Maya Bellerose
Ás vezes é preciso pensar em coisas boas... Maya é uma mulher forte e sonhadora, desde sua infância até a vida adulta, marcada por desafios e ilusões sobre o que significa amadurecer. Durante a infância, ela desejava crescer para ter autonomia, e na adolescência acreditava na despreocupação da vida, sem perceber as responsabilidades que a aguardavam. Ao tornar-se adulta, a realidade se impôs, e ela se viu enfrentando as dificuldades cotidianas, tanto no casamento quanto na vida familiar. O casamento com Adriel, inicialmente promissor, revelou-se uma ilusão. Apesar das expectativas de uma vida a dois baseada no amor e cumplicidade, a rotina, os conflitos e a falta de comprometimento de Adriel levaram o relacionamento ao fracasso. Mesmo com a esperança de que a gravidez e as filhas trariam uma reviravolta, o casamento continuou a deteriorar-se. A protagonista se viu enfrentando a criação das filhas sozinha, com pouco apoio de Adriel, tanto emocional quanto financeiro. Com o passar dos anos, ela lutou para manter a família e garantir o sustento das filhas, enfrentando o desgaste emocional e físico de uma rotina exaustiva. Ao mesmo tempo, lamentava a ausência de Adriel na vida das meninas, que cresceram sem o envolvimento paterno. Apesar de tudo, Maya mostra resiliência, encontrando formas de equilibrar trabalho, estudos e cuidado com as filhas. Ao final do dia, apesar de todo o cansaço, ela é surpreendida por uma ligação, sugerindo que, mesmo em meio à correria da vida, o inesperado ainda a espera. Quando atendo, não reconheço o número e nem a voz da pessoa que está no outro lado da linha. Depois, com muita dificuldade, consigo entender que a Katharina, esposa do pai das meninas, isso me deixou em alerta. Lentamente, ela vai se acalmando e me conta o que aconteceu com Adriel, ele sofreu um enfarte e não sabe como agir. Mesmo sem a conhecer, tenho pena pelo tamanho desespero em que ela se encontra, agora acredito que ela o ama muito, só em ouvir seu desespero através do telefone. Era só o que faltava! Agora, Adriel, morto! A ficha ainda não caiu, nunca o desejei mal. Fui conversando e tentando acalmar Katharina. Depois, informei o que ela poderia fazer para agilizar tudo. Não podia sair de casa com as meninas dormindo, só pude explicar o que ela teria que resolver. Nunca deixaria minhas filhas sozinhas em casa no meio da noite, ela era a esposa dele, teria que resolver tudo sozinha. Mas também não consegui dormir, fiquei a noite toda inquieta na cama, vi o dia raiar, não odiava e nem desejava a sua morte, mas minhas filhas iriam sentir, por mais que ele não fizesse seu papel de pai. Que agora elas ficaram órfãs de pai! Decidi por fazer o café da manhã, assim me distrai, fico me perguntando qual será o melhor momento para falar com elas, eu nunca precisei dar uma notícia dessa para elas, chego a sentir um aperto em meu peito. Quando as meninas acordarem, falarei logo, não sei se o enterro será hoje. Como ele não tinha família viva, era filho único, só terá algumas pessoas. Como as meninas já estão com quase 15 anos, se elas quiserem ir, irei levá-las para se despedir, pois será o último momento com ele. Fico perdida em pensamento, sou desperta com Ayla me chamando. — Mãe, o que tem de bom para comer? — Ayla pergunta toda animada, fico ponderando se falo agora ou não. Ou espero a Aysha vir. — Cadê a dorminhoca? É, temos pão, fiz um bolo de frutas e tem cereal! Hoje a senhorita acordou com tudo, hein! —Ayla sempre alegre e faminta. — Aysha já está vindo, ela teve um pesadelo agora de manhã, tomei até um susto com o choro dela desesperada, é como se ela estivesse sentindo uma dor muito forte. — Fico em alerta com o que Ayla me diz. — Mas ela disse com o que sonhou? — Ayla só acena que não. Isso me doí, pois ela é muito sensível. Não demora muito e Aysha chega com o rosto abatido, triste. — Bom dia! Mãe. — Aysha vem cabisbaixa, com seus olhinhos brilhando, indicando que ela esteve chorando. — Bom dia! Meu amor, quer me contar sobre o pesadelo? — Ela começa a chorar de uma forma que parece estar me assustando, nunca vi minha filha dessa forma. — Aysha calma, meu amor, você quer me falar? Se não