Lia Perroni — Mas como você pôde ter tanta certeza que eu sou a mulher certa para você? A gente mal se conhece — digo ainda receosa.Kairós sorri, seus olhos brilhando com convicção.— Lia, desde o momento em que te conheci, eu senti uma conexão especial. Você tem uma energia única, uma luz que ilumina tudo ao seu redor.Eu me sinto tocada pelas suas palavras, mas ainda tenho dúvidas.— E se for apenas uma ilusão? E se não formos compatíveis?Kairós se aproxima, sua voz suave.— Não é apenas uma ilusão, Lia. Eu sinto que você é a pessoa certa para mim. E quero prová-lo.Ele pega minha mão, seus dedos entrelaçados aos meus.— Quero que você me dê uma chance de mostrar que estamos destinados a estar juntos.Eu sinto um arrepio ao ouvir suas palavras, meu coração começando a ceder.— E se eu não estiver pronta? — pergunto, ainda hesitante.Kairós sorri.— Eu estou disposto a esperar. Quero que você se sinta segura e feliz.Eu olho para ele, procurando sinais de sinceridade.— Kairós, vo
Lia Perroni Assim que Kairós sai, eu me sento no sofá, pensando sobre o que aconteceu. Decido que é melhor continuar escondendo sobre Marcelo, pelo menos por enquanto.— Esmel, querida, podemos conversar? — chamo.Esmel vem sentar-se ao meu lado.— O que é, mamãe? — pergunta.— Sobre o que você disse sobre o papai... — começo.Esmel olha para baixo.— Eu não deveria ter dito isso, né? — diz.— Não, querida. Você fez bem em falar. Mas é importante manter isso em segredo, por enquanto — explico.Esmel concorda.— Sim, mamãe. Eu não vou falar mais sobre isso.Eu abraço Esmel.— Obrigada, querida. Você é muito inteligente e forte.Esmel sorri.— Eu te amo, mamãe.— Eu também te amo, Esmel.Kairós Chávez Enquanto dirijo para casa, não consigo tirar da cabeça as palavras de Esmel sobre o pai. Quem é esse Marcelo? Por que Esmel mencionou que ele não gostaria que Lia namorasse comigo?Minha curiosidade está aumentando, e eu sinto que preciso saber mais sobre o passado de Lia.Chego em casa
Marcelo Guerra Eu ainda me lembro do dia em que Lia fugiu com Esmel. Foi como se meu mundo tivesse desabado. Eu não podia acreditar que ela tinha conseguido escapar de mim. Desde então, eu tenho feito de tudo para encontrá-las. Contratei detetives, monitoriei registros públicos, até mesmo invadei a privacidade de conhecidos eventuais. Eu precisava saber onde ela estava. Mas Lia é inteligente. Ela cobriu seus rastros bem. Eu pensei que tinha perdido sua pista para sempre. No entanto, eu nunca desisti. Eu sabia que um dia eu as encontraria. E então, ontem, eu recebi uma dica. Alguém viu uma mulher com uma menina que se parecia com Esmel em uma cidade próxima. Eu não perdi tempo. Eu peguei meu carro e vim até aqui. Agora, estou sentado em um hotel, planejando meu próximo passo. Eu sei que Lia está tentando reconstruir sua vida, mas eu não vou deixar que is
Lia PerroniDepois de todos os eventos, consigo manter a calma e convencer Kairós a esquecer sobre o presente. Pelo menos, acho que consegui convencê-lo.Kairós parece relaxado novamente, e Esmel está feliz, brincando em seu quarto.Eu sinto um suspiro de alívio, pensando que consegui evitar uma crise maior.Mas, enquanto estou lavando a louça, sinto um olhar sobre mim.Eu me viro e vejo Kairós observando-me com uma expressão séria.— Lia, você está bem? — pergunta.Eu sorrio.— Estou sim, Kairós. Não se preocupe.Kairós se aproxima.— Eu sei que você está escondendo algo, Lia. E eu vou descobrir o que é.Eu sinto um arrepio.— Não há nada para descobrir, Kairós. Estou apenas cansada.Kairós não parece convencido.— Lia, eu estou aqui para v
Lia Perroni Kairós nos leva para sua casa, enquanto Esmel se distrai com jogos. Na cozinha, ele me serve água com açúcar. — Então, agora vai me contar o que tanto esconde de mim? — pergunta, curioso. Engulo em seco, sentindo minhas mãos tremerem. — Eu... bom, não sei por onde começar! — confesso. Kairós segura minhas mãos. — Tente começar pelo começo! Eu assinto com a cabeça confiante.
