A proposta!

James...

Lucas já tem o endereço da garota, então decidimos ir até a casa dela para propor um bom acordo a família. Chegamos, batemos na porta e um homem desgrenhado nos olha curiosamente.

— Oi! Quem são vocês? — ele pergunta.

— Somos da mesma faculdade que sua filha! E temos uma proposta para fazer.

Percebo que ele nos olha desconfiado, mas mesmo assim nos convida a entrar. A casa é simples, porém arrumada. Ele nos pede para sentar no sofá da minúscula sala e pergunta se queremos um copo de água. Agradecemos, pois preferimos ir direto ao assunto.

— Bom, meu nome é James King, dono do cassino Black Diamond... — sou interrompido pelo senhor, que arregala os olhos e fala.

— Vou pagar, eu juro. — ele diz assustado.

Olho para Lucas, surpreso. Não sabia que ele também devia ao cassino.

— Não! Não é sobre isso que vim falar.

Vejo que ele respira aliviado.

— Então, sobre o que seria? — ele pergunta curioso.

— É sobre sua filha. Preciso de uma esposa e percebi que sua filha é a pessoa certa.

— Como assim? Não estou entendendo... — ele fala confuso, coçando a cabeça.

— Preciso de uma esposa e gostaria de propor um acordo favorável a todos nós.

— Fale mais claramente para que eu possa entender. — ele me pede.

— Bem, gostaria de fazer um contrato com o senhor e sua filha, oferecendo uma boa quantia mensal em dinheiro. Ela não precisa ter contato íntimo comigo, apenas precisa fingir, perante a sociedade, que é minha esposa. Precisaremos ficar casados por três anos e meio. Após esse tempo, ela estará livre para fazer o que quiser com a vida dela. Eu pagarei todas as suas dívidas, além do valor mensal que o senhor e ela receberão. Enquanto ela estiver casada comigo, não precisará trabalhar nem gastar o dinheiro que darei. Ela poderá guardá-lo em sua conta pessoal. Também disponibilizarei um cartão de crédito ilimitado para que ela possa comprar o que precisar, tanto para ela quanto para o senhor.

Paro de falar e aguardo uma resposta. Vejo um brilho nos olhos do velho e ele logo me pergunta:

— Tudo isso que você falou é verdade, meu rapaz?

— Sim, garanto.

— Então temos um acordo! — ele diz estendendo a mão na minha direção.

— Mas e sua filha? Não precisa falar com ela primeiro? — pergunto curioso.

— Não, meu rapaz. Eu sou o pai dela e sei o que é melhor para nossa família. Ela me obedece e pronto. — ele fala com convicção.

— Certo! Então pedirei ao meu advogado para redigir o documento para que o senhor e sua filha possam assinar. Mas antes, preciso saber o seu nome e o nome dela.

— Ah, me desculpe pela distração. Eu me chamo Mario Solano Bitencourt e minha filha chama-se Lara Suzan Bitencourt.

— Obrigado! — falo estendendo a mão para cumprimentá-lo.

Nos despedimos e saímos. Entro no carro e Lucas me cumprimenta.

— Mano, você foi muito bem! Parabéns pela negociação. — ele diz sorrindo.

— É, mano, mas tenho medo de ela não concordar.

Então Lucas me diz:

— Mano, você viu o que o pai dela falou? Ele manda e ela obedece.

Concordo com Lucas e seguimos para o escritório do Dr. Miller. Somos recebidos e explico tudo para ele. Ele me informa que o documento estará pronto no dia seguinte e poderemos levá-lo para ser assinado. Passo todas as informações corretamente, inclusive os valores a serem pagos mensalmente. Avisamos que os outros valores relacionados às dívidas contraídas pelo senhor Mario serão acertados com ele.

Com tudo acertado, vou para casa. Lucas propõe sairmos à noite para comemorar a vitória, embora eu não ache que seja uma vitória. Será minha prisão pelos próximos três anos e meio. Meu avô realmente me pegou dessa vez.

Passo o restante do dia resolvendo algumas pendências e, quando chega a noite, me arrumo para ir ao meu hotel cassino. Ainda não estou muito animado, mas o Lucas insistiu tanto, dizendo que preciso me divertir um pouco, que meu avô não queria me ver para baixo, então decidi ir.

Visto uma das minhas melhores roupas, pego o carro e sigo para o cassino. O Lucas irá me encontrar lá. Enquanto dirijo, penso o quanto minha vida mudará. Mesmo sem ter nenhum contato íntimo, passaremos bastante tempo juntos, algo que nunca fiz e não gosto. Não sou do tipo que gosta de compartilhar minha vida com ninguém. Faço o tipo "não sou de ninguém, sou de todo mundo, e todo mundo é meu também". Amo ter minha liberdade, e isso será tirado de mim em breve.

Quando percebo, já estou na frente do cassino. O manobrista pega a chave e leva o carro, enquanto olho ao redor procurando o Lucas, que está me esperando em frente à entrada principal.

— E aí, mano, tudo bem? — o Lucas me pergunta.

— Na medida do possível. Você sabe que eu não estaria aqui se dependesse de mim.

— Você precisa se distrair, mano, e hoje a noite é uma criança! — ele fala, me abraçando.

Entramos juntos e logo chamamos a atenção de algumas garotas, mas eu não estou no clima. Chego no bar e peço uma bebida. Olho ao redor e vejo uma loira de aproximadamente 1,75 m, com um corpo violão e olhos verdes penetrantes. Posso afirmar que só de olhar para ela fico sem fôlego. Ela está vestindo um vestido vermelho com uma fenda até a altura da coxa, pele branca. Ela é de parar o trânsito. Quando percebo, ela já está ao meu lado, olhando para mim e dizendo:

— Não vai pagar uma bebida para mim?

O Lucas me cutuca e percebo que estou de boca aberta. Me recomponho e concordo com a cabeça.

— Coloque uma bebida para a senhorita... Aguardo ela me dizer o nome dela.

— Lopes! Beatrice Lopes... — ela fala, esbanjando sensualidade.

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