JudithNão consigo deixar de pensar que estou vivendo um sonho acordado. Penso quando sinto o toque dos seus dedos arrastando-se pelas minhas costas, enquanto fazem pequenos círculos em minha pele. O calor do seu corpo colado no meu me aquece, enquanto a neve cai impiedosamente lá fora. A sua respiração morna está batendo contra a minha nuca, causando-me leves arrepios por todo o meu corpo e me pego sorrindo quando lembro que fui amada nessa cama não só pelo seu corpo, mas pela sua alma também.Devo dizer que essa sensação de felicidade que me absorve agora é incrível. Mas eu sei que tudo está por um fio de se acabar.— Eu sinto muito pelo ocorrido, querida! — Thomas sibila baixinho, quando o seu rosto se enfia entre os meus cabelos e ele aspira o meu cheiro sem pressa, deixando-me arrepiada. No entanto, estou confusa.— Ocorrido? — pergunto um tanto curiosa, virando-me de frente para ele. E sou imediatamente arrebatada pelo brilho dos seus olhos.— Pela mentira na manchete — esclarec
Judith— Obrigada, Bóris! — digo ao sair do carro e quando dou alguns passos na direção da entrada do prédio, paro e olho para trás. — O Thomas não virá essa noite. Será que pode focar de olho nas coisas para mim?— É claro, Duquesa. Ninguém chegará perto da sua porta — garante. O fito em silêncio por alguns segundos. Então meneio a cabeça em concordância e caminho para dentro do prédio.Dentro do elevador tiro o cartão da jornalista do meu bolso e olho para o número tentada a fazer uma loucura.Nervosa, solto uma lufada de ar pela boca e quando dou por mim, estou fazendo a ligação.— Lucy Michel?— Sim, é ela. Com quem eu falo?— Judith