Theo James
As pessoas me veem como um cara frio, arrogante e prepotente só porque eu gosto de trabalhar na linha e sem nenhum erro, tudo tem que sair de acordo com o que eu mandar. Se não, é rua na certa. Pelo menos, na minha empresa consigo manter a ordem, agora na minha casa a coisa é outra.
— AHHHHH me devolve, isso é meu, PAPAI !!!! – a filha mais velha sai dizendo e correndo escada abaixo, atrás dos irmãos pequenos, que pegaram o seu novo celular de última geração.
— Ah por favor deixa a gente brincar só um pouquinho. – o filho caçula implora.
— Já disse que isso não é brinquedo. Josh, me ajuda? – a irmã implora ajuda do irmão do meio.
— O que você quer que eu faça, eles não me escutam – diz o garoto desanimado
— Mas é um tapado mesmo viu, se o James tivesse aqui resolveria na hora. – Reclama – ME DEVOLVE – grita já sem paciência
— Ah deixa mana, ah gente não vai quebrar. – diz a irmã mais nova.
— Deixa, deixa, deixa – começam a pular e a gritar em volta da irmã.
Enquanto isso Yasmim e Josh gritam também dizendo que não podem.
E é nesse barulho que o pai das crianças perde a paciência saindo do escritório. Chegando na sala ele já vai gritando.
— JÁ CHEGAAAA ! – as crianças se afastaram assustadas. – Mas que inferno, nem mesmo na minha própria casa tenho paz.
— Mas pai foi eles que começaram. – Yasmim tenta argumentar
— Eu não quero saber – digo já sem paciência – Só sei que vocês vão calar essa boca e subir para o quarto de vocês até o jantar, me ouviram. – eles ficaram em silêncio – ME OUVIRAM? - grito de raiva, já prevendo uma longa dor de cabeça.
— SIM - disseram juntos e completamente assustados.
—Pai? Mas o que é isso, por que você está gritando com os meus irmãos? - fala o primogênito depois de entrar na sala e vê os rostos dos irmãos completamente assustados e com sinal de choro.
— Isso não é da sua conta, e se está tão preocupado com eles, leva eles para os quartos e faz eles ficaram de bico fechado, se não vai sobrar para você também.
— Tudo bem senhor James, só não grita mais com meus irmãos. - diz ele completamente aflito em ajudar as crianças.
— Então é bom que todos estejam nos seus quartos sem um pio. – Advirto voltando para o escritório.
James
— Vamos crianças? - chamo pegando as mãos dos pequenos e subindo a escada com os outros dois atrás.
— James? – Luiz Miguel me chama puxando minha camisa
— Sim
— O papai não gosta mais da gente? – ele pergunta triste
— Por que você está perguntando isso? – falo
— É que ele sempre briga com a gente – responde chateado
— E nunca mais brincou conosco e nem nos coloca mais para dormir – Bella completa
— Sinto falta da mamãe, queria que ela voltasse - diz quando todos já entraram no meu quarto.
— Vem senta aqui. - Aponto a cama e os outros também se ajeitam em cada canto. Pego meu irmão no colo e beijo sua cabeça vendo-o segurar as lágrimas.
— Escuta eu também sinto falta da mamãe, mas infelizmente ela não pode voltar, mas eu garanto a vocês enquanto nós estivermos unidos nada vai mudar, vamos superar isso juntos é só uma fase. - Pauso vendo os outros chorarem também. – A mamãe ficaria triste se olhassem vocês chorarem assim, venham me deem um abraço. - Eles pulam no colo do irmão mais velho e ficam ali abraçados um consolando o outro. – Vai passar, não se preocupem, vai ficar tudo bem.
Depois de 10 minutos em silêncio uns chorando outros só pensando. James vê que Bella e Miguel dormiram. Então os deitou corretamente na cama e os cobriu.
— Vocês querem dormir aqui também, tem espaço de sobra. - diz sorrindo para Josh e Yasmim. – Eles analisam bem, e a primeira a responder é a Yasmim.
—Ok, mas só hoje porque não quero ficar sozinha, chega pra lá. - diz empurrando o irmão, que ri achando graça.
— E você Josh? – pergunto vendo o quão envergonhado ele está.
— Tudo bem, eu fico.
Assim James acomoda todos na cama os cobres e se deita também, e reza para que o dia de amanhã seja menos intenso.
Theo James
Depois de fazer as crianças calarem a boca, volto pro escritório e encho um copo de uísque. Me sento na minha poltrona e pego a foto da minha mulher.
