Ele me xinga muito e é levado pelos policiais. Eu não acredito no que aconteceu. Será que nas demais áreas do cassino está acontecendo a mesma coisa? Vou pedir ao Dr. Miller que contrate uma auditoria em todos os setores para averiguar se há algo de errado. Olho para o relógio e já passa da meia-noite. Que droga.— Desculpa, irmão. Eu não imaginava que demoraríamos tanto assim.— Não tem problema! Relaxa. Foi tenso o que você passou e eu realmente precisava de você — ele diz, colocando a mão em meu ombro.— Vamos descer agora?— Com certeza! A noite é uma criança.Descemos e vamos direto para o bar. Peço um drinque e olho ao redor para ver se encontro aquela deusa, mas, para minha decepção, não a vejo em lugar nenhum do bar. Tomo algumas doses de uísque e vou direto para o cassino. Preciso jogar um pouco para distrair a mente. Chego ao cassino e olho ao redor para decidir onde irei jogar, mas me surpreendo ao ver Beatrice sentada em uma máquina caça-níquel, belíssima. Chego de mansinh
Fico deitado na cama, ainda tentando recuperar o fôlego. As horas passam, e acabo adormecendo. Sou acordado pelo toque do meu celular. Tato com as mãos para encontrá-lo e acabo deixando-o cair no chão.— Droga! — murmuro. Abro os olhos e vejo onde caiu. Pego o celular e é o gerente do hotel ligando para mim, às cinco da manhã.— Alô, o que você deseja?— Desculpe ligar a essa hora, mas ficamos sabendo que o senhor está hospedado aqui no hotel, e temos um cliente antigo com um problema sério a resolver.— Adiante-me do que se trata!— Ele pegou uma promissória de quinhentos mil dólares no cassino, e durante a noite pediu um quarto no hotel, o presidencial. Agora ele desceu, dizendo que foi roubado pela sua acompanhante e que não tem dinheiro para pagar. Além disso, ele afirma ser seu sogro, mesmo eu tendo dito que o senhor não é casado. Ele insiste na história.Não acredito que aquele velho já está me dando problemas.— Tudo bem, vou descer aí e resolver. Não o deixe sair.— Claro, sen
Lara….Abro os olhos e vejo a claridade entrando pelas brechas da cortina. Droga! Mais um dia aqui sozinha. O pior é que não tem nada para fazer, só assistir TV, o que está me deixando entediada. O cara de ontem nem trouxe o livro que me prometeu. Na verdade, eu não esperava que ele trouxesse, mas fazer o quê, né? Tento me levantar e, embora doa um pouco, consigo sentar na cama. Olho para o relógio e ainda são seis horas da manhã. O dia hoje vai ser longo.Desço da cama e vou até o banheiro para fazer minha higiene. Escuto batidas na porta do banheiro.— Senhorita Bitencourt, a senhora está aí?— Sim, estou!— Senhorita, eu já estava vindo para ajudá-la, não precisava fazer isso sozinha... ela diz com tom de voz preocupado.— Não tem problema, eu já estou melhor, consigo me movimentar sozinha.— Eu ficarei aqui caso a senhorita precisar, é só me chamar, tá certo?— Tá.Termino e saio do banheiro. Ela me olha com olhar de reprovação e me sinto acuada. Será que fiz errado em me levantar
Lara...Eu vou até o banheiro. Posso afirmar que o meu quarto inteiro caberia dentro desse banheiro. Nunca tinha entrado em um lugar tão luxuoso. Me acostumaria fácil. Ao colocar o pé dentro da banheira, sinto a água morna. Eu entro e logo fico imersa em uma água totalmente relaxante, cheia de pétalas de rosas vermelhas e brancas. Me acostumaria fácil a essa vida de luxo.Escuto uma voz me chamar. Abro os olhos assustada. Acho que adormeci.— Desculpa!— Não se preocupe, hoje é seu dia. Até eu pegaria no sono com um banho desses. Tome aqui esse roupão, vista-se. Temos muito que fazer ainda.Eu me visto rapidamente e vou até o interior do quarto. Me sento na cadeira, e elas começam a me arrumar. Passamos horas ali. Elas são muito agradáveis, e a conversa flui. Até que finalmente, estou pronta. Me olho no espelho e nem me reconheço. Realmente, fiquei uma nova mulher. O que alguns produtos caros não fazem. Me olho mais uma vez, e um senhor bem distinto entra no quarto.— Nossa, como a no
