“Tudo bem, mãe, mas você sabe que eu não concordo com isso, né! E o Pietro também não.” Ceci achava Eveline abusada, por não aceitar ir morar com Brennan de vez. "Mãe, mudando de assunto e aproveitando que a senhora e médica obstetra, há alguns meses, o Rui vem me pedindo um filho. Agora que estamos com estabilidade no nosso casamento, estou tentando engravidar e não estou conseguindo, realizamos alguns testes e esperamos o resultado ansiosamente. Estou preocupada, vou fazer trinta e dois e o Rui trinta e nove, precisamos ter um filho, o tempo está passando mãezinha!" “Ceci, não se preocupe, as vezes acontece do casal não engravida assim de primeira, tenha paciência, em breve esse filho chegará! Depois você me mostra os resultados desses enxames, também quero acompanhar.” Ceci disse carente: "Fico olhando o Matteo e fico imaginando como ele é lindo! Queria tanto ter um bebê como ele! E o meu nunca chega..." Matteo estava aprendendo a andar, também já falava algumas palavrinhas, b
Dominique também se manifestou em seguida: "Não tem problema, eu não vou, fico com o Matteo, Dona Izabel sai com você e a Eveline vai para sua apresentação e está tudo resolvido!" Constrangida com a situação, Eveline se posicionou: "Me desculpe, se eu estava sendo inconveniente Dona Bel, realmente eu evitava pedir que você ficasse com ele, mas era um momento muito importante para mim. Isso não irá se repetir, eu prometo cuidar do meu filho!" "Não se preocupe, ele é meu neto, você não está sendo inconveniente, eu gosto de ficar com ele e aproveitar o tempo para criar memórias afetivas, isso é importante para mim e para ele." Depois daquele impasse, Eveline saiu de casa e foi direto para o trabalho do Brennan. Ele a cumprimentou com um beijo na bochecha, pedindo para ela se sentar e sentou-se do outro lado da mesa. "Precisamos conversar!” Disse Eveline direta. “Do que se trata?” "Eu quero sair da casa da sua mãe, urgentemente!" "Ok, meu apartamento está de portas abertas para r
"Dominique, você nem imagina o susto que eu tive em ver o Brennan lá sentado, de braços cruzados, me encarando! Me senti tão intimidada e nervosa, quase que ele atrapalhava minha apresentação. Ele ainda teve a ousadia de voltar comigo e vir o cominho todo brigando." "Filha, você precisa decidir sua vida com o seu marido, isso não está te fazendo bem. Por que você não o perdoa e volta pra ele?" "Ai Dominique! Como já te falei outro dia, o Brennan não merece, não! Eu quero que ele sofra, como eu sofri. Ele me fez tanto mal, que acho é pouco ele ficar me cortejando, se consumindo de ciúmes. Para mim, isso seria uma vingança!" Eveline às vezes desabafava com Dominique sobre sua relação com Brennan. A senhora desejava que os dois se entendessem logo, pois os admirava e achava um belo casal. “Dominique, amanhã quero combinar com você pra gente ir à consulta do Matteo a tarde, e depois daremos uma passadinha no shopping, quero comprar umas coisinhas pra gente, vamos gastar o dinheiro daq
Em meio ao caos, ela pegou a bolsa do menino e correu até um hospital para socorrer o filho. Já no pronto socorro, entregou o filho, desfalecido a um enfermeiro. De imediato, Matteo foi encaminhado para uma UTI e depois fez uma Tomografia onde foi constatado um traumatismo craniano, o menino caiu de cabeça durante a queda. Eveline ficou atormentada, naquela cidadezinha, sem ninguém para contar, pensando o tempo todo no Brennan, com medo que ele descobrisse o que aconteceu com o filho. Por um momento ela pegou o celular e pensou em ligar para Dominique, mas sabia que estava sendo monitorada e desistiu. Ela foi amparada pelos próprios enfermeiros do hospital. Eveline passou a noite ao lado do Matteo, sem ao menos dar um cochilo. No outro dia, Matteo passou por enxames e foi retirado da sedação. Por volta das 10h da manhã, o menino acordou um pouco enjoado e choroso. Eveline também chorava de alívio. Com os dias, Matteo ia se recuperando, chegando a ficar quatro dias hospitalizado.
