127. A EMERGÊNCIA NOTURNA

  KIERAN:  

A dor consumia-me enquanto fazia amor ao corpo da minha Lua. Era uma tentativa desesperada para não sucumbir à loucura. Não podia aceitar que ela insistisse em rejeitar a sua natureza, mesmo depois de tudo o que tínhamos passado juntos, mesmo depois de termos formado uma família com os nossos dois lindos filhos. Claris continuava agarrada ao seu desejo de ser humana, resistindo de forma obstinada àquilo que fluía no seu sangue.  

Tive de ceder o controlo do meu corpo ao meu lobo, Atka, porque nem mesmo o prazer conseguia apagar a dor que ardia dentro de mim. Sentia-a, sentia a sua essência, a sua voz, mas ela não estava ali. Aquela não era a minha Claris.  

Dos recantos mais escuros da minha mente, ouvi, desconcertado, Atka recusar o pedido de Lúmina, a loba de Claris. Ela, sua fiel companheira inseparável, suplicava pela sua parte humana com uma urgência clara. Mas Atka, que já tinha quebrado a regra mais fundamental da nossa es
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