Tiro o meu vestido de noiva e abro a água da banheira, que está morna, uma verdadeira delícia. Entro e fico curtindo por um tempo, fechando os meus olhos e lembrando de casa. O que será que meu pai está fazendo agora? Ele sempre teve a mim para cuidar das coisas em casa, e desde que fui parar no hospital, não sei como ele está se virando. Estou imersa em meus pensamentos quando vejo a porta do banheiro abrir. Grito assustada, me encolhendo dentro da banheira.— Me desculpe, não sabia que você estava aqui... — ele diz, virando de costas.— Não tem problema, eu já vou sair. Me desculpe por me distrair... — digo, envergonhada.Ele sai e eu me visto rapidamente. Quando saio, ele está sentado em um sofá com um copo na mão. Eu passo por ele sem dizer mais nenhuma palavra, abro a porta e saio, me deparando com um longo corredor cheio de quartos. Sigo pelo corredor e logo encontro as escadas. Desço, olhando tudo com atenção, e me assusto ao ouvir uma voz me chamar.— Senhora King! Deseja algo
James King...Estou em casa, dormindo, e o meu celular não para de tocar. Abro os olhos e olho para o lado da cama, mas não a vejo lá. Melhor assim, nunca imaginei que seria tão difícil dividir a minha cama e a minha intimidade com uma estranha. Volto minha atenção para o meu celular e vejo que são os rapazes. O que eles querem a essa hora?— Oi, o que estão fazendo a essa hora?— Eu que pergunto. E como está a lua de mel? Está muito cansado?— Na realidade, nem sei onde a minha esposa está. Acordei agora e ela não está aqui.— Vem aqui na cafeteria Doce Encanto! Tomar um café conosco.— Deixa eu tomar um banho rápido e já, já chego aí.Me levanto rápido, tomo um banho, coloco uma roupa casual, mas não fujo muito do meu estilo, desço as escadas correndo.— Senhor King, não vai tomar seu café da manhã?— Não, Suzete. Vou sair com uns amigos. Cadê a minha esposa?— Saiu, senhor. Bem cedinho.Pego o meu carro e sigo para a cafeteria. Entro e vejo meus três amigos da faculdade.— Olha que
James…Nossa, como o Lucas está me fazendo falta. Pego meu celular e ligo para ele, pedindo para que se junte a mim. Lara…Enquanto isso, no quarto...Eu não sei onde estava com a cabeça para não ir embora daqui. Que merda foi que eu fiz ao assinar aquele contrato? Se em apenas dois dias já estamos assim, imagina depois de algum tempo. Vai ser insuportável a convivência. Me sento na janela e olho para o céu. Tudo o que mais queria era que esse pesadelo terminasse. Por que, meu Deus? Tenho que viver assim?Deixo as lágrimas molharem meu rosto. Penso na minha mãe, que tanto me amou. Se ela estivesse aqui, sei que isso não estaria acontecendo. Que saudades, mãezinha. Por que você se foi e me deixou sozinha com aquele monstro? Tudo seria tão mais fácil se eu estivesse completamente sozinha no mundo. Escuto batidas na porta.— Quem é?— A sua empregada, senhora!— Ah, pode entrar!— Me desculpe, senhora. Vim limpar isso aqui, mas não me demoro... — ela diz com a cabeça baixa, olhando para
Lara…Sigo para a sala de jantar e me sento na cadeira. Logo, duas empregadas vêm até mim para pôr a mesa, que fica repleta de tudo, muitas frutas, bolos, entre outras coisas. Eu me empanturro até não aguentar mais, está tudo uma verdadeira delícia. Levanto-me e vou até as portas de vidro que dão para o jardim, a água escorre por elas e fico admirando a chuva que cai com vigor. Dirijo-me à sala de TV, me sento no sofá, me espreguiço e ligo a TV. Passo alguns canais e fico imersa em meus pensamentos. Agora não tenho nada para fazer nesta mansão, e isso está me deixando muito entediada. Sempre fui do tipo que trabalhou desde que minha mãe morreu. Meu pai arrumou meu primeiro trabalho no supermercado que tínhamos e aprendi a trabalhar. E nunca parei, mas para mim é muito difícil ficar parada, sem fazer nada.Novamente me pego chorando. Talvez seja a melancolia do dia ou talvez minha mente esteja uma bagunça. Sinto como se estivesse sentindo várias coisas ao mesmo tempo, um verdadeiro mix