Thiago CavalcanteAs coisas entre Bebel e eu estão cada vez mais sérias e eu estou ansioso para fazer o pedido, mas preciso de mais uma coisa para isso. — Tio Thiago, posso levar esse caderno da Vandinha? – Aninha me tirou de meu devaneio. — O que a sua tia falou? — Ela me deixou escolher umas coisinhas, mas eu quero esse caderno, você consegue convencer ela, por favor? Me aproximei de Isabel e pedi a ela para deixar que Aninha levasse o caderno da Vandinha e ela aceitou, em contrapartida ela me pediu para eu deixar Pietro entrar na aula de salsa. — Salsa? Ele não gosta de Hip Hop? – Perguntei confusa. — Sim, ele gosta de Hip Hop, mas quer treinar outros ritmos como a salsa. — Fazer o que, né, se isso faz ele feliz, vamos procurar um lugar que pratique isso.— Obrigada! – Isabel me deu um selinho e foi contar para Pietro a novidade, os dois começaram a dançar no meio da loja e sorri para a cena. Salsa? Quem diria. Eu sei que Pietro puxou a mãe no quesito dança, mas ela apenas
Pietro CavalcanteEstava me arrumando para tomar café quando meu pai entrou em meu quarto e pediu para conversar comigo. — Oi filho, podemos conversar? — Bom dia, pai! Aconteceu alguma coisa? — Ontem eu pedi Bebel em casamento e quis contar para você. – Abri um sorriso e me sentei ao lado meu pai. — Nossa,pai! Isso é muito bom. Então a Bebel vai ser a minha nova mãe? Meu pai concordou e eu o abracei.— Você realmente está feliz com isso? – Meu pai perguntou. — Sim, eu pedi que no natal eu ganhasse esse presente, como não fui atendido achei que nem ia conhecer. Eu queria que a Bebel fosse a minha mãe e agora ela vai ser. Meu pai bagunçou o meu cabelo que eu tinha acabado de arrumar e depois saiu do meu quarto, fui direto para o quarto de Aninha e bati até ela me atender.— Argh! Você é chato. Vai dormir Pietro. – Ela parou e olhou para mim por um tempo. — O que houve com esse cabelo?— Meu pai bagunçou, mas agora escuta, a Bebel aceitou se casar com meu pai, então agora ela se
A noite estava agradável quando Thiago e eu chegamos à pizzaria. O ambiente acolhedor, com o cheiro irresistível de pizza no ar, proporcionava uma sensação familiar e calorosa.— Sabe, faz tanto tempo que não entro em uma pizzaria assim. – Thiago comentou, olhando ao redor, seus olhos brilhando com uma mistura de nostalgia e antecipação.— Você perdeu muito tempo sem desfrutar dos prazeres simples da vida. – Sorri para ele, apreciando o brilho nos olhos de Thiago.— Mas agora estou pronto para me deliciar com todas as coisas apimentadas e gostosas que eu puder. – Ele respondeu, piscando um olho de maneira sugestiva.Soltei uma risada, meio constrangida, meio divertida.— Thiago, por favor, estamos em público! – Brinquei, dando-lhe um tapa leve.— As daqui pizzas são simplesmente deliciosas, você irá adorar, toda a vez que viemos aqui com a Aninha ela fica colarinho nos livrinhos. – Mostrei a ele os livrinhos coloridos que eles fazem para entreter as crianças. Ele sorriu, concordand
Luana FerreiraDesde que fiquei doente tenho perdido muitas coisas, mas não escolhi isso pra mim, quando descobri o câncer me senti em um limbo sem fim, graças a ajuda das minhas irmãs e do meu marido estou aos poucos me reerguendo. A proximidade da cirurgia tem me trazido sentimentos ruins que eu deveria esquecer, mas é impossível. — O que houve amor? – Luiz perguntou sentando ao meu lado.— Pode me contar, estou aqui pra te ajudar. Respirei fundo algumas vezes e por fim contei tudo o que estava me afligindo, Luiz apenas me observava sem dizer uma palavra. — Amor, me promete uma coisa? – Peço a ele que assentiu com a cabeça. — Se eu morrer você promete que se casará novamente e será feliz. — Luana não diga uma coisa dessas. — Por favor, Luiz prometa. – Peço mais uma vez. — Pare de bobeira, você irá se recuperar e...— Luiz. — Tudo bem, se é para sua paz de espírito, eu prometo, mas eu acredito na sua recuperação assim como Cami e Bebel.— Obrigada por estar nesse momento ao
