Paula acordou com uma forte dor de cabeça, e sua doença piorava a cada dia, então ela decidiu não sair para trabalhar, embora precisasse muito do dinheiro.
"Você pode levar o Christopher para a escola?", perguntou ela a Luciana. "Não estou me sentindo bem", disse.
Luciana, respirando fundo, olhou para ela com pesar.
"Eu cuido da criança", disse ela e entregou à amiga um analgésico com um copo d'água. "Tome o comprimido", pediu.
Paula assentiu, engoliu o remédio, fechou os olhos com força e tentou dormir.
"Mamãe! Mamãe!", exclamou o pequeno Cris, tocando suas bochechas.
"Deixe sua mãe dormir", pediu Luciana. "Ela está um pouco cansada."
O garotinho piscou, depois focou seus grandes olhos azuis na mãe.
"Ela está doente de novo?", perguntou ele, com os lábios formando uma linha fina, fazendo beicinho.
Luciana, aproximando-se do garoto, agachou-se até ficar da mesma altura que ele.
"Ela só está cansada, não chore, vou ajudá-lo com seu uniforme", disse ela.
"Eu posso fazer isso sozinho, sou um menino grande", disse o garotinho de apenas cinco anos de idade.
Luciana sorriu.
"Muito bem, apresse-se enquanto preparo seu café da manhã."
****
"Gostaria que essa mulher nunca mais trabalhasse, ela é ousada", gritou Andrés Duque ao telefone com o proprietário da agência de acompanhantes.
"Sr. Duke, sinto muito pelo inconveniente causado", o gerente limpou a garganta. "Asseguro-lhe que aquela mulher não voltará, por esse incidente pretendo compensá-lo. Peça a melhor garota, tudo será por nossa conta."
Andrew inclinou os lábios, pois havia alcançado seu objetivo.
"É assim que você aprenderá que não deve se meter com Juan Andrés Duque", ele sorriu para si mesmo.
"Obrigado, sendo assim, quero ver Luciana, em três horas", comunicou ele e deu-lhe o endereço do local onde pretendia encontrar a moça.
"Ela estará lá", disse o gerente e desligou a chamada.
"Você vai se arrepender de ter nascido, sua imunda", enfatizou ele, e seu olhar escureceu.
****
Momentos depois, Luciana, vestida com um elegante vestido sob medida, chegou ao clube onde Juan Andrés a havia chamado. Não era a primeira vez que ela estava lá. Ela informou que era convidada de um dos membros, e eles imediatamente entraram em contato com ele.
"Sim, deixe-a entrar, ela é minha convidada", disse Andrew, e desligou o celular. "Estou nas quadras de tênis."
Luciana foi imediatamente informada, balançou os quadris graciosamente, sorriu para vários cavalheiros e depois se dirigiu às quadras.
Ela inalou profundamente enquanto olhava para Juan Andrés, usando aqueles shorts.
"Ele é uma brasa."
"Oi, querido", ela disse e mordeu os lábios ao ver a bochecha dele. Juan Andrés tinha a pele muito clara e sua amiga Paula tinha tido o cuidado de deixar um presente muito bonito para ele. "Você foi duramente atingido ontem."
Os olhos de Andrew escureceram, mas ele fingiu um sorriso.
"Foi um acidente infeliz", disse ele, limpando a voz. "Venha, vamos nos sentar." Ele levou a garota até uma mesa e pediu duas limonadas. "Eu não sabia que era a primeira vez que sua amiga trabalhava como acompanhante. Me empolguei e gostaria de pedir desculpas a ela e pagá-la pelo serviço", ele mentiu. "Onde posso encontrá-la? Qual é o nome da sua amiga?"
Luciana não o conhecia, não podia adivinhar suas más intenções. Pelo contrário, achava que o dinheiro seria bom para sua amiga.
"Olha, ela vende o que pode pela manhã na Avenida Santander, perto da Plaza 51. Não é um lugar para homens da sua classe", alertou Luciana. "O nome dela é Paula Osorio."
