Judith— Obrigada, Bóris! — digo ao sair do carro e quando dou alguns passos na direção da entrada do prédio, paro e olho para trás. — O Thomas não virá essa noite. Será que pode focar de olho nas coisas para mim?— É claro, Duquesa. Ninguém chegará perto da sua porta — garante. O fito em silêncio por alguns segundos. Então meneio a cabeça em concordância e caminho para dentro do prédio.Dentro do elevador tiro o cartão da jornalista do meu bolso e olho para o número tentada a fazer uma loucura.Nervosa, solto uma lufada de ar pela boca e quando dou por mim, estou fazendo a ligação.— Lucy Michel?— Sim, é ela. Com quem eu falo?— Judith Evans, a esposa do Duque de Birmingham — respondo-lhe com um tom firme na voz. E o seu silêncio me diz que ela foi pega de surpresa.— Oh, claro! Em que posso ajudá-la, Evans?— Você disse que queria a verdade, certo?— Com certeza. Fale conosco, Evans. Exponha o seu lado da história e deixe que o mundo conheça a sua versão.As portas do elevador se s
Judith— Ora vamos, preguiçosa, acorde! — Thomas sussurra suavemente contra a minha pele, me fazendo abrir um sorriso languido e no ato, me espreguiço debaixo dele, abrindo uma brecha de olhos sonolentos.— Que horas são? — sibilo, sentindo a minha voz rouca de sono. Contudo, ele não para de beijar as minhas costas, fazendo uma trilha tão gostosa, que me faz arrepiar inteira.— Tarde. E se você continuar dormindo, vamos perder o nosso voo.Ah sim. Após a entrevista forçada de Rebecca ela acabou na prisão e a lista de crimes que ela cometeu, lhe renderá alguns anos na prisão. Sem falar no Adam que resolveu acompanhar de perto o julgamento da falsa Duquesa. Enquanto isso, Thomas Elliot de Birmigham está disposto a me tirar do país por alguns dias.— Ok, Senhor Duque e quanto tempo eu tenho? — Viro-me para olhá-lo, mas os seus olhos se fixam nos meus seios desnudos.— Duas horas.— Duas? — questiono um tanto sugestiva. Seus olhos encontram os meus e Thomas entende exatamente o que se pas
Judith— Escolha o que você quiser, querida.Thomas simplesmente me pediu, deixando-me sozinha com uma atendente e eu sequer tive a oportunidade de perguntar onde ele estava indo. Então encarei os incontáveis vestidos de noiva sem saber por exatamente começar. Contudo, um em especial me chamou a atenção. Ele é bem simples, com decote canoa, de um branco suave curto e com uma saia godê na altura dos meus joelhos.O meu coração está batendo diferente.Estou escolhendo me casar com o homem que eu nunca imaginei amar. E o amo como a minha vida. Estou escolhendo o meu jeito para me casar. Sem todo aquele glamour, sem ondas de flashes e sem multidões. Apenas ele e eu. Pensar nisso me faz sorrir e me faz pensar que eu estive o tempo todo enganada. O amor existe para garotas como eu.— Que tal esse, Duquesa? — Desperto a atendente ergue um lindo e estravagante buque de rosas brancas.— É, você tem lírios cor de rosa?— Oh! Lírios? Claro!E quando ela se afasta aproveito para me olhar no espel
Judith— Judith! — Abigail, Sophie e Violet praticamente gritam assim que nos vir entrar na mansão Birmingham. Elas abrem enormes e sorrisos e correm animadas na nossa direção.— Ei, eu não ganho abraços não? — Thomas resmunga com fingida indignação quando sou abraçada pelas três ao mesmo tempo.— É claro que sim, irmão. Mas estávamos com muitas saudades da Judith. — Abigail retruca.— Thomas, que saudades! — Josephine o abraça carinhosamente, assim como a Lydia e logo elas estão tagarelando perguntas umas atrás da outra.— Como vocês estão? — Josephine procura saber quando as meninas se afastam animadas com seus presentes. Em resposta, Thomas me puxa para colar-me na lateral do seu corpo.— Perdidamente apaixonados. — Ele beija calidamente os meus cabelos e em seguida a garota abre um sorriso de olhos brilhantes.— Eu sabia!— E, estamos casados de verdade.Josephine parece confusa.— Como assim, sua graça?— A Judy eu tinha um acordo nupcial. Mas agora nos casamos por amor.— Simples
