Lennon parou de andar e ele e a mãe cruzaram os olhares. — Nia! — Stanley a recriminou e olhou para Hollie, que estava com os lábios tremendo. — Desculpe por isso. Eu sou Stanley Dodson, pai do Lennon. Hollie apertou a mão do homem e Nia olhou de um para o outro. — Você não vai me apresentar? — ela questionou o marido. — Fala isso você mesma, já que gosta tanto de falar — Stanley inspirou fundo, enquanto Nia levou a mão ao peito. — Se preferirem, podemos nos retirar. Não queremos estragar o jantar de vocês. Lennon estava tentado a dizer que sim, que eles “metessem o pé” dali, porém, ele não começaria as coisas ruins. Não quando o pai dele parecia aberto a Hollie. Ele puxou a cadeira para Hollie e sorriu para ela, oferecendo a mão. Ela aceitou e se sentou, ainda sentindo-se estranha por estar com aquelas pessoas. Stanley era uma versão mais velha de Lennon, porém com cabelos mais claros. Nia permaneceu calada e se recusou a apertar a mão de Hollie, o que não passou despercebido
Hollie olhou para baixo. Ela compreendeu que Lennon não queria continuar com o acordo entre eles, afinal, pra quê ficar arranjando confusão com a família dele? — Eu entendo — ela disse tristemente. Lennon franziu a testa, mas o sinal ficou verde e ele precisou voltar a dirigir. — Entende? — ele perguntou e Hollie assentiu. — Sim — a morena falou em voz alta, lembrando que Lennon não poderia olhar para ela, já que estava dirigindo. — E você concorda? — Claro. Essa decisão é sua, Lennon. Ele levantou as sobrancelhas e sorriu. — Mas é sua, também. Você tem que me dizer se concorda de verdade ou tá falando isso na emoção do momento. Hollie inspirou fundo. — Eu concordo. As coisas são como elas são. Lennon abriu ainda mais o sorriso e mudou de rumo. Hollie percebeu que eles não estavam indo para a casa dela, após alguns minutos. — Lennon, para onde estamos indo? — Ué, pro cartório! — ele falou como se fosse óbvio. — Eu não quero esperar mais nenhum dia pra casarmos. E já que vo
— Como ele está, doutor? — Nia perguntava, nervosa. — Ele quebrou duas costelas, mas sem danos maiores — o médico respondeu e Nia suspirou aliviada. Assim que o médico se afastou, ela se virou para Hollie. — Veja só o que aconteceu com Lennon por sua culpa! — ela esbravejou, apontando para Hollie. — Pare com isso, Nia! — Stanley a repreendeu e olhou simpático para Hollie. — Não foi culpa sua. — Claro que foi! Se Lennon não tivesse brigado conosco por culpa dela, ele não estaria na rua para sofrer agressão e atropelamento! Hollie olhou para baixo, sentindo-se pior ainda. — Se você não tivesse se feito de sonsa e convidado a Chelsea para jantar, o jantar no qual Lennon pediria a mão de Hollie em casamento! A única inconveniente foi você! Nia levou a mão ao peito e os lábios começaram a tremer. — Tio, não fale assim com a tia! — Chelsea se meteu e abraçou Nia. — Lennon se machucou e ela está nervosa. É normal! Então, Chelsea se virou para Hollie. — A tia não falou por mal. Hol
— Sim, sou eu — Lennon respondeu, mas também olhou para o pai dele. — Ele também é o senhor Dodson. O policial olhou para Stanley e de volta para Lennon. — É com o senhor mesmo, senhor Lennon Dodson — o homem disse, o rosto sério.— Certo. Em que posso ajudar, senhor policial? — Lennon perguntou, amaldiçoando o quanto o homem era inconveniente. — Recebi uma denúncia do senhor Price. O senhor e ele discutiram na rua e, então, o senhor destruiu o carro dele. Lennon franziu o cenho. — Com todo o respeito, mas o senhor está vendo que eu estou aqui, numa cama de hospital, depois de ser atingido por um veículo porque eu fui empurrado para a pista. O policial não demonstrou qualquer mudança na expressão. — O senhor Price nos procurou… Lennon levantou a mão e o policial parou de falar. — O senhor Price é o motorista que bateu em mim, ou o homem bêbado que me empurrou. — Não é o homem que atingiu o senhor com o carro — foi a resposta do policial. — Certo. Então é o bêbado que me emp
