Nos dias que se passaram, Vivienne evitou contatos mais profundos tanto com Vittorio, quanto com Matthew. O italiano lhe enviava flores todos os dias que chegavam em seu apartamento sempre na hora que ela estava prestes a sair para o escritório. Em alguns dias, seu apartamento estava coberto de rosas de todas as cores. Naquela tarde, ela estava sentada em sua sala enviando alguns processos recorrentes de seus outros clientes quando Angélica entrou, trazendo um envelope dourado para ela e colocando-o em cima da mesa. — Isso acabou de chegar, senhorita St James. A secretária respondeu com um sorriso curioso. — Você sabe que pode me chamar de Vivienne, Angélica. — A loira repreendeu-a sutilmente. — Você trabalha aqui há tempos e já bebemos juntas antes. — Respondeu, piscando para ela. A loira ergueu o olhar para o envelope, abrindo-o em seguida. Era o evento da fundação que sua família prestava serviços há séculos. Ao ler, um aperto em sua garganta tomou conta quando viu que o
— Sente-se. — Ele pede ao olhá-la sério e irritado. — Por favor.— Antes que você comece com o sermão, me deixe explicar, ok? — Ela fala ao encará-lo, recusando-se a sentar.— Eu sei que o Nicola é seu filho, que você quer o melhor para ele. Mas prendê-lo nessa condição não vai ajudar no desenvolvimento dele, Vitto. — Ela explica. — Ele é um menino excepcional e merece a melhor educação, merece se desenvolver e estar com crianças iguais a ele. Ele a escuta calado, os braços cruzados na altura do peitoral.— Eu estudei na St Julius, minhas irmãs também. A Sierra teve o seu desenvolvimento aprimorado. Eu me importo com o Nicola, principalmente com a educação e o bem estar dele e Vittorio, ele se sentiu tão à vontade lá, você precisava ver..O homem suspira cansado.— Você não vai desistir, não é? — Ele pergunta, erguendo uma das sobrancelhas para ela.— Não vou. Eu amo aquele garoto. — Ela responde sincera. — Porquê? — Ele questiona, curioso.— Ele me lembra alguém que conheci quando
— Vivienne? A voz de Angélica soou, despertando a loira do breve transe. Ela estava absorvida em seus pensamentos e na última vez que viu Vittorio, no qual eles transaram deliciosamente em seu escritório. Vivienne estava disposta a viver aquela aventura com ele, pelo menos por hora. Não podia negar o quanto aquele homem lhe deixava louca de todas as formas, e entregar-se ao controle dele na cama não seria tão ruim assim. — Viv? — Angélica chamou mais uma vez. — Sim? Perdão, estava distraída. — Falou a advogada, notando algumas pastas nas mãos de Angélica. — O que é isso? — perguntou curiosa. — São os arquivos que me pediu. — Angélica explica. — Do senhor St James. Viv a olhou surpresa, Angélica havia conseguido. — Muito obrigada, Angélica. Pode deixá-los aí em cima. — Pediu Viv e logo Angélica acatou, deixando os arquivos em cima da mesa dela. Vivienne levantou-se, trancando a porta do escritório e voltando sua atenção definitiva aos arquivos. Ela ficou ali durante horas,
— Onde estamos? — Sierra perguntou curiosa ao parar finalmente em frente a uma residência.Era um domingo calmo e Vivienne resolveu passear pelo bairro com a irmã mais nova para tomarem um café quando acabaram parando em frente a casa de Vittorio.— Quero que você conheça alguém. — Viv respondeu, voltando-se para a mais nova. — Ele é um garotinho muito legal, é filho do meu cliente e tem o QI elevado como seu.— Ah, entendi. — Sierra respondeu sorrindo. — Você quer que eu seja sua cobaia de pessoa que consegue viver plenamente mesmo sendo excepcional. — Falou desconfiada.Viv piscou para ela, segurando a irmã pelos ombros e beijando sua testa.— Quero que ele veja que pode ter uma vida normal, mesmo que o pai ache que não. — Explicou. — Que ele pode ser magnífico assim como a minha irmãzinha.— Certo.. — Sierra respondeu por fim quando Vivienne apertou a campainha.Um minuto depois, Enzo abriu a porta da residência, sorrindo para Vivienne.— Bom dia, Enzo. — O cumprimentou. — O Nico e
