CAPÍTULO 33 Fernanda Antero Eu estou tentando não surtar com o ocorrido, e isso pelo meu grandão. Ele não merece a minha insegurança, a culpa não é dele, e o que tivemos naquela ilha foi muito especial. Aquele maldito tentou roubar a minha alegria, e não posso permitir. Preciso esquecer aquele nojento, que já está bem longe de mim, graças ao meu grandão que o mandou para o inferno. — Pequena, preciso ir até o Lúcio, parece que o chefe solicitou a minha presença... — ele me abraçou por trás, na varanda, encostando o seu corpo no meu e falou baixinho. — Vou com você, não quero ficar aqui! — me virei ficando de frente com ele, e ele tocou o meu rosto e arrumou o meu cabelo. — Me sinto mais protegida perto de você. — Eu entendo, Nanda... só não quero que mude pelo ocorrido, te acho incrível em missões e adoraria te ver em ação outra vez! — Não vou mudar, grandão! — o toquei na nuca e o puxei para um beijo. Me senti bem e vi que ele ficou muito agitado com aquilo, as suas mãos fo
CAPÍTULO 34 Don Pietro Kosta Passei muito mais tempo do que deveria no quarto com a Nanda, mas não me arrependo em nada, e Lúcio que se resolva com o Santiago. A minha pequena dormiu e então levantei para resolver umas coisas, mas me deparei com um dos soldados apavorados. — Don... o chefe Lyan está aqui! — falou o soldado preocupado. — Aqui? — Sim, e já o deixei entrar. Eu não o deixaria lá fora, não é? — Fez certo, vou lá falar com ele. — O soldado assentiu, e eu fui até a sala. O chefe fumava um charuto fazendo fumaça na minha sala e não pude falar nada; ele ainda é superior a mim, e ultimamente não posso estragar mais nada, estou com a reputação ferrada. Ergueu melhor o seu chapéu preto e me encarou de forma marcante. — E, pensar que você já foi o melhor, Don Pietro... quanta decepção! — jogou o charuto velho no meu chão e acendeu outro, pisando sobre o que foi jogado e esmagou deixando sujeira desnecessária. — Depois de tanto tempo, pensei que me conhecesse um pouco,
CAPÍTULO 35 Don Pietro Kosta — Santiago deixou tudo pronto, vamos pegar um jato há poucos quilômetros daqui, será que consegue? — ela olhou para a moto com satisfação, eu já a conheço um pouco, e vi que estava ansiosa. — Eu dou o meu jeito, só me fala o que eu preciso fazer. — Colocou o capacete, e ficou linda com roupas de couro. — Vou esconder o cabelo, facilita o disfarce. — Sorri olhando para ela e comecei a explicar. — Escolhi a moto menor pra você, sente-se aqui! — bati levemente no banco e ela se sentou. — E, agora? — Vou explicar o básico, tá? Existe esse pedal a sua esquerda que são as marchas, para baixo fica a primeira que é a que você vai usar para fazer a moto andar, logo depois o neutro, então a primeira, segunda e assim vai subindo. Aqui o pezinho, mas o que vai controlar a moto é as suas mãos. — Posso soltar o pezinho? — Solta e sente a moto com o seu corpo... aqui é a chave, depois que ligar já pode colocar a marcha em primeira, assim... — fui mostrando aonde
CAPÍTULO 36 Patrícia Sales — Incomodo? — o grandão cabeludo encostou na porta da boutique me fazendo suspirar. — Caramba grandão, cabeludo... parece assombração. Vem cá, você não desiste, não? — coloquei a mão na cintura e me aproximei dele, mas não muito, não poderia me deixar levar assim tão fácil. — Não, nunca desisto. — falou daquele jeito dele, sem muita expressão. — Cara... se é sexo que procura, tem muita puta gostosa e que faz bem feito na boate, não precisa vir atrás de mim, eu nem faço mais programas, só quando tenho vontade, e você me tirou essa vontade de você! — menti, pois eu daria pra ele até nesse banheiro minúsculo de funcionários, mas sabe como é, né... joguei o cabelo todo para um dos lados e fiz uma fisionomia sexy. — Patrícia, eu acho que não me expressei direito, eu não gosto de putas, sempre evitei. Só vou quando vem as virgens, evito esse tipo de coisa. O problema é que gostei de você e não da garota de programa, e quando eu descobri que só estava traba