A primeira coisa que aconteceu foi Hollie ter o rosto virado e a ardência na bochecha. — Sua vagabundinha morta de fome! — Chelsea a empurrou, mas a fala dela foi alta o suficiente para atrair a atenção de pessoas que estavam por ali. — Se acha que eu vou deixar você ficar com o meu homem, está muito enganada! Hollie precisou de um momento para poder se recompor, já que tudo foi tão rápido que ela ficou estupefata. — Lennon não é o seu homem — Hollie falou e viu uma pequena multidão ali perto. — Ele é o meu noivo! — Noivo? — Chelsea soltou uma risada e olhou em volta, apontando para Hollie. — Essa mulher seduziu o meu namorado, para que ele fosse inclusive contra a família dele! — Que horror! — uma mulher disse e Hollie sacudiu a cabeça. — Isso não é verdade! — Hollie falou mais alto. — Lennon e eu nos conhecemos meses atrás e ficamos amigos. E ele não está contra a família! — Ele foi até atropelado por sua culpa! E veja só… você está aqui, como se nada tivesse acontecido, enqu
— O que eu quero beber você não vai me dar — ele disse e Hollie demorou alguns segundos para entender o significado das palavras dele. — Lennon, você não tem vergonha? — Claro que não! — ele deu de ombros e sorriu abertamente. — Por que eu teria vergonha de dizer a verdade? Eu tô louco por você. Hollie ficou mais séria. — Nosso noivado e, depois casamento, não são de verdade.Lennon franziu o cenho.— Claro que são. Por que não seriam? — Lennon se virou e fez uma careta, mas pegou a mão de Hollie. — Nós estamos além de “gostar” um do outro. Então, não vejo porque nosso relacionamento não seria de verdade. Eu sei que combinamos em namorarmos e tal… e continuaremos a fazer isso. Só que eu sinto, bem aqui — ele levou a mão livre para o coração — que ficaremos juntos. Eles se beijaram docemente e ficaram ali, sentados, conversando amenidades, até que Hollie começou a cochilar. Maryah chegou e viu os dois no sofá. Lennon despertou e olhou rápido para Hollie, antes de levar o dedo ind
— Eu não queria mexer com a empresa dos Calhoun, porém, se eu não ouvir um pedido de desculpas em breve sendo direcionado a Hollie, não terei outra saída. — Os Calhoun são tão poderosos quanto os Dodson, Lennon. Não vai ser fácil arrumar briga com eles. Lennon sabia disse e assentiu, passando a mão pelos cabelos bagunçados. — Sei disso, mas não posso não fazer nada. Claro, eu vou atrás de saber o que Chelsea faz, o que gosta… — Archer viu o olhar do amigo, sempre brincalhão e agradável, tornando-se mais escuro. — Se ela continuar, Archer, eu vou destruir a Chelsea sem piedade. Para quem achava que Lennon não passava de um bobalhão, brincalhão e que amava festas, não pensaria que ele era do tipo vingativo. E pelo que Archer podia ver, Hollie definitivamente estava em um lugar especial no coração do amigo. — Quando vão casar? — Archer perguntou e Lennon soltou um longo suspiro. — Semana que vem. Archer abriu a boca e levantou as sobrancelhas. — Lennon… — Eu sei, mas eu preciso
Lennon estava vestindo apenas a calça de pijama — quando em casa, ele gostava de ficar à vontade — e uma camiseta branca. Ele entrou na casa de Hollie e a beijou, sem dizer nada, e fechou a porta da casa com um empurrão do pé. — Hmm! — Hollie gemeu na boca de Lennon, andando para trás. — Lennon! Ele abriu um pouco os olhos e a levou até o quarto dela, fazendo com que Hollie se deitasse e ele ficou por cima. — Gostosa! — Lennon soltou, beijando o pescoço de Hollie e voltando para os lábios dela. Depois, segurou o rosto dela e a encarou. — Você não é problema, Hollie. É solução, está entendendo? Os lábios dela se partiram e ele sorriu, antes de capturá-los mais uma vez e a beijar profundamente, subindo a mão pela perna dela. — Lennon! — Hollie jogou a cabeça para trás e Lennon fez uma trilha de beijos pelo pescoço dela, até chegar perto dos seios. — Vai me dar de beber, hoje? — ele perguntou e Hollie entendeu o significado das palavras do noivo. — Tô morrendo de sede, amor. Holli