Ficamos em silêncio, um olhando para o outro e as vezes, desviando os olhares para outro lugar. O clima está literalmente estranho e eu não sei, de verdade, o que fazer nessa situação. Eu não estava esperando por sua visita, me pegou completamente de surpresa e agora, preciso tentar resolver isso, o quanto antes.
Antes de falarmos qualquer coisa, as Damas de Companhia arrumam nossa mesa com o chá que pedi. Nos servem e eu, para não ficar sem nada para fazer, pego minha xicara e beberico um pouco do liquido quente.
Mesmo assim, ele continua quieto.
Ele é incapaz de falar por causa de todos os outros que estão aqui?
Respiro fundo e olho para minhas Damas.
– Todo mundo! – Chamo-as. – Vocês podem sair e descansar um pouco. – Ordeno simpática com um sorrisinho de lado.
– Sim, Sua Alteza! – Elas acatam.
Quando todas elas sae
Danielle... vou me certificar de que você se arrependa de me provocar assim.– Mas ainda... visitar o Palácio de Cristal parece uma recompensa especial por tudo que fiz até agora. – Ela insiste em enfatizar suas férias de Cristal.Beberico meu chá.– Certo, deve ser uma coisa muito especial para você. – Debocho. – Eu realmente não me importo, já que vou para lá quando eu quiser no futuro. – Falo tranquilamente e ela se surpreende. – Bem, eu me pergunto como é, já que será meu em breve. – Beberico mais um pouco do chá me divertido com sua expressão. – Espero que você me diga como é quando voltar.– É realmente bom dizer isso...? – Ouço Wanda, minha Dama, cochichando com Marina atrás de mim.– Bem, ela deve ter julgado que tudo ficaria bem. – Mar
Esse teto é familiar... bem, na verdade é o topo do dossel.Essa foi a primeira coisa que vi quando abri meus olhos aqui... foi tão chocante e desconhecido. Pensar que me acostumei tanto que até sinto falta.Sento-me na cama e espreguiço-me.Parece que eu fiquei confortável aqui.Olho ao redor e através da cortina que me cerca, vejo uma sombra passando. Pelo penteado, eu já sei quem é.Puxo a cortina a surpreendendo.– Bom dia, Agatha! – A saúdo.– Oh, você acordou? – Ela pergunta com um susto.– Claro que não, mulher. – Nego. – Eu continuo dormindo.Rimos juntas.Eu me levanto. Ela vai até a janela e abre as cortinas, deixando a claridade do dia entrar. Vou até lá.– Já passou do tempo em que geralmente acordo. Por que você não me acordo
Já está tarde?Desperto espreguiçando-me e me sentando na cama.Bocejo.Acostumei-me a ficar na cama depois de fingir minha doença por alguns dias.Eu não percebi o quão rápido o tempo estava passando.Depois de aprender sobre o que aconteceu entre o Príncipe Herdeiro e a nossa família, eu precisava de algum tempo para descansar e reunir meus pensamentos.Levanto-me e troco-me.Caminho até minha escrivaninha e vejo uma pilha de cartas.Eu tenho que me concentrar agora.Sento-me diante delas.Nossa... são muitos convites.Embora Agatha os tenha escolhido, ainda há tantos.Pego alguns e analiso.Eu deveria organizá-los por ordem de importância.– Milady! – Ouço Agatha me chamar. Viro a cabeça em sua direção e a encaro. Ela se aproxima. – Há
Minha pequena pausa chegou ao fim.Eu tive que voltar à minha vida no Palácio, mas mesmo isso não vai durar muito.Eu tenho que sair para as férias de Aestas em breve.– Todo mundo parece melhor do que antes de eu sair. – Afirmo ao encontrar minhas Damas de Companhia na porta do Palácio. – Parece que vocês gostaram do seu tempo longe de mim. – Brinco.– Bem, isso é óbvio. – Marina entra na brincadeira e todas riem.– O que!? – Pergunto incrédula rindo.– Você parece a mais revigorada de todas nós. – Samantha fala.Parece que todas elas estão dispostas a brincar e fofocar comigo agora.Observo cada uma. Estão todas relaxadas agora.Estão mais confortáveis do que antes.Quando adentramos em meu aposento, vejo muitas roupas em araras.– Ah... &
