Desperto um pouco assustada por causa do alto som que tocava no quarto.
Era o celular de Louis tocando.
— Atende isso! — resmungo, me virando para o outro lado.
O celular continua tocando.
— LOUIS! — dou um berro e sinto a cama mexer. — Atende essa droga.
— Poxa você! — me levanto para encará-lo. — Sua irmã estava me dizendo que apoiava, o que quer que role entre a gente e você chegou daquele jeito. Mandando-a calar a boca. — Ela ia dizer o que não devia. — O que ela ia dizer? — Eu... eu não posso... não posso dizer. — Okay. —tornoa me sentar — Agora você pode sair.
Ele me solta e fica na minha frente. — Vai embora lá de casa? Por quê? — Não vou embora. Só preciso vir aqui às vezes. Não posso deixar essa casa abandonada. — Ah... — ele me abraça de novo. — Quando mamãe voltar, a gente foge e vem pra cá. — Vou viver minha adolescência toda de novo!? Assinto. Louis dá um passo na minha direção e pega minha mão, entrelaçando nossos dedos imediatamente. — Estar do meu lado, comigo, significa enfrentar o mundo. —elesussurra, olhando nos meus olhos. — Você quer enfrentar o mundo? — Se você prometer não soltar a minha mão, eu enfrento o que for. — Eu jamais soltarei.Trinta e Um
— Talvez a gente possa dar um jeito nisso. —elepisca. — Não. Eu vou dormir no quartinho e você no seu quarto. —Ahhhh, por quê? — Porque eu não quero ter de explicar para as suas irmãs o porquê de eu estar dormindo no seu quarto. — Elas não acordam a noite e nem de manhã cedo. — O que significaBoo? — pressiono. — É um apelido. — Um apelido fofo. — Adam complementa. — Blake! — Parei! — Adam ergue as mãos ainda rindo. — Agora eu quero saber.Trinta e três
Uma música começa a tocar. Ele larga as bolsas em cima da mesa e saca o celular do bolso. — É o Adam. — diz. — Ele saiu? Abro a boca para responder, mas Adam entra na cozinha. Então acho meio desnecessário a resposta. — Louis! — ele se vira e olha para o amigo. — Estava ligando para você. — Você por acaso esqueceu de pôr camisas na sua mala?
— Ei! — ele larga a torrada no prato e limpa a boca. — Eu sou um cara legal. — E galinha. — Não sou galinha. Sou um cara de quase vinte anos solteiro e pronto para se divertir. — Você não vai procurar diversão com a Sara. —alerto. — É o aniversário dela, baby. — SAI DESSE BANHEIRO, EMILY! EU QUERO VER A RUA. Gargalho e termino de passar o rímel. — JÁ ESTOU SAINDO, ADAM. Depois de borrifar um pouco de perfume, me olho no espelho e sorrio. Pronta. Trinta e Seis