188: Dureza de coração
Já é madrugada quando Victor estaciona o carro em frente ao Cemitério Jardim da Eternidade, um lugar reservado exclusivamente para sepulturas de pessoas da alta sociedade. A entrada imponente, com portões de ferro ornamentados e uma fachada de mármore iluminada por luzes discretas, exala um ar de exclusividade e sobriedade.

Victor desliga o motor e, com um gesto firme, indica para Marina que desça do carro. Ela hesita por um instante, mas obedece, saindo para o ar frio da madrugada.

— Vamos — diz ele, sem muita cerimônia, caminhando na direção do portão principal.

Marina o segue, envolvendo os braços ao redor do corpo em busca de algum conforto contra a brisa gélida que atravessa o local. O caminho que percorrem, pavimentado com pedras antigas e contornado por ciprestes altos, é pouco iluminado, criando sombras inquietantes que parecem se mover com o vento.

Marina sente um arrepio percorrer sua espinha, uma sensação incômoda que a faz olhar ao redor, quase esperando ver algo que não de
Célia Oliveira

Tem gente que não muda mesmo, nem quando quebra a cara!

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