— Ahh Alex, se você estivesse aqui agora nada disso estaria acontecendo, minha vida está um inferno sem você. Não consigo dar conta de nada, parece que estou andando em círculos e não sei onde me encontrar, aposto que se você estivesse aqui, estaria me dando uma grande bronca, mas me perdoa, não sei como continuar sem você. – Depois de engolir a garrafa inteira de uísque e lamentar a morte da minha esposa, caio num sono profundo e só acordo no outro dia pronto para mais um dia na empresa.
Na empresa
— Senhor? – Betty minha secretária b**e na porta e já vai entrando me tirando da leitura de um documento importante.
— Fala Betty. – Respondo já jogando minha caneta de lado sabendo que lá vem problema pela sua voz.
— Aconteceu um probleminha na sua casa. – diz tentando disfarçar
— Inferno! Mas o que foi que essas crianças aprontaram dessa vez?
— A senhorita Fernanda me disse que a babá foi embora.
— Embora? Como assim embora? Eu não estou pagando rios de dinheiro para ela deixar as crianças sozinha, mas que saco viu. – Respondo irado com a falta de compromisso dessas babás e ainda dizem que são as melhores do mercado, bando de mentirosas.
— O senhor quer que eu chame uma babá temporária?
— Não, vou deixá-los sozinhos um pouco. Era só que faltava, eles ficarem apenas um dia com meus empregados e mesmo assim atearem fogo na casa, aí já é demais. – Respondo tentando me acalmar.
— Fogo! O senhor não acha que está exagerando não? – Betty pergunta achando isso um absurdo.
—Com essas crianças – Rio de nervoso – Nunca se pode fechar os olhos.
— Certo, então vou deixar avisado para os empregados da casa cuidarem deles.
— Faça isso. E não me venha com esse tipo de problema para mim de novo, da próxima vez, resolva você diretamente.
— Sim senhor. – Betty estava de saída sorrindo achando um exagero sobre as crianças, mas torceu o nariz para a cínica da Thereza que vinha com um sorrisinho no rosto pronta pra dá o bote no chefe.
— Problemas querido? – diz Thereza beijando meu pescoço e começou a massagear meus ombros
— Sim, as crianças perderam mais uma babá, não sei mais o que fazer. – Digo exausto
— Você está muito tenso. Mas sobre as crianças se fosse meus filhos já teria os colocados em um colégio interno. – Diz achando um horror ter que cuidar de cinco filhos.
— Ainda bem que não são. – Digo irritado — Entenda de uma vez, por mais que eles aprontam, nunca vou querer meus filhos longe de mim.
— Não é o que parece Theo, você vive brigando com eles, e nunca fica no mesmo lugar por 5 minutos. – diz fingido preocupação
— Quando eu os vejo, consigo identificar cada pedacinho da Alessandra neles, é como se ela ainda estivesse lá. - diz desolado para a infelicidade da mulher ao seu lado.
— Já chega Theo – diz girando a cadeira dele para que possa ficar na sua frente – A Alessandra está morta e você precisa superar isso e encontrar alguém a sua altura. – diz se insinuando
— Sério? Alguém como você Thereza. Você não duraria nem uma semana com as crianças – diz Matthew ex-melhor amigo e sócio de Theo. Depois de escutar a conversa deles antes de entrar na sala.
— Isso não é da sua conta - diz irritada pela intromissão.
— É da minha conta sim, caso não saiba eu sou padrinho delas e tenho como responsabilidade zelar pelo bem estar delas.
— Já chega. – Digo irritado tirando as mãos de Thereza de mim e revoltado pela audácia desse imbecil falar que é sua responsabilidade zelar das crianças. – Você já pode ir. – encaro-a firme
—Mas Theo nós .... - Tenta argumentar, mas a corto
— Agora! – Thereza bufa e encara com ódio Matthew e ele revida também a encarando da mesma forma. Theo observa isso, mas apenas bufa cansado.
— O que você quer? - pergunta com desgosto, depois que ficaram a sós.
— Vim avisar que vou viajar e ficar um tempo fora, apenas uma semana mais ou menos. – diz já esperando a indiferença do amigo.
— A trabalho por acaso? – pergunto curioso pois já não é de hoje que esse filho da mãe me esconde as coisas.
— Não, na verdade eu vou para ..... - diz animado já que Theo mostrou interesse, mas logo é interrompido.
— Se não for para trabalho também não quero saber, a única coisa que me importa é se tudo vai ficar em ordem no seu setor. – diz interrompendo o ex-amigo.
— Sim, eu já deixei tudo pronto e organizado, qualquer coisa eu volto mais cedo. – diz triste pela falta de interesse do amigo
— Por mim, você podia passar um mês que não me faria diferença alguma.
—Tudo bem. - diz já cansado de ouvir a mesma coisa. – Theo, eu ouvi você falar sobre as crianças, soube que elas estão sem a babá. – Fala mudando de assunto.