quiser, eu entenderei, mas estou ficando preocupada porque você ficou triste dessa forma? — Falo preocupada com meu coração apertado. — Sonhei que a senhora morria, e a gente ficava com nosso pai. Mãe, me promete que a senhora não vai morrer, a senhora é a pessoa que mais importa para mim, promete. Mãe. — Ver seu desespero é angustiante, ela me implora para prometer e isso me deixa temorosa. — Ei, meu amor, eu não vou morrer, mas prometo que sempre estarei com vocês, não precisa ficar assim. Além disso, você também tem a sua irmã, sempre estaremos aqui uma para outra, não importa o que aconteça, sempre teremos o apoio da outra! — Sonho mexeu muito com ela, dá para ver em seus olhos. — Mãe, foi muito real, sentir uma dor aqui dentro de mim como se estivesse arrancando meu coração, acordei chorando e vi que foi só um pesadelo, mas fiquei sentindo uma angústia aqui no meu peito, mãe, faz passar… — ela pede. — Às vezes acontece, mas já passou e eu estou bem, está vendo, sou a mais forte que existe. — Dei um abraço tão forte, que até uma lágrima escapa dos meus olhos, só em pensar que alguma coisa pode acontecer comigo, o que será das minhas filhas? Chamo Ayla para o abraço triplo, cheio de carinhos e lágrimas, tenho que ser forte por elas. — Meninas, vamos tomar café, estar mais calma, Aysha? — Pergunto, me certificando de que ela esteja bem. — Sim, mãe, obrigada… Começamos a tomar café, ela fica mais tranquila, mas posso ver em seus olhos, o medo, isso me doí, só peço a Deus que nos proteja sempre e que nada de ruim aconteça comigo. Não sei nem como falar sobre o Adriel, mas preciso falar, antes que eu possa dizer algo. O meu celular toca, é a Katharina, esposa dele. Atendo sem animação, pois não posso demonstrar nada agora para elas, ela me fala sobre a hora do enterro e o lugar onde ele será enterrado, falou com maior ironia, dizendo que a gente aproveitasse o máximo que pudesse, porque minha vida iria mudar! Não entendi nada que essa louca quis dizer, desligo o telefone, em seguida as meninas já tinham acabado de tomar o café delas, esse é o momento de falar para elas. Arrumamos a mesa e chamo as duas para se sentar no sofá. — Meninas, o que tenho para falar é um pouco triste. Ontem, quando fui dormir, recebi um telefonema, era do hospital. A esposa do pai de vocês estava me ligando para falar que ele passou mal e, de imediato, ele foi socorrido, estava muito mal e acabou não resistindo, ele faleceu. — Falo com pesar, elas arregalam os olhos e ficam se entre olhando. E logo vem o sonho. — Agora pouco, a Katharina me falou sobre o enterro, se vocês quiserem ir, eu levo vocês. — Elas estão chorando, mas estão calmas. — Mãe, eu não quero ir, não gosto de cemitério. — Ayla fala ainda chorosa. — Eu também não quero ir, mãe, não fará diferença se a gente vai ou não, e como se a gente não fôssemos filhas dele. — Aysha diz triste. — Vocês têm todo direito de ir ou não, eu entendo cada uma de vocês, mas esse momento seria solidário, mostra que mesmo ele não estando presente, ele é o pai de vocês. — A senhora vai? — Aysha pergunta curiosamente. — Não, só iria se fosse para levar vocês. — Então nada de cemitério. — Aysha fala meio tristonha. — Então vamos fazer assim, já que vocês não querem ir, vamos até a igreja, fazer uma oração e pedir a Deus para colocá-lo em um bom lugar. — Sugiro e elas aceitam. — Por mim, tudo bem, mãe. — Ayla fala meio triste. — Por mim também. Mãe, eu posso te fazer uma pergunta. — Aysha fala com um tom de dúvida. — Sim, filha, pode fazer. — Tenho certeza de que falará sobre sonho. — Então esse pesadelo que eu tiver foi um aviso de que alguém próximo iria morrer? — Agora fiquei sem palavras, engulo seco mais resolvo esclarecer… — Aysha, tem muitas pessoas que sente quando algo vai acontecer, em sonho ou sinais, você sempre foi a mais sensível, mas acho que foi só um sonho ruim, ou você estava com a cabecinha cheia de tristeza ou algum filme que você assistiu e ficou em sua mente e com isso abalou um pouco o seu psicológico. — Entendi, mãe, mas eu não quero mais ter esses pesadelos, mãe, foi muito real. — Não pense em coisas ruins, sempre que bater a tristeza, ou se magoa com