Tarde da noite, Amara estava deitada na cama, com um milhão de pensamentos atravessando sua mente. As palavras de Asllan ecoavam em sua cabeça: “Você não pode simplesmente confiar em qualquer um. Especialmente em caras bonitos.”

Ela sabia que ele estava certo. Muitos dos homens que conheceu acabaram tentando algo indesejado. Quando isso acontecia, ela sempre resolvia do seu jeito, enfrentando-os sem hesitar. Principalmente aqueles homens casados, com marcas de aliança nos dedos. Para eles, Amara reservava o pior de sua indignação. Alguns saíam chorando, e outros nunca mais cruzavam seu caminho.

Quanto à sua própria vida amorosa, a realidade era uma tragédia. Em todos esses anos, a única vez que havia se entregado foi naquela noite, cinco anos atrás... Essa experiência deixara uma sombra profunda, e Amara passou a sentir aversão por qualquer tipo de intimidade física.

Pitter, que já estava no limite de sua paciência, parecia cada vez mais próximo de sua partida. Amara sabia que precisa