A cidade amanhecia com um toque suave de névoa, uma atmosfera tranquila que parecia refletir o momento de transição que Helena estava vivendo. O estúdio estava silencioso, exceto pelo som ocasional de uma pincelada ou o som de uma música suave ao fundo. Helena sentia que agora estava mais centrada, mais em paz com a decisão que havia tomado. Ela não estava mais fugindo de suas emoções nem da realidade, estava aprendendo a abraçar quem ela era e, talvez, quem ela poderia se tornar.

O telefone tocou no meio da manhã, interrompendo a serenidade daquele momento. Era uma chamada do número desconhecido, mas Helena atendeu. A voz do outro lado era familiar, mas, ao mesmo tempo, carregada de uma sensação de estranheza.

Miguel: "Helena, eu… eu não posso ficar em silêncio sobre o que aconteceu. Eu sei que tudo mudou entre nós, mas antes que você me ignore completamente, eu preciso te contar algo."

Ela sentiu uma mistura de emoções. A sinceridade na voz de Miguel era palpável, mas, ao mesmo temp