Eram dois policiais e eles, ao verem Milana na cama, ficaram imediatamente tristes, mas também aliviados. Antes ali do que em um chão sujo, desaparecida do mundo, sendo maltratada. — Delegada, viemos tomar o seu depoimento. Milana sorriu. — Obrigada. Claro — ela falou e olhou para Gabriel, que se levantou. — Eu já volto, amor — ele beijou a testa dela e sorriu, fazendo então um leve aceno com a cabeça para os policiais e se retirou do quarto de hospital. Assim que ficou sozinha com os policiais, Milana deu todos os detalhes que podia se lembrar e deixou claro que Bree Gardner estava envolvida. Quando a loira foi abordada, ela negou, obviamente, e afirmou que eles não poderia prendê-la simplesmente por ser a ex-namorada de Gabriel Ryan. — E no depoimento absurdo da atual ciumenta! — ela falou. Bree pegou o celular e abriu uma live, expondo a situação. Claro que as pessoas que a seguiam rapidamente tomaram o partido dela e começaram a atacar as empresas do grupo Ryan, bem como a
— Do que está falando, policial? Está por acaso me acusando? Ela fez uma expressão de pura ofensa, porém, isso não mudou em nada o rosto do policial. — Acusando? Não. Estou apenas mostrando que a senhorita falou com este homem. No entanto, não sei o teor da conversa. Poderia me dizer? — E-eu… — Bree sabia que não adiantaria negar. Aquela era ela! Se pegassem alguma imagem do outro lado, o rosto dela não poderia ser encoberto. — Olha, eu não sei. Talvez ele tenha me perguntado a hora, algo assim. Como vou me lembrar? — Um homem com uma marca dessas no pescoço… é meio difícil de esquecer, não acha? — ele perguntou e Bree manteve-se calada. — Perguntou a hora. Ou algo assim… É comum isso lhe acontecer? Bree inalou fundo. — Eu quero ir embora! Quero o meu advogado! Não vou falar mais nada, vocês estão me coagindo! — Coagindo? Apenas perguntei! A senhorita nunca viu esse homem antes? Ou depois? — Não! O rosto de Bree estava ficando suado, mesmo com o ar condicionado em bom funciona
Gabriel estufou o peito, enfiou a mão no paletó e se virou, ficando de joelhos. Milana levou a mão à boca. — Milana, esse nosso caminho foi complicado, tivemos obstáculos que, devo dizer, eu fui o culpado. Mas, tudo isso nos trouxe até aqui. Eu preferia que tudo tivesse sido diferente e que eu tivesse sido um companheiro melhor. Porém — ele soltou o ar, claramente nervoso — eu não me vejo mais sem você. Você é a mulher da minha vida, a dona do meu coração e eu prometo, todos os dias que estão por vir, eu os usarei para te fazer feliz. Milana não conseguia tirar os olhos de Gabriel. Ele já a tinha pedido em casamento, mas agora, era como se a sensação fosse outra. O problema de Bree estava resolvido, o problema das inseguranças e desconfianças de Gabriel também. — Seja a minha esposa, permita que eu possa viver todos os dias ao seu lado, até que o inevitável da vida nos separe. O que eu espero que demore muitas e muitas décadas. Eu te amo! — ele estava fungando. Wayne observava com
— Então, você é uma delegada? Tão nova! — Ollie disse e sorriu amigavelmente para Milana. — Não vai me prender, não é? Milana riu. — Claro que não. Desde que o senhor ande na linha. Ollie riu. — Muito bom, muito bom! — ele bebeu um gole da água. — Nem acredito que terei um bisnetinho! E o casamento? Vamos ter uma festa, certo? Ele olhou para Gabriel. Este limpou a boca com o guardanapo e virou-se para Milana. — Ainda estamos conversando sobre isso. Os preparativos são exaustivos e Milana está grávida. Depois tem toda a festa… — Vocês pretendem esperar a criança nascer? — Ollie perguntou. — Talvez. Ou… se puder ser algo pequeno… — Milana disse, incerta. Ela entendia que tinha entrado para uma família importante e que gostava de manter algumas tradições, já que tinha grande influência na sociedade. — Por mim, querida, tudo bem — Ollie suspirou. — E não se preocupe, tenho uma equipe muito boa com organização de eventos. Isso vai lhe facilitar muito o trabalho. — Obrigada! — Way
— Alô? — ela atendeu, incerta. O número era desconhecido. — Eu não gosto de ter que ficar cobrando ninguém — a voz do outro lado disse e Jane engoliu em seco. — É bom você me pagar, senhorita. Uma semana. E a ligação foi finalizada. Jane suspirou e fechou os olhos, então, deu uma risada triste. Ela tinha se metido em uma baita enrascada com um agiota e, agora, não sabia nem se queria realmente viver. Se ela não pagasse, ele acabaria com ela. Isso era certo. No dia seguinte, Jane se olhava no espelho, virando o corpo para cá e para lá, inconformada. Aquele vestido era novinho, lindo. Antes. Quando ela não tinha perdido um monte de peso. Agora, ela diria que parecia quase um saco de batatas imenso: não favorecia em nada as curvas dela, como quando ela o comprou. — Tudo bem, Jane. É só um jantar para que o senhor Ryan fique tranquilo. Ela terminou de prender os cabelos em um coque solto, passou uma maquiagem que parecia leve, mas cobria bem as olheiras — ela não iria aparecer com ca
O perfume suave de Jane era mais do que agradável, ele era… sedutor! Ao ver o rosto dela tão próximo ao seu, Wayne quis se inclinar só um pouquinho e beijá-la, porém, ele foi despertado pela voz do próprio pai. — Minha nossa, Jane, você está bem? — o idoso perguntou, sem se dar conta de que tinha acabado de atrapalhar o momento entre o filho e a moça. Wayne a soltou lentamente quando teve a certeza de que Jane estava equilibrada. Relutantemente, ele se afastou com um passo, dando passagem ao próprio pai. — E-eu estou bem, senhor Ryan — ela disse e olhou para Wayne. — Obrigada, doutor Ryan. Ollie então percebeu que tinha feito besteira! Jane estava nos braços de Wayne, por favor! “Ai, que mancada!”, o idioso quis se dar um tapa, mas ele disfarçou bem e ofereceu o braço para Jane. — Vamos, minha querida — ele falou e Jane aceitou a oferta e os dois se afastaram. Wayne foi atrás e sorriu. Dali, ele tinha uma excelente visão das costas de Jane. “Controle-se, homem! Ou todos vão sab
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v