Juan Andrés sorriu de forma coquete.
"Não se preocupe, eu sei cuidar de mim mesmo."
****
À tarde, Paula arrastava os pés em direção ao pátio da residência onde moravam. Era um prédio com vários cômodos; no meio ficava a lavanderia. Ela precisava lavar as roupas de Christopher.
Com um semblante pálido, ela começou sua tarefa, mas a dor latejante em seu cérebro não a deixava em paz, já que os analgésicos não diminuíam seu mal-estar.
"Você está bem, Paula?", perguntou uma mulher de meia-idade, a proprietária da casa.
"Estou um pouco doente, mas não há motivo para preocupação", mentiu Paula, suspirando profundamente.
"Eu só queria lembrá-la de que você deve o aluguel do quarto desde o mês passado", disse a mulher.
Paula soltou uma bufada de desespero.
"Prometo que vamos nos atualizar este mês", ela mentiu.
"Espero que sim", disse a mulher, e se virou para ir embora. Quando estava prestes a subir as escadas, ela voltou: "Ei Paula, vários conhecidos meus dizem que nas plantações de café nesta época do ano eles precisam de muito pessoal. O trabalho é como colhedores, mas pagam bem", ela mencionou.
Paula levantou uma das sobrancelhas e olhou atentamente para a senhora.
"E como você consegue um emprego?", ela perguntou.
"Disseram-me que na praça central há várias chivas que levam você às fazendas. Você pergunta a qualquer um dos coletores para qual fazenda eles vão e vai com eles", disse ela. "Você tem que acordar cedo."
Paula assentiu, terminou de lavar as roupas de Christopher e voltou para o quarto. Deitou-se na cama, abraçou o menino que havia adormecido, olhou para os sapatos velhos e gastos do bebê e seu coração se apertou.
"Meu Deus, me dê forças. Não quero deixar meu filho desamparado. Ele só tem a mim", gaguejou com a voz fraca e uma pontada no peito que não lhe permitia respirar. "Espero que Luciana não tenha sido repreendida por minha causa, mas aquele cara é um atrevido", rosnou. "Espero nunca mais vê-lo em minha vida."
Ela fechou os olhos, descansou um pouco e depois foi ao mercado comprar frutas para preparar as bebidas que venderia no dia seguinte.
****
Pela manhã, depois de deixar o filho na escola, Paula foi trabalhar, empurrando o carrinho de mão em que vendia os sucos que preparava desde cedo: laranja, coco e tamarindo eram os sabores que oferecia.
"Como você está?", perguntou aos transeuntes. "Tome um pouco de suco para esse calor, está bem frio, vai lhe fazer bem."
Algumas pessoas a ignoravam, e outras, especialmente os cavalheiros, se aproximavam dela, pagavam-lhe bebidas, mas com intenções duplas. Eles faziam elogios excessivamente sugestivos ou tentavam ser espertos, mas ela não permitia, era insultada ou eles iam embora sem pagar.
*****
Juan Andrés chegou minutos antes, olhou em volta assustado. Muitos vendedores ambulantes estavam se aproximando de sua BMW e ele estava com muito medo de ser roubado.
"Eu vim para entrar no inferno", ele refutou. Depois olhou para Paula, ela estava diferente da outra noite. Vestia uma calça jeans simples, uma camiseta branca, os tênis estavam bastante gastos, ela cobriu o rosto com um boné. Observou enquanto ela atravessava o trânsito e oferecia seus sucos. "Está na hora da minha vingança, seu piolho nojento." Ele inclinou os lábios, puxou o celular e fez uma ligação.
Nem mesmo trinta minutos haviam se passado quando Paula notou os outros vendedores ambulantes correndo de um lado para o outro.
"Os municipais!", disse um deles.
Paula tentou empurrar seu carrinho de volta para o local onde estava guardado, mas era tarde demais. Era como se aqueles guardas tivessem ido direto para ela.