— Sim, estou pensando em uma forma de arrumar alguém, que não queira ir embora em menos de dois dias. E você não se meta nisso, esse problema não é seu. - Digo apontando o dedo.
— Como não, Theo eu sou o padrinho deles, tenho todo o direito de ajudar. – Era só o que me faltava.
— M*****a hora que a Alessandra foi chamar você para ser o padrinho das crianças, por mim você nem teria mais contato.
— É, mas pra sua infelicidade eu ainda sou, sei que o que vou dizer vai deixar você puto, mas vou dizer mesmo assim. – fala e reviro os olhos. – Theo, esqueça as babás você precisa encontrar alguém que possa ficar em tempo integral com as crianças, que de amor, carinho, atenção e que tenha muita paciência, porque não foi só você que perdeu alguém que amava, eles perderam a mãe deles Theo, e em vez de você ficar do lado deles para ajudar a superar essa perda, você apenas os afastou e os ignora. – Escuto tudo aquilo em silencio e decido perguntar aonde ele quer chegar.
— Ok, este foi um lindo discurso, mas me diz logo qual é a ideia brilhante imbecil. – Falo já cansado de ficar olhando pra cara dele.
— Você deveria se casar novamente. - Theo saiu da cadeira possesso de raiva e já saiu gritando.
— O QUE? Você ficou maluco? Eu não vou me casar. Você passou de todos os limites. – Digo querendo expulsar ele da minha sala, depois de tudo, ele vem com essa audácia falar em casamento.
— Espera me escuta, já se passou um ano e meio da morte da Alessandra. Você precisa se dar uma nova chance, encontrar uma mulher decente que o ajude a criar as crianças – diz nervoso, temendo que Theo parta pra cima dele.
Rio não acreditando na cara de pau dele. Como se uma nova esposa fosse substituir a Alessandra. E ainda por cima cuidar das crianças, eles não aceitam nem uma babá imagine uma madrasta.
— Veja Theo os meninos precisam de uma figura materna, e você está tão perturbado com a morte da Alex, que esqueceu que ainda possui filhos. Neste momento você precisa pensar neles, no bem estar deles. – Argumenta.
— Oh que grande amigo você é me dando esse conselho. – Zombo. – Não quero e não preciso da sua opinião, faço da minha vida o que eu quiser. – Exclamo.
— Eu sei, esse é meu conselho. Não se esqueça do testamento da Alessandra, se eu não fiz nada até agora, foi por consideração a você. Espero que possa pensar bem no assunto e fazer a coisa certa. — diz indo na direção da porta — E ah antes que eu me esqueça vê se cuida bem das crianças, estou de olho em você. – Diz sumindo da minha vista antes que eu possa lhe responder a altura.
— E que raios de testamento ele quis dizer. Ele fala que eu estou perturbado, porém é ele que devia tomar conta da vida dele, imbecil. – Falo jogando uma pasta qualquer longe. Voltando ao trabalho completamente irritado.
Theo JamesNa residência dos Johnson— Eu posso saber que raios vocês fizeram agora para décima quinta babá ter ido embora? – questiono olhando meus filhos sentados no sofá da sala depois que mandei a senhorita Fernanda os chamar.— Não fizemos nada demais – responde a atrevida da Yasmim, como se eu não soubesse que ela é a primeira a bolar seus planos de afastar todas as babás que eu contrato.— Ah jura, quer que eu leia todo o relatório minucioso que ela relatou com extrema precisão de cada ato rebelde e indisciplinar de cada um de vocês.Vejo a minha caçula Isabella abrir a boca para me responder. Mas a corto.— E nem adianta vir com essa carinha de anjo senhorita Isabella, pois da Yasmin eu espero de tudo – falo e vejo a outra abrir a boca pe
Theo James — E aí resolveu? – pergunto logo querendo acabar com isso.— Sim Theo, Josh mudará de escola a partir de hoje.— E posso saber por que? – Mais problemas, era só o que faltava.— Porque ele não se sente bem nessa escola, não é óbvio. Não se preocupe eu vou cuidar da transferência dele daqui, se é isso que está te incomodando. – diz de maneira áspera.— Por mim tanto faz. – Menos dor de cabeça para eu resolver.— Já chega James. – diz bravo – Só vou te avisar uma única vez. Mais uma dessa de suas irresponsabilidades com seus filhos e eu os tiro de você. – Ele está louco, só deve ter fumado maconha para me falar uma coisa dessa.— Como é? Você enlouqueceu de vez? Com que direito voc&ec