alguém, não guarde no coração, tente sempre pensar em coisas boas, e ver a parte boa de cada situação que esteja acontecendo, assim seu coração fica mais tranquilo e sua mente mais leve e se caso persistir é só fazer uma oração assim seu coração fica tranquilo, e quando isso acontecer sempre repreenda. — Vou fazer isso, mãe, muito obrigado, eu te amo, mãe! — Ela diz me abraçando, fico até um pouco aliviada por elas compreenderem.Mesmo que o Destino queira brincar com você!Depois desse dia cansativo com as meninas, mesmo sabendo que não deveria ter ido ao enterro, de última hora Ayla também ficou sentimental. Não foi nada fácil ver minhas filhas tão tristes daquela maneira. Katharina ficou o tempo todo nos olhando de uma maneira estranha. Já a vi uma vez, mas nunca cheguei para conversar ou conhecer. O pouco que Adriel falou com elas nunca mostrou para as meninas. Não sei o motivo, mas ele fez muito bem. Quanto mais distante das meninas ela estiver, melhor.Sinto uma sensação ruim quando ela ficou nos olhando! Quando chegamos em casa, elas ficaram muito caladas, então decide que dormiríamos todas juntas, assim ficamos abraçadinhas e tentamos aliviar essas tristezas do coração delas…Infelizmente tive que ir trabalhar no domingo e a vizinha veio ficar de olho nas meninas, que caso elas estivessem muito caladas pedi para ela me avisar, eu não gosto de ver elas assim, elas são a minha alegria, minha motivação p
Mais uma rasteira do Destino...Acordo com as meninas na minha cama.Durante a madrugada, Aysha teve outro pesadelo, então achei melhor dormirmos juntas. Sei que elas ainda têm a última imagem do pai morto. Mal consegui pregar os olhos e zelar por elas aqui no meu quarto.Quando já estavam saindo os raios do sol, o cansaço me pegou. Vou saindo da cama devagar para elas não acordarem, minha vontade é de ficar aqui com elas, preciso trabalhar, mas que nunca, agora não posso me dar ao luxo de ficar em casa para cuidar delas. Faço toda a minha higiene, vou para a cozinha, deixo o café delas pronto enquanto dona Maria não chega e assim começa a minha rotina.Quando estou saindo de casa, meu fixo toca, mas deixo de lado, pois já estou em cima da hora. Se for algo sério, entrarão em contato no meu celular.Chego no trabalho um pouco mais desanimada, devido ao cansaço que continua presente em mim. Já perdi as contas de quantos cafés tomei só para ficar mais acordada, hoje foi tranquilo e agra
Uma batalha por dia!Conseguir uma casa conjugada que só tem um quarto, cozinha banheiro e uma sala, a área de serviço tenho que dividir com os outros moradores, somos em cinco casas, pequenas, mas aconchegante foi o que me apareceu no momento e ainda é próximo ao bairro que eu morava, minha sorte que dona Maria continua cuidando das meninas, não ficaria tranquila de deixar as meninas sozinhas com pessoas desconhecidas principalmente nesse bairro que me dá até medo, mas foi o que me apareceu no momento.No dia em que teria que devolver a casa, deixei as meninas com dona Maria, pois não queria mostrar meu ponto fraco, minhas filhas. Eu não daria esse gosto nunca. Nem que eu passe por cima de qualquer um, até da vaca da Katharina, que chegou com aquele olhar prepotente, questionando tudo, contas e até mesmo os desenhos que sempre teve no quarto das meninas, me chamando de cafona. Não sabe ela que tenho pena de pessoas como ela, que pensa serem importantes por estarem dando golpe nos hom
Dias melhores virão! Só basta acreditar!— Bom dia, dona Maria! Eu já falei que não precisa se preocupar. — Sei o quanto ela tem o coração bom, sempre pensando nas meninas.— Bom dia! Maya, pare de bobagem, até parece que, como todas essas frutas sozinha, não custa nada trazer para comer com as meninas!— Sei, a senhora pensar que me engana, dona Maria, sou grata pelo seu carinho com as minhas filhas, quem sabe um dia não possa retribuir de alguma forma. — Falo já colocando esse lembrete mentalmente dela voltar à cidade onde sua irmã vive, eu creio que um dia eu possa ajudar lá.— Só em ver vocês felizes já é o bastante. — Quando ela fala assim, logo vem a lembrança da minha mãe.— Então aproveite para tomar café com as meninas, e tenho uma novidade: hoje vou fazer uma entrevista mais tarde, se Deus quiser, vai dar tudo certo.— Já deu certo, Maya, basta acreditar. E assim foi nossa manhã animada, conversas, isso me ajudou a distrair um pouco, já que eu estava nervosa por conta da en