"Por favor, não!", ela implorou, segurando seu carrinho de mão conquistado com muito esforço. "Eu não voltarei aqui, mas não o leve embora."
Antes que ela pudesse reagir, um dos guardas jogou o carrinho no chão e, com isso, os frascos de vidro onde ela guardava suas bebidas se quebraram ao entrar em contato com o chão, e o líquido se derramou, com os copos fazendo barulho na pista.
"Seus bastardos, vocês não percebem que é assim que alimentamos nossos filhos, seus bastardos!" Ela segurou o carrinho com força para que eles não o confiscassem, mas foi inútil. Ela lutou com os municipais, no entanto, eles usaram de força bruta, empurraram-na e ela caiu na calçada e viu enquanto eles carregavam sua fonte de trabalho em um caminhão. "O que eu vou fazer?", ela soluçou alto, sentada no chão, abraçada a si mesma.
Várias pessoas que passavam pelo local filmaram o que aconteceu, pois acharam a atitude dos policiais municipais ultrajante, parecendo que eles estavam em um ataque de fúria contra ela.
Juan Andrés, por outro lado, ria divertido, parecia não ter sentimentos, nenhuma simpatia pelo sofrimento dos outros. Então tirou todos os seus objetos de valor, colocou um boné e saiu do carro, caminhando na direção de Paula, que estava deitada no chão com a cabeça baixa.
A jovem olhou para um par de sapatos brilhantes, franziu a testa e olhou para cima, reconhecendo-o imediatamente.
"Isso é uma lição, para que vocês aprendam a não se meter comigo. Vocês não têm ideia de quem eu sou e do poder que tenho", enfatizou Juan Andrés.
Paula cerrou os punhos com toda a força, ouvindo-o revirar o estômago. Levantou-se com as bochechas coradas de raiva e o empurrou com fúria. Juan Andrés cambaleou.
"Você é o ser mais desprezível que eu já conheci", disse ela, agitada, soluçando. "Você não tem alma, pois não sabe o que é ir para a cama sem ter comido nada o dia todo", reprovou ela, e seu olhar furioso concentrou-se nos olhos dele. "Você é um maldito menino rico acostumado a ter tudo", gritou ela em desespero. "Com esses sucos eu sustento meu filho, mas o que você sabe sobre calamidades?" Ela gritou desesperada. "Espero que um dia você seja pobre e saiba como é ganhar a vida com o suor do seu rosto", rosnou e saiu correndo, chorando muito.
Juan Andrés balançou a cabeça, colocou a mão na testa. Era verdade que às vezes ele era insensível, mas ele era incapaz de ser cruel com uma criança. Ele se sentiu mal pelo que fez, bufou e voltou a ser pensativo.
"Você não sabe o que é ir dormir sem ter comido nada durante o dia."
Essa frase ecoou em sua cabeça e depois o abalou.
"Bobagem, eu não vou sair por aí resolvendo os problemas dos pobres deste país, especialmente da insolente Paula. É para isso que serve o governo", disse ele e ligou o carro.
****
O que você acha do que Juan Andrés fez?