Lia Perroni Esmel me abraça forte. — Não quero que o papai te machuque, mamãe. — Shhh, filha. Estou aqui. Estou segura. — Beijo sua testa, tentando acalmar-me também. Olho ao redor, reconhecendo o quarto acolhedor de Kairós. A lembrança do pesadelo ainda arde, mas estou determinada a não deixar Marcelo me assombrar. — Vamos dormir novamente, amor? — sugiro, ajustando o cobertor. Esmel concorda, mas permanece acordada, observando-me preocupada. De repente, ouvimos passos leves fora do quarto. A porta se abre e Kairós entra, com expressão preocupada. — Tudo bem? Ouvi um grito — pergunta, sentando-se ao lado da cama. — Não é nada, Kairós. Só um pesadelo — respondo rapidamente. Ele me olha atentamente. — Precisa de alguma coisa? — Não, obrigada. Já estou melhor — digo, forçando um sorriso. Kairós acaricia minha mão. — Estou aqui para vocês. Sempre. — Obrigada! — digo sem jeito. Ele sorri e me beija de leve. Esmel, ainda acordada, observa com um sorriso.
Lia Perroni Mais tarde, passei pela escola de Esmel para buscá-la. Encontrei-a sentada com coleguinhas, aguardando seus responsáveis. — Mamãe! — Esmel gritou, saltando em meus braços. Retribuí o abraço. — Oi, querida! Que animação é essa? Você se divertiu hoje? — Sim, aprendemos matemática! — respondeu Esmel, radiante. — Nossa, que legal! Você gosta de matemática? — Amo! — afirmou. — Ok, vamos almoçar fora hoje! Esmel parou de andar, apontando para frente. Virei-me e fiquei em choque. — Marcelo... — murmurei. Ele estava do outro lado da rua, todo de preto, com um boné. Sorriu, acenou e desapareceu. — Mamãe... — Esmel chamou, preocupada. — O papai vai voltar? Forcei um sorriso. — Talvez, querida... não tenho certeza. — Mas se ele machucar a senhora? — perguntou Esmel. — Não vai, eu protegerei nós duas — garanti. — Agora preciso que me prometa uma coisa, que não vai contar para o Kairós, sobre o que aconteceu hoje, ok? Esmel arregalou os olhos. —
Lia Perroni Pego Esmel no colo, tentando protegê-la da confusão. — Vamos, querida. Vamos embora daqui. Esmel, assustada, se agarra ao meu pescoço. — Mamãe, o que está acontecendo? Tento manter a calma. — Não se preocupe, filha. Está tudo bem. Vamos encontrar um lugar seguro. Enquanto Kairós e Marcelo continuam a brigar, rapidamente pago a conta e saio do restaurante com Esmel. Olho em volta, procurando um local tranquilo. — Vamos para o parque — digo, decidida. — Vai ser mais seguro. Esmel chora baixinho, enquanto a conforto. — Shh, filha. Estou aqui. Não vai acontecer nada. No parque, encontro um banco isolado e sento-me com Esmel. — Esmel, você está bem? — pergunto, acariciando seu rosto. Esmel olha para cima, com olhos tristes. — Mamãe, o papai está bravo comigo? Respondo carinhosamente. — Não, querida. Ele está bravo comigo, não com você. Esmel suspira. — Eu não quero que ele machuque você novamente. Abraço Esmel forte. — Não vai ac