Isabel FerreiraApós a cirurgia da minha irmã, voltei para casa, e ao chegar Aninha me interceptou e perguntou como havia e eu disse que as coisas deram super certo e que amanhã iríamos ver a sua mãe, minha sobrinha me abraçou contente e correu para dar a notícia a Pietro. Assim que ela saiu fui para cozinha tomar um pouco de café.— E então Bebel, como foi a cirurgia da sua irmã? – Berta perguntou visivelmente preocupada. — As coisas correram bem. — Mas se as coisas correram bem, por que você está com essa cara? — Por que eu chamei o médico para conversar e ele me confidenciou uma coisa que me deixou preocupada. — E o que seria? — Ele disse que durante a cirurgia houve complicações e agora eles irão aguardar ela acordar amanhã e submetê-la a uma bateria de exames para saber se ela sofreu algum trauma. Berta olhou para mim por alguns e encheu a minha caneca de café novamente. — Creio que não será nada, fique tranquila. — Obrigada. Tomei o meu café e subi para ajudar as crian
(Três meses depois) Na velocidade da luz chegamos quase ao meio do ano, e aqui estamos mergulhados em muita confusão de caixas, fios e muitos outros materiais, as crianças estão a meses trabalhando no projeto da feira de ciências, estava acostumada com as feiras que eram promovidas na escola em que eu trabalhava onde, o aluno precisava apenas de cartolina e um pedaço de isopor. Na escola das crianças eles precisam demonstrar os efeitos e tals, e por isso estamos esse tempo todo.— Aninha você ligou o fio errado. — Não Mário você que é daltônico e ligou o amarelo no vermelho. Preciso ficar de olho nesses dois o tempo todo, parece até um casal de velhos discutindo. — Pietro e Carlos, dão um jeito no amigo maluco de vocês.— Tia Bebel, dá um jeito na sua sobrinha chata. — Ahhh! Calem a boca, ou eu quem vou enlouquecer. — Qual o nome do projeto mesmo? Toda hora esqueço. – Carlos perguntou e todos se viraram para ele. — Se no dia eu passar vergonha por sua causa Carlos eu vou te soc
Pietro Cavalcante Acordei animado e resolvi pedir um favor ao meu pai, então entrei em seu quarto sem bater e vi Bebel dormindo na cama do meu pai, quando ela me viu ficar sem graça e olhou para Thiago. — Pietro, você não sabe bater na porta? – Meu pai ralhou comigo. — Desculpa pai, eu queria te pedir um favor, mas depois eu falo com você. Fechei a porta e fui para o quarto de Aninha e bati em sua porta. — O que você quer xarope? Ainda tá cedo. – Essa menina é chata às vezes, não sei por que o Mário gosta tanto dela. — Acabei de entrar no quarto do meu pai e ele estava dormindo com a Bebel. — E o que tem isso? Peraí, você entrou no quarto deles sem bater? — Foi sem querer. Eu quero pedir a ele um favor e não sabia que a Bebel estava lá. — E o que tem a minha tia está no quarto do seu tio, meus pais dormem no mesmo quarto também. — Você não entendeu, eu posso ter um irmão em breve e finalmente vou deixar de ser filho único. – Estava realmente empolgado com essa possibi
Isabel Ferreira Quando fui chamada na direção eu sabia que havia acontecido alguma coisa, mas não estava esperando que minha sobrinha tivesse dado um soco em um menino, conversei com ela severamente, mas na verdade eu estava orgulhosa dela, já que esse tal de Paulo vem importunando Pietro desde o ano passado, conversei com o diretor, mas parece que o menino não entendeu, a noite chegou e depois que as crianças se alimentaram os coloquei na cama. Thiago ficou preso no escritório até tarde e quando chegou conversamos sobre os nossos dias. — Como assim Aninha socou a cara de um menino? – Ele perguntou rindo. — É o mesmo menino que perturbava Pietro e seus amigos no ano passado. — Gostei do que a Aninha fez, essa menina ganhou mais pontos comigo. — Só não diga isso pra ela. – Pedi a ele que riu. A noite avançou, e enquanto Thiago e eu conversávamos na sala, percebi que seu estômago roncou alto, indicando uma fome voraz. — Está com fome? — Estou faminto — Vem comigo, vou