso.

— Me siga — mando para ele, pensando em diversas maneiras de cortar tiras de seu couro.

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