CAPÍTULO 37 Fernanda Antero Tudo está muito estranho, e precisei me controlar para não acabar com a raça do Yago, mas ainda vou ter o meu momento com ele, não adianta ele ter usado crianças inocentes para se safar. — Vamos na sua casa, pequena? — o grandão me abordou ainda preocupado andando e olhando para os lados. — Sim. Não sei como está lá, mas está preparado para ver tudo sujo e destruído? Eu acredito que a gangue que ele era envolvido tenha velado o seu corpo, mas a bagunça ainda estará lá. — falei cabisbaixo. — Então é melhor nos apressarmos, precisamos resolver essas coisas. — ele falou firme e me deixou mais segura. Ao chegarmos na minha antiga casa, estava com um cadeado sem bater, e estranhei muito, até sacamos as armas sem esperar o que encontraríamos lá dentro. Fomos bem devagar e a porta estava apenas encostada, e fiquei sem reação ao ver tudo tão limpo e organizado. Don Pietro fez um movimento com a cabeça e posicionou a arma na altura do peito, indicando que en
CAPÍTULO 38 Don Pietro Kosta Quando chegamos no local, paramos com a moto a certa distância de onde tudo ocorria, e verificando que a rua estava mesmo interditada, me ocorreu uma outra ideia... — Nanda, se a gente chegar por trás do navio pegamos eles mais rápido. Não terão chances, porque de lá não conseguirão nos ver. — comentei, mostrando a localização do navio. — Tem razão! Também vejo que o navio está parcialmente afastado da costa, isso facilitaria. — assenti, e então convoquei os meus homens para buscarem a minha lancha. Com as motos pilotamos de volta até o outro lado da margem, a lancha já estava arrumada e levei com a gente mais três homens, para se certificar de que tudo correria bem. Outros deles ficaram para entrar de frente com o navio, e se esconderam por entre as árvores e alguns locais mais escuros. Santiago avisou que já estava avistando os possíveis lugares em que a Patrícia pudesse estar, então não precisamos nos preocupar com isso e fomos diretamente ao pont
CAPÍTULO 39 Pati Sales — Pensando bem, acho que temos um tempinho, essa puta não vai conseguir fazer nada com os braços presos..., há nem soltos... — o tal Rômulo que eu já estava engolindo faz tempo, falou. O outro não questionou e começou a me desamarrar, agora eu precisava dar um jeito em dois homens e ainda continuava com as mãos amarradas... “ótimo” — pensei. — Ajoelha e abra o meu zíper! — Rômulo falou, e nem acreditei que o idiota soltou a minha mão também. Logo me imaginei mordendo o pau do infeliz até ele ficar brocha, só que tinha o outro atrás e o maldito veio por trás tocando os meus seios, então me abaixei. Quando vi que o Rômulo estava sem cueca, achei o prato perfeito, se eu conseguisse prender com o zíper, já estaria muito bom, um belo começo da minha fuga. O de trás segurou o meu cabelo com força, mas ignorei. Foquei em fazer direito, e acabei com o pau do cara sem precisar colocar a boca, e no susto se afastou gritando com a mão no pau, mas certamente ele estar
CAPÍTULO 40 Don Pietro Kosta — Pequena... — Hum? — ela tinha os olhos vermelhos, se não havia chorado, estava quase. — Aquele homem pode ter mentido, vamos continuar investigando até ter certeza, o que acha? — Eu acho que chegou a hora de aceitar que eles se foram, Pietro... — acariciou a lápide da irmã recém preparada, e se fez forte, não chorou. Olhou para a do seu pai e chegou a tremer para se manter firme. Eu a abracei e puxei o seu rosto para perto do meu peito, segurando com as duas mãos, aquilo também doía em mim. — Eu juro que nunca te deixarei sozinha! Fiz uma promessa ao seu pai há muito tempo, mas eu não te conhecia. Hoje prometo muito mais que proteção e lealdade, prometo te amar e cuidar como o que eu tenho de mais precioso, pequena... você tem a mim, nunca estará sozinha. — Senti o meu peito esquentar e sabia que ela não havia aguentado, então a mantive ali até ela se sentir segura naquele lugar tão sombrio. — Você não me falou muito sobre a sua mãe... — pronunciei