Ela foi no horário favorável, próximo ao almoço do Brennan. Entrou na sua sala, puxou um choro e foi se explicando: “Brennan, precisamos conversar, eu te imploro!” Brennan já esperava que Eveline aparecesse no seu serviço. Por mais magoado que estivesse, seu coração não aguentava vê-la sofrendo. “Vamos almoçar!” Ele falou carrancudo. Os dois saíram para um restaurante próximo. “Eveline, o que deu na sua cabeça? Por que causou todo esse transtorno na minha vida? Você sabia que estava cometendo um crime sequestrando meu filho, sabia que a guarda dele estava comigo. Você nunca deveria ter tirado o meu filho da casa da minha mãe sem minha autorização. E agora, olha o seu estado! Achava mesmo que eu não iria te encontrar? Você poderia cavar um buraco e se esconder dentro, que eu iria te achar.” Ainda abatida, ela respondeu justificando seu ato: “Sinto muito pelo que aconteceu, eu só quis dar um tempo, tirar umas férias, eu não pretendia fugir! Você estava me sufocando demais c
Dona Izabel interferiu: “Ceci, já chega! Tudo já foi resolvido! Não quero mais essa discursão aqui em casa!” Eveline se sentia um pouco incomodada com o desabafo da cunhada, ela sabia que em alguns pontos Ceci tinha razão, então com poucas palavras procurou apaziguar a relação: “Ceci me desculpe pelo mal-estar que causei. Esse problema é meu e do Brennan, sinto muito por ter afetado toda sua família!” Ceci, se despediu da mãe e deixou o apartamento, sem engolir as desculpas de Eveline. Salete, da cozinha, acompanhava tudo, pensando: “Que família problemática!” Os dias passaram... Eveline, sem se importar com Ceci, no primeiro, segundo e terceiro dia, cumpriu o combinado com Brennan de passar apenas três horas com o filho e voltar para seu apartamento, porém, no quarto dia ela se deitou com Matteo e os dois acabaram dormindo. Dona Izabel, com dó, não querendo acordá-la, permitiu que ela ficasse por lá. Eveline acordou no outro dia, pediu desculpa a Dona Izabel por ter passado a
Eveline contestou o rejeitando: “Você é muito atrevido, não vou admitir que fique me assediando!” Ele virou o corpo dela de frente para si e expressou zangado: “Até quando vamos permanecer assim, ein? Você é minha mulher e precisa cumprir o seu papel. Não aguento mais seu desprezo. Não seja marrenta, volte para mim.” “Brennan, já falei, me solte!” Eveline exigiu com hostilidade. Ele a prendeu mais forte e perguntou com tom raivoso: “Me fala, alguém te tocou? O Otton ou o Cesar te tocaram? Com quem você esteve quando ficou longe de mim?” Eveline se sentiu desrespeitada com aquele interrogatório, o encarando com indignação, pensou em dar uma bofetada no rosto dele, mas, mudou de ideia e respondeu com semblante calmo: "Sim, eu saí com outro homem, seis meses depois que o Matteo nasceu, eu conheci um rapaz em uma casa noturna. Saímos quase todos as noites e nos divertimos bastante. Ele era lindo! Loiro de olhos azuis, igual o Maycon!" Brennan permaneceu paralisado. Sabia q
Eveline arregalou os olhos e entrou em pânico ao ver o marido, se perguntando como ele descobriu que ela voltaria naquele dia.Relutante em se aproximar, ela pensava: “Ele vai me machucar!” Brennan estava com óculos escuros e bem arrumado com uma expressão séria e carregada, esperando a esposa. Amedrontada, ela foi se aproximando, sem falar nada, Brennan pegou a sua mala e a puxou com a outra mão. Ele abriu o porta-malas do carro, jogou a mala dentro, abriu a porta do passageiro pedindo que ela entrasse, dando partida em seguida. Depois de um silêncio angustiante, Brennan quebrou o momento perguntando: "E aí, se divertiu bastante com aquele ‘negão’?" Nesse momento, Eveline estava distraída enviando mensagens para Dominique e não prestava atenção no que ele falava. O homem cheio de ira, vendo que foi ignorado, tomou o telefone a força da mão dela. Sentindo-se intimidada, ela respirou fundo e disse: "Brennan, vamos conversar pacificamente, se você me tratar com grosseria e trucu