Hacienda La Momposina: Manizales, ColômbiaOs membros da família Duque estavam reunidos na grande sala de jantar da propriedade. O chefe da família colocou os óculos e olhou seriamente para a cadeira vazia de seu filho: Juan Andrés."Onde está seu irmão?", ele perguntou a Juan Miguel, gêmeo de Juan Andrés."Não deve demorar muito, papai", respondeu o jovem.Joaquín Duque, o pai dos meninos, bufou e estava prestes a se levantar para ir procurá-lo, quando o jovem apareceu."Desculpe o atraso", disse ele, com os cabelos emaranhados e os olhos vermelhos da noite ruim que passara na festa que se arrastara até de manhã."Sente-se", ordenou o Sr. Duque. "Eu os reuni porque pretendo fazer mudanças importantes na organização administrativa da empresa.""O que muda?", questionou María Joaquina, a mais jovem da família."Decidi nomear Juan Andrés como o novo administrador da fazenda."O jovem caiu da cadeira em choque. Seus irmãos começaram a rir."Você enlouqueceu, pai?", questionou o jovem, fr
"Eu fiz uma pergunta!", exclamou a mãe de Juan Andrés em voz alta. Olhou para o filho, com a camisa manchada de sangue, o rosto cheio de arranhões, ele estava desgrenhado, e então focou seu olhar na menina, que respirava pesadamente e tinha os cabelos emaranhados."Essa louca me agrediu, mãe!", reclamou ele. "Não a quero na fazenda, tire-a daqui", ordenou."O que você fez com ele?", perguntou a Sra. Duque ao filho, olhando para ele com profunda seriedade.O jovem franziu a testa."Nada! Ela estava me provocando e eu não lhe dei ouvidos!""Não é verdade! O senhor é um mentiroso!", gritou Paula, tentando se soltar das garras dos homens que a seguravam. "O senhor é um temerário!", rugiu ela. "Diga à senhora como mandou a prefeitura levar minha mercadoria!", gritou aterrorizada aos quatro ventos."Você fez isso?", perguntou Maria Paz, balançando a cabeça.Juan Andrés olhou para Paula de forma ameaçadora, depois voltou seu olhar para a mãe."Essa mulher maluca está me confundindo, não é ve
Paula não retornou a La Momposina. Era verdade que precisava do dinheiro, mas não queria se encontrar com o miserável Juan Andrés Duque."O que você pretende fazer?", perguntou Luciana. "A proprietária está nos pressionando com o aluguel", disse ela ansiosa. "Emprestei tudo o que tinha para que você pudesse comprar as frutas para seus sucos."Paula soltou um suspiro, cerrou os punhos ao lembrar que todo o seu esforço havia virado fumaça graças ao insuportável Juan Andrés Duque."Hoje irei aos restaurantes do mercado para ver se alguém precisa de minha ajuda", disse ela com tristeza, seu semblante ficando mais pálido a cada dia, parecendo pior.Luciana estremeceu ao vê-la, sabendo que a vida de sua amiga estava se esgotando lentamente."Não faça muito esforço", ela implorou. "Eu cuido do almoço e levo o Cris da escola para casa.""Obrigada", disse Paula, sem muito estímulo, e saiu do apartamento.A garota, com suas roupas simples: jeans desgastados, camiseta, tênis velho e seu andar le
"Não se assuste, não se preocupe", sussurrou Maria Paz com uma voz suave, "não estou aqui para fazer nada de ruim, só quero conversar com você.""Comigo?", perguntou Paula, com os olhos arregalados.Maria Paz lhe deu um sorriso caloroso."Onde podemos ter privacidade?", questionou ela.Paula engoliu a saliva com dificuldade, seu quarto era muito simples, ela sentiu pena da elegante senhora, mas não tinha outro lugar para recebê-la."Meu quarto é muito simples, gostaria de continuar?" Ela fez um gesto com a mão em direção a uma porta de madeira envelhecida."Vamos", respondeu Paz, e seguiu atrás dela.Paula abriu a porta com certo receio, ela era humilde, mas gostava de manter tudo limpo e arrumado."Vá em frente, senhora."Maria Paz entrou no quarto, olhou ao redor, a pintura das paredes estava desgastada, o piso de madeira rangia com seus passos. Ela viu duas camas de solteiro, uma mesa com uma cozinha simples, uma prateleira de plástico para legumes, um pequeno frigobar. O cheiro de
