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O pré-contrato de compra e venda foi assinado ainda naquela tarde. O senhor Saunieur ficaria ainda responsável por tocar a fazenda como um gerente, mas todos os seus negócios relacionados a vinícola e a fazenda pertenciam, agora, a Vittorio Gotti. O italiano se mostrava bastante satisfeito com a compra enquanto conhecia a antiga mansão com Nicola ao seu lado. Viv por sua vez, ficou com o senhor Saunieur analisando os documentos do lugar, chegando a um acordo favorável para ambos. O homem se mostrava bastante satisfeito em saber que continuaria tocando tudo ali, mas dessa vez como um empregado. — Esse lugar precisa de uma boa reforma. — Viv comentou, caminhando pela mansão ao lado de seu antigo proprietário. — Conheço uma arquiteta que vai cuidar daqui muito bem. — Comentou, sorrindo para o senhor. — É uma casa antiga, mas tem muita história. — Ele comentou. — Eu inicialmente queria transformar em um hotel. A fazenda é ótima para visitação e muitas pessoas gostam de alugar vinícol
O homem olhou para Vittorio de um jeito confuso, olhando em seguida para Vivienne. — Não sabia que era casada. — Ele comentou envergonhado. — Não sou. — Ela respondeu. — Esse é meu cliente, Vittorio Gotti. Foi ele quem comprou a fazenda. — Ela explica. — Esse inclusive é um dos seus novos funcionários. — Ela explica educadamente. — Ele trabalha para o senhor Saunieur. Vittorio olha a cena impaciente, sem se importar com quem é aquele homem ou o que ele faz da vida. — Posso dançar com você agora? — Ele pergunta mais uma vez. Viv percebe que ele não vai sair dali até que ela finalmente aceite e muito contrariada, ela aceita. O outro homem se afasta, beijando a mão de Vivienne antes de ir e retornando para o bar. Vittorio a segura pela cintura, puxando-a para si e afastando seus fios loiros do pescoço dela ao olhar fixamente para o outro homem, marcando seu território. — Você não deveria dançar com qualquer caipira que conhece em um bar, Principessa. — Ele a repreende, guiando-a
O retorno para New York foi calmo, porém dotado de um silêncio mortal. Vivienne respondia a Vittorio apenas o necessário, focando sua atenção em Nicola e aproveitando que viajaram nas primeiras horas do dia para dormir.Quando chegaram na cidade, Vittorio lhe ofereceu uma carona, mas ela recusou educadamente e preferiu pegar um táxi.Ela seguiu diretamente para casa, e algumas horas depois já estava no escritório da St James & Barker, entrando na sala de Paul Barker com duas pastas em mãos.— O contrato com o senhor Gotti. — Falou ao colocar a primeira pasta na mesa. — E a compra da fazenda e da mansão que ele fez. — Colocou a segunda pasta. — Está tudo aqui.Paul analisou os documentos cuidadosamente enquanto Viv aguardava de pé, apoiando-se em seus saltos com os braços cruzados.— Você sempre me saí melhor do que a encomenda, Vivienne. — Paul respondeu finalmente, fechando a segunda pasta e olhando para a loira parada a sua frente. — Seu avô estava certo sobre você.Ela sorriu, sen
A batida da música acelerava seu coração e ao ver Matthew ali, Vivienne quase ficou decepcionada. Ele tocava seu corpo, puxando-a para si e deixando ela dançar colada a ele. Ela se divertia, flertando em meio a dança com ele. O homem cheirava seu pescoço, aspirando o aroma perigoso do seu perfume caro.— Eu quero falar com você, Viv.. — Ele dizia ao pé do ouvido dela. — Vamos para um lugar mais reservado?Ela o olhou por cima do ombro, ainda dançando colada a ele.— Para você transar comigo no banheiro como fizemos em Las Vegas? — Ela perguntou, provocando-o com um sorriso.— Não seria uma má ideia. — Ele respondeu, apertando a bunda dela. — Não vai rolar, Matt. — Ela virou-se, apoiando as mãos nos ombros dele ao se aproximar, ficando colada demais ao homem a sua frente.Os lábios dela quase tocavam os dele, provocando-o.— A única coisa que eu quero hoje é dançar e beber. — Respondeu. — Seja com você ou com qualquer outro.Ele suspirou, apoiando as mãos na cintura dela.— Vamos beb