JudithÀs vezes o medo nos faz recuar. Eu tinha a felicidade na palma da minha. Ei aprendi a sorrir sem esconder a minha dor. Aprendi a deixar o meu coração bater sem ser controlado pela tristeza. Aprendi a apreciar o calor de um sentimento tão forte e bonito. Então veio a gravidez e tirou essa cortina de brilho dos meus olhos. Mostrou-me que tudo não passou de ilusão. Que eu continuo perdida no escuro.— Pare de chorar, Judy. — Ellen pede docemente, se afastando um pouco para me olhar nos olhos. — Por que você está chorando, querida? — Ela pergunta ainda com voz doce e antes de respondê-la, fungo algumas vezes, secando as minhas lágrimas.— Aconteceu, Ellen. Tudo o que ué mais temia aconteceu. O que eu faço agora?— O que aconteceu?— Eu... estou esperando um bebê. — A minha voz falha, quando um nó aperta a minha garganta. — Me diga, o que eu faço agora?Minha amiga sorrir.— Sério? Você está chorando por isso? Ah meu Deus, Judith Evans! Não era para você está pulando de alegria com o
— O evento que vimos aqui me diz que você precisa se preparar para receber o seu bebê. Mas só se a Senhora concordar, é claro.— Eu concordo. — Me pego dizendo.— Tem certeza, amor?— Eu vivi muito tempo escondida na sombra do meu passado, Thomas. Está na hora de deixar tudo isso para trás e viver a minha verdadeira felicidade com a minha nova família.— Que seja como você quiser, meu amor.— Ótimo! Deixarei uma consulta agendada para a mesma semana. Pode ser?— Tudo bem!***Uma semana depois...— Soube que o Duque está investindo em um projeto hospitalar em sociedade com alguns brasileiros. — Ellen comenta erguendo um conjunto de pijama infantil na altura da sua cabeça.— Parece que a médica e sua equipe virão para a Inglaterra apenas para fechar esse negócio. Ele está bem animado.— Collin comentou. O que acha desse?— Não é para menina?— É sim.— Acho que o Antony não vai gostar da cor.— Hum, não é para o Antony.— Ah não? — inquiro, parando de mexer nas araras de roupas infantis
Judith— Não acredito que vamos ter um bebê aqui em casa! — Abigail festeja dando alguns pulinhos no meio da sala.— Já pensou, o pequeno Duque correndo dentro desta casa? — Sophie fala sonhadora.— Ou uma mini Duquesa. — Josephine intervém e apenas rio dos seus comentários.— Quando ele chega? — Violet procura saber.— Ainda vai demorar um pouco, querida.— E quando podemos ver o sexo do bebê? — Lydia pergunta.— Não temos certeza, mas podemos tentar na próxima consulta...— Que será? — Abigail irrompe.— Na próxima semana.— Podemos ir também? — Violet interpele. — Por favor! — Troco olhares com o Thomas.— Por mim tudo bem.— Ah, Judy, você é a melhor! — Violet e Abigail abraçam a minha cintura.O telefone de Thomas começa a tocar e após um beijo rápido no meu rosto, o observo se afastar para atender a ligação.— A gente bem que podia ir fazer algumas compras para o pequeno Duque. — Sophie sugere animada.— Ou para a pequena Duquesa. — Josephine ressalta outra vez.— É claro, ou a p
Bônus -Josephine— Não acredito que ele deixou! — Mary, minha amiga desde sempre fala com empolgação quando paramos de frente para um bar no centro de Londres.Eu também não acredito. Quer dizer Thomas Elliot não era assim antes de tudo acontecer. Antes ele era alegre e extrovertido, mas parece que após perder as pessoas que mais amava nesse mundo e o fato de assumir grandes responsabilidades o levou a ficar sério demais e amargo. Contudo, sou grata por ele dar uma segunda chance para o amor e Judy fez toda a diferença em nossas vidas.— Que tal uma foto? Esse momento de liberdade precisa ser registrado. — Ela sugere me despertando dos meus devaneios. Portanto, tiro o celular do bolso do meu jeans e me posiciono para uma selfie com minhas amigas. Só então decido tirar uma foto sozinha, mas sou brutalmente interrompida por um idiota que esbarra forte em mim e derruba o aparelho no chão.— Ei, seu idiota! — grito, quando ele finge que nada aconteceu e continua a caminhar na direção da en