Luciana chegou com Christopher da escola e imediatamente notou o semblante desconfortável de Paula."Está se sentindo mal de novo?", perguntou preocupada."Minha cabeça está doendo", ela reclamou com os lábios franzidos, e imediatamente se aproximou do filho e o puxou para seus braços: "Como foi a escola?""Está bem, mamãe, mas você disse que me compraria sapatos novos, estes estão muito apertados", disse o menino e os tirou.Paula sentiu os dedos avermelhados do filho, começou a esfregar os pés e, involuntariamente, lágrimas escorreram pelo seu rosto."Eu gostaria muito de ter lhe dado outra vida.""Por que você está assim?", perguntou Luciana."Eu lhe direi mais tarde", respondeu ela, com a voz trêmula, "venha e coma.""O que você fez para o almoço, mamãe?", perguntou o menino.Paula engoliu a saliva com dificuldade, enxugando as lágrimas com o punho de seu moletom velho."Arroz e banana frita", ela respondeu."Que delícia!", exclamou o garotinho, "Quando é que vamos comer carne?"P
Luciana, com as mãos trêmulas, ligou para o celular da Sra. Duque, mas não obteve resposta. Ela bufou desanimada e se encostou em uma das paredes antigas de sua casa."O que vou fazer?", questionou ela, "Onde encontro essa senhora?", sussurrou angustiada, e levou a mão à testa.Então ela olhou para o endereço no cartão: "Consorcio Colombiano de Café: Alma Mía". Assim, ela foi imediatamente para a estação de ônibus, pois elas moravam em um bairro populoso e as instalações do consórcio ficavam em uma área de alta renda.Quando chegou ao prédio, ela entrou agitada e nervosa na recepção."Boa tarde, estou procurando a Sra. María Paz Vidal de Duque", ela implorou."Quem está pedindo?", perguntou a recepcionista, olhando para ela com desdém."É pessoal, diga a ela que é Luciana Gómez", relatou."A senhora não está aqui, ela acabou de sair, talvez ainda não tenha saído, procure por ela no estacionamento." Ela franziu os lábios.Luciana saiu do prédio, apavorada, e perguntou a um dos guardas
Os jardins da Momposina estavam decorados com balões dourados e lilases. Lâmpadas penduradas nas árvores frondosas.As mesas estavam cobertas com toalhas de mesa douradas e havia belos arranjos de flores em cima. A música "Blank Space", de Taylor Swift, estava tocando ao fundo.Juan Andrés não perdeu a oportunidade de flertar com as amigas de sua irmã, rindo divertido, enquanto convidava uma delas para tomar um drinque."Eu poderia levá-la para um passeio pela propriedade", ele sussurrou no ouvido da jovem, "gostaria de conhecer os estábulos?"A garota olhou para ele sorrindo e umedeceu os lábios."Você tem uma reputação de mulherengo, então não, obrigado."Juan Andrés riu.No momento em que Paula chegou à fazenda, seu coração parecia prestes a explodir."Meu Deus, me ajude", ela implorou. Ela inalou profundamente, e o motorista a ajudou a sair do carro.Os olhos de Juan Andrés se concentraram na moça que acabara de chegar. Ele inclinou os lábios e ergueu uma das sobrancelhas. A moça
Juan Andrés empalideceu completamente, a primeira coisa que fez foi cobrir suas partes íntimas com as mãos, inspirar profundamente e limpar a garganta."Ele estava vestido com camisa e calça brancas, carregava uma mochila, com a alça cruzada do ombro à cintura, sua cabeça estava coberta com um chapéu tradicional colombiano, e em suas mãos segurava a espingarda com a qual continuava apontando para ele. "Há um erro aqui, eu sou inocente", acrescentou.O homem franziu o bigode e colocou as mãos no gatilho."Você é um covarde!", rugiu ele."Por favor, não!", suplicou Juan Andrés, gaguejando."Fique de joelhos!", ordenou o suposto tio de Paula.Juan Andrés franziu a testa e balançou a cabeça."Nunca!"O tio de Paula atirou em uma janela, o vidro se quebrou e Juan Andrés já estava de joelhos no feno sem pensar duas vezes.Paula começou a rir, não conseguiu evitar."Que coragem!", ela bufou."O que está acontecendo aqui?", perguntou Joaquín Duque, entrando no estábulo com sua esposa."Pai, me