Vivienne estava em seu antigo quarto no apartamento dos pais enquanto a cabeleireira arrumava seus fios dourados em ondas laterais. O telefone tocava em cima da mesa, e ela se esticava para atender assim que via a foto de Vittorio na tela. — Ciao, Principessa. — A voz dele soava no viva-voz. — Está ocupada? — Boa tarde, senhor Gotti. — Ela respondeu, reprimindo o sorriso. — Você está no viva-voz. — Então não poderei falar o que gostaria de fazer no momento com você.. — Ele a provocava, arrancando risadas da cabeleireira e do maquiador. — O que você precisa, Vitto? — A loira perguntava, tentando fazê-lo mudar de assunto. — Gostaria de levá-la ao baile dessa noite, como vocês americanos fazem na escola. Viv riu, balançando a cabeça negativamente. — Vai me comprar um corsage também? — Ela perguntou divertidamente. — Eu pensei em diamantes na verdade. — Ele responde, provocando-a. — Eu vou com meus pais, Vittorio. Inclusive já estou na casa deles, vamos toda a família. — Ela res
Assim que viu Vittorio, Viv não conseguiu conter o seu coração acelerado. Ele estava absurdamente lindo de smoking preto e gravata borboleta, os cabelos penteados para trás e a mão tatuada no bolso. — Viv, espera! — Matthew chamava atrás dela.Mas ela não esperou, seguindo na direção de Vittorio que olhava para Matthew de forma ameaçadora e esse por sua vez, desistia ao desviar o caminho, sendo interceptado por Emily que pulou em seu pescoço ao abraçá-lo.Vivienne parou frente a frente com Vittorio, esse lhe dando um meio sorriso ao observá-la de cima para baixo.— Está linda, Principessa. — Ele sussurrou, passando o braço pela cintura dela e buscando seu corpo em um abraço.— Obrigada, senhor Gotti. — Ela respondeu, sentindo o aroma do perfume dele. — Você também está belíssimo.— O que aquele babaca queria? — Vittorio perguntou em um sussurro ao pé do ouvido dela, mantendo seu olhar fixo em Matthew que observava os dois.— Dizer que eu era o mundo dele. — Ela respondeu francamente
— Isso é um ultraje! — O senhor Allsburg diz completamente furioso, puxando um lenço para sua esposa. — Você perdeu a cabeça, Evelyn?— É vocês quem não se dão a vergonha de aparecer aqui após tudo o que o seu filho fez. — Orpheus falou, protegendo sua esposa e filhas.— Do que o nosso filho fez? Foi a sua filha quem o abandonou no altar e ainda expôs a imagem dele! — Margareth respondeu fora de si.— Vocês dois sabiam que ele estava com outra na sua casa e querem bancar as vítimas? — Evelyn falou. — Me faça o favor, Margareth. Vá embora deste baile antes que eu mesma a arraste para fora pelos cabelos!Viv, Sierra e Ophelia olhavam chocadas para a cena enquanto Vittorio e Marco se colocavam na frente para protegê-las. Sua mãe nunca descia do salto. Era uma mulher extremamente educada e se quer erguia o tom de voz quando necessário. Mas Evelyn sempre se mostrava uma leoa para proteger suas filhas, ainda mais de uma língua tão venenosa como a de Margareth von Allsburg. — Acredito que s
As palavras ameaçadoras de Vittorio deixaram Vivienne assustada.Ela olhava para ele, notando todo o ódio em seu estado puro no corpo do italiano. E ela realmente acreditava que ele poderia cumprir a ameaça a Matthew.— Você está me ameaçando? — Matthew perguntou, finalmente soltando Vivienne ao encarar Vittorio no mesmo tom. — Eu estou alertando. — Vittorio respondeu. — Se você chegar perto da minha mulher novamente, se ousar tocá-la, vai ser a última coisa que você vai fazer.A tensão entre os dois era tamanha e Viv temia que Vittorio fosse partir para cima dele.A advogada entrou na frente de ambos, repousando as mãos no peito de Vittorio ao afastá-lo um pouco.— Vitto, olha pra mim. — Ela pediu, seus olhos azuis implorando pela atenção dele.Ele acatou ao seu pedido, encarando-a.— Ele não merece o esforço. — Ela falou, colando o corpo ao do italiano.Vittorio levou a mão a face de Vivienne, acariciando-a gentilmente. Ele roçou os lábios nos dela, encarando Matthew ao deixar clar