Sentido que a vida nos dá!Mais um dia e estou exausto, ando trabalhando muito. Minha família é dona de uma empresa de tecnologia TechnoTrends a mais avançada que existe no país. Onde não me deixa descansar, já que meu pai resolveu antecipar a sua aposentadoria, me deixando como diretor-geral da empresa e meu irmão como vice-diretor. São muitas burocracias, reuniões infinitas que tento sempre dar conta, para não acumular ainda mais na minha agenda, essa que mal consigo almoçar em paz.Coisa que odeio é levar trabalho para casa, tento dar atenção à pequena Elise. Desde a morte da minha mulher, as coisas têm saído de controle. Só ela conseguiria me ajudar nesse momento, fico me lamentando por sua morte, ela saberia agora como lidar com Elise, que começou a questionar meu comportamento, até mesmo me cobra atenção. Mora só eu, Elise e minha fiel governanta Margarida, que tenho muito carinho como se fosse minha segunda mãe, já que me entende até nos meus piores momentos. Com ela não precis
Por que é tão difícil?Acabo voltando para casa depois da entrevista, que gostei bastante, estou mais confiante em ficar como babá da pequena Elise, espero que eles me liguem, sigo voltando para casa com a esperança no coração.Quando cheguei em casa, contei para as meninas como foi, elas ficaram super animadas e curiosas para conhecer a pequena Elise, mas até agora ninguém entrou em contato, mas não posso deixar isso me abater.Já faz dois dias que estive lá! Será que fiz algo de errado? No mínimo, não tenho perfil nem para ser babá.São inúmeras perguntas e nenhuma resposta, as coisas estão ainda mais difíceis. Hoje, a menina que mora em uma das casas aqui me disse que tem uma lanchonete que estava precisando de uma atendente. Não pensei duas vezes e fui até lá, só não gostei, por ser estilo um boteco, beira de estrada, que dá até medo de entrar no lugar. Mas é o que têm por hora, começarei hoje às 17h e fico até 23h. Não me sinto bem com horário, mas não posso reclamar, é um pouc
Por que sinto como se estivesse faltando algo?Mal amanheceu e já fico de mau-humor, umas das filiais sofreu um atentado, ouve um incêndio não tenho tempo nem de pensar, já começo a ligar para Enrico tenho certeza de que ele já esteja ciente ocorrido. Ligação online:— Enrico, temos que ir quanto antes, para verificarmos de perto esse atentado.— Já estou me preparando, Emma queria ir, mas a convenci de ficar em casa para cuidar da princesa.— Irei mandá-la para casa dos nossos pais, assim posso ficar mais tranquilo, não sabemos o que estará por vir.Desligo sem esperar a resposta do meu irmão, olho minha filha ainda dormindo na minha cama, deixo um beijo em sua testa e sigo para fora do quarto.— Bom dia! Margarida, houve um imprevisto e tenho que sair. Assim que Elise acordar, quero ela na casa da minha mãe, mas acredito que Emma esteja chegando a qualquer momento para buscá-la. — E a babá, o que devo fazer?— Irei pedir que minha secretaria e
Caminhos cruzados...Nada melhor do que uma bela loira em minha cama, consegui tirar um pouco o estresse que estava, mas a vida não para. Há deixo no quarto de hotel, minha mãe já mandou várias mensagens, simplesmente dei uma desculpa, primeiro tenho que ir até Juan, ele já tem novidades...Depois da tarde estressante com algumas novidades, é claro que não vou deixar o segurança impune, pois tenho provas de que ele estava com um dos nossos concorrentes, que sempre nos tenta derrubar os LeBlancs. Eles sempre articulam algo contra a nossa empresa, mesmo já tendo a certeza de que a empresa deles está por um fio para decretar a falência. Descobri que o segurança Igor mora em um bairro decadente, consegui conversa com ele e vamos juntar mais prova para derrubar de vez os LeBlancs que nem umas das suas futuras gerações irão lembrar que um dia tiveram o nome reconhecido mundialmente. Voltando da casa dele, estou indo para minha casa para depois ir para a casa da fazenda mais uma vez Emma li