Lembranças e feridas abertas

O sol da manhã entrava pelas cortinas finas do ateliê, iluminando as telas espalhadas pela sala. Mas para Helena, a luz parecia mais fria do que calorosa. Ela tentava se concentrar nas cores que precisava misturar, mas seu olhar se desviava constantemente para a janela. O vazio que sentia dentro de si só se aprofundava a cada pensamento que passava por sua mente. Miguel... seu nome parecia ecoar em sua mente, e tudo o que ela conseguia lembrar eram os momentos felizes que passaram juntos.

Helena sabia que precisava seguir em frente. A dor que ela sentia pela distância de Miguel já começava a se transformar em algo quase insuportável. E, ao mesmo tempo, ela ainda se perguntava se estava fazendo a coisa certa, se sua decisão de pedir tempo havia sido correta. Cada momento sem ele parecia mais longo, mais pesado, e ela não sabia mais se conseguiria lidar com esse silêncio.

O ateliê estava silencioso, exceto pelo som suave de um pincel tocando a tela. Helena olhou para a pintura inacabada
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