Nathan— Meu deus eu sou muito novo pra morrer – Faço uma prece olhando pra cima – Por que você está fazendo isso comigo? – Pergunto olhando no seu rosto. Enquanto ela apenas sorrir tranquilamente, como se minha morte não tivesse com data e hora marcada.— Para de graça Nathan e me ouça. Quero tudo completamente registrado na nova lei e incluso no meu testamento.— Tem certeza que Mattew irá aceitar isso ou sua mãe? Ela poderia querer a guarda também – falo. – E outra, temos os pais do Theo, lógico que eles vão ajudar o filho. – Falo não gostando nadinha dessa situação.— Vamos deixar assinado mostrando que os avós abriram mão da guarda das crianças. Você sabe que as vezes minha mãe nem gosta de ser chamada de avó, n
Theo James— Ele meio que ficou surpreso, pois não sabia do ocorrido. E me disse que não estava na escola. — Confessa pois ele sabe muito bem que odeio quando ele mente pelas crianças.— Ah eu vou matar ele, literalmente falando. – Digo andando de um lado para o outro. — Você não se perguntou que eu deveria ficar sabendo disso Paul – falo o encarando com raiva.— Eu sei senhor, mas como eu tinha ligado, achei que ele iria retornar pro colégio. Mas eu creio que ele não retornou.— Ah você crer, pode apostar que ele não retornou. — Falo jogando um abajur longe. Assustando meu mordomo — Já ligou pros amigos dele? – Questiono com raiva dele e da maldita diretora desinformada. Que não teve a cara de pau de me ligar.— Liguei para todos que eu conhecia e todos negaram saber do James.&m
Theo JamesDepois daquela maldita discussão não tive outro jeito do que encher a cara. Bebi um copo atrás do outro. Sentado na poltrona me sentindo um lixo. Tem hora que eu gostaria de estar morto em vez da Alessandra, ela sim saberia lidar com isto.É a empresa, as crianças e agora Mattew se achando o anjo da guarda delas. Bufo irritado, o que foi que fiz para merecer isto. Enquanto me martirizo pela minha situação. Escuto passos na escada e barulho de carrinho sendo puxado. Olho pra cima e não acredito no que estou vendo.Yasmim toda vestida de preto, puxando uma mala rosa pink de rodinhas escada a baixo, onde ela pensa que vai uma hora dessa.Será que esse dia nunca vai acabar, na verdade já outro dia. E lá vamos nós de novo começar uma briga.— Posso saber onde a senhorita pensa que vai uma hora dessa? – Pergunto
Theo James— Theo meu amor, mas o que é isso – ela diz com a mão no coração.— Eu vou te perguntar só uma vez, e é bom que me responda com a verdade. – Digo a encarado com raiva.— Theo, não estou entendendo – ela diz chegando perto de mim.— Não me toque. – Digo me afastando dela – Agora me responda, onde está aquela pasta amarela que o Nathan deixou na mesa da Betty a um ano e meio? – Pergunto.— Oras, eu é que vou saber, sendo que Betty é a sua secretária. – diz mentindo na minha cara.Thereza acha que só porque temos um caso, eu vou tolerar suas mentiras. Já não é de hoje que ela vem me cobrando uma posição no nosso meio social. Antes mesmo do caixão de Alessa esfriar ela já queria se tornar a nova senhora Johnso
Theo James— Ahh meus Deus querido, não sabíamos que você estava as cegas – diz minha mãe preocupada.— Eu só não consigo acreditar o porquê de vocês fazerem isso comigo, a mãe da Alessa não duvidava que faria isso, mas vocês por que? – pergunto querendo respostas.— Isso tudo é culpa do seu pai querido, por mim cuidaria dos meus netos com muito carinho. – Se defende rapidamente.— Lauren! – meu pai exclama - Até parece, foi você que disse que a Alessandra estava certa. Que isso ajudaria nosso filho a amadurecer mais. – Confessa meu pai.— Eu não quero saber de quem foi a culpa, mas vocês fizeram isso, e não me contaram nada, agora corro o risco daquele infeliz do Mattew tirar meus filhos de mim.— Não sei porque você está t&atil
Theo JamesDepois do telefonema com Nathan, passo o resto da tarde trabalhando no meu escritório. A noite jantei com meus filhos e me tranquei no escritório novamente.Fico imaginando a loucura que vai ser. Se a única alternativa for o casamento. Nunca pensei em me casar de novo, mesmo tendo meus casos, saindo com mulheres maravilhosas, porém nenhuma me chamava atenção, nenhuma em que eu colocasse os olhos e visse que essa é a mulher para me casar novamente.Só espero que as crianças não deem mais trabalho do que já estão dando. Depois de 20 minutos esperando escuto uma batida na porta e peço para a pessoa entrar. É o Paul, meu mordomo.— Senhor James, o senhor Ferraz acabou de chegar. – Informa.— Traga ele aqui Paul – digo o olhando, ele se retira e 5 minutos depois Nathan aparece todo animado como sempre.