Ficamos em silêncio por um tempo.Pelo que vejo, o Brand não gostou muito do que acabou vendo, o Igor e eu brincando.– Bem-vindo de volta, Sua Alteza. – Igor quebra o silêncio.– Você já cuidou dos seus afazeres? – Pergunto para também tentar mudar o clima que se formou.– Sim. – Responde seco. – Vamos embora.Brand se aproxima e lança um olhar para o Igor, que estremece.– Sir Igor, você pode retornar à sua posição. – Ordena.– E-entendido. – Igor assente nervoso e nos dar as costas, caminhando para longe.– Ouvir dizer que vocês dois são amigos de infância. – O Príncipe Brand fala me pegando de surpresa, só confirmando que ele ficou assim devido a minha proximidade com o Igor. – Vocês parecem mais próximos do que eu pensava.<
A manhã chega e a dor de cabeça forte que sinto, me desperta. Ainda sentindo a cama, respiro fundo e custo em abri os olhos para sentar-me. – Aí... minha cabeça dói. – Resmungo da ressaca que sinto. – Você acordou cedo. – Ouço a voz do Brand. Viro a cabeça e o vejo sentado em uma poltrona me encarando. Assusto-me. – Eu... eu vou lavar meu rosto. – Levanto da cama em um salto, sentindo-me envergonhada. Após todo o processo de embelezamento matinal, vou até a mesa do café da manhã. Brand já está sentado me esperando e eu logo sento para adiantarmos a refeição. A mesa está farta e o cheiro é maravilhoso. – Ontem você andou na carruagem o dia todo e até tomou um pouco de vinho. – Brand fala. – Não seria melhor descansar hoje? – Sugere. – Podemos inspecionar a área do projeto verde amanhã. Isso é verdade. Minha cabeça dói, mesmo quando eu estou sentada, e dói ainda mais em uma carruagem. – Mas eu quero vê-lo
Na mansão da Zyra. – Isso, muito bem. Você é um menino tão bom, Dante. – Zyra afirma após trocar a fralda da criança.– Milady, você não está cansada? – A babá pergunta preocupada. – Eu posso cuidar dele agora.– Está tudo bem. Afinal, ele é meu neto. - – Zyra encara a babá com um leve sorriso. – Meu filho e a esposa dele devem voltar em breve. – Ela suspira. – Então, vou cuidar dele até eles chegarem.Não demora muito para ouvirem passos se aproximando. Elas olham e se deparam com a chegada de um casal.– Mãe. – O rapaz bem novo fala.Zyra abre um largo sorriso e se aproxima.– Vocês se divertiram? – Ela pergunta interessada.– Foi bom dar um
Uma gota de chá cai sobre meu vestido branco. Dou um leve pulo na cadeira, causando um pequeno solavanco na mesa, virando a xícara. Levanto-me imediatamente fugindo do liquido quente que escorre pela beirada da mesa. Pensei que não chamaria atenção, mas alguns olhares estão voltados para mim. Meus olhos desesperados encontram o olhar julgador e repreensivo do meu pai, mas depois consigo me sentir um pouco aliviada quando minha mãe pede ajuda aos garçons, que correm até a mim.Eles limpam o local, mas toda minha preocupação na verdade, está focada na demora do Augusto em chegar. Um dos funcionários se aproxima de mim para se certificar de que estou bem.— Estou bem! Foi apenas um infeliz e pequeno acidente. — Respondo educadamente com um sorriso.Respiro fundo, pego meu celular em cima da mesa e após pedi licença, vou para a varanda do espaç