Os braços dele ainda estavam envoltos em seu corpo quando o beijou encerrou. Vivienne o olhava, seus olhos azuis transmitindo a mesma intensidade do olhar de Vittorio enquanto ele a segurava. Sentia-se zonza, talvez alcoolizada demais por todos os drinks que havia bebido antes e com Matthew minutos antes. — O que você está fazendo aqui? — Ela pergunta confusa, mesmo que ainda estivesse em seu abraço. — Como me encontrou?Vittorio a olha, levando a destra a face dela e acariciando-a ao segurar a mulher pela nuca em seguida, mantendo-a firme ao seu controle.— Escutei a voz da Anna ao fundo quando te liguei. — Ele respondeu, mantendo a cabeça dela erguida e olhando para ele. — Então pedi para o Marco descobrir onde vocês estavam.Ela arregalou os olhos, agora tudo fazia sentido. Como Marco havia encontrado Annabelle ali tão facilmente e em como de certa forma, Vittorio havia lhe seguido até ali mesmo quando ela lhe pedira distância.Por um momento passou em sua mente se ele havia vis
A luz entrava fraca por entre as cortinas quando Viv despertou com a cabeça latejando. Ela sentava com dificuldade, sua cabeça zonza enquanto a ressaca dava seus sinais violentos de que não a deixaria naquele dia.Estava em seu próprio quarto, reconhecendo as cores claras e todas as fotos espalhadas por ali. Não sabia ao certo como havia chegado em casa, tendo apenas flashes da noite passada enquanto era seguida por Vittorio e Matthew.Olhando por baixo da coberta, percebeu estar com a camisa de um pijama de seda e calcinha.Foi quando se deu conta do barulho do chuveiro no banheiro ali próximo. Inquieta, ela imaginava quem estava tomando banho. Era Matthew ou Vittorio?Viv se estica até a mesa de cabeceira, pegando o celular e olhando as horas. Já passava das dez da manhã. Por sorte, era sábado e estava de folga.Não se lembrava da última vez que tivera uma ressaca daquelas.Ela rapidamente abria a conversa com Anna, perguntando quem havia lhe trago para casa, mas antes que tivess
Nos dias que se passaram, Vivienne evitou contatos mais profundos tanto com Vittorio, quanto com Matthew. O italiano lhe enviava flores todos os dias que chegavam em seu apartamento sempre na hora que ela estava prestes a sair para o escritório. Em alguns dias, seu apartamento estava coberto de rosas de todas as cores. Naquela tarde, ela estava sentada em sua sala enviando alguns processos recorrentes de seus outros clientes quando Angélica entrou, trazendo um envelope dourado para ela e colocando-o em cima da mesa. — Isso acabou de chegar, senhorita St James. A secretária respondeu com um sorriso curioso. — Você sabe que pode me chamar de Vivienne, Angélica. — A loira repreendeu-a sutilmente. — Você trabalha aqui há tempos e já bebemos juntas antes. — Respondeu, piscando para ela. A loira ergueu o olhar para o envelope, abrindo-o em seguida. Era o evento da fundação que sua família prestava serviços há séculos. Ao ler, um aperto em sua garganta tomou conta quando viu que o
— Sente-se. — Ele pede ao olhá-la sério e irritado. — Por favor.— Antes que você comece com o sermão, me deixe explicar, ok? — Ela fala ao encará-lo, recusando-se a sentar.— Eu sei que o Nicola é seu filho, que você quer o melhor para ele. Mas prendê-lo nessa condição não vai ajudar no desenvolvimento dele, Vitto. — Ela explica. — Ele é um menino excepcional e merece a melhor educação, merece se desenvolver e estar com crianças iguais a ele. Ele a escuta calado, os braços cruzados na altura do peitoral.— Eu estudei na St Julius, minhas irmãs também. A Sierra teve o seu desenvolvimento aprimorado. Eu me importo com o Nicola, principalmente com a educação e o bem estar dele e Vittorio, ele se sentiu tão à vontade lá, você precisava ver..O homem suspira cansado.— Você não vai desistir, não é? — Ele pergunta, erguendo uma das sobrancelhas para ela.— Não vou. Eu amo aquele garoto. — Ela responde sincera. — Porquê? — Ele questiona, curioso.— Ele me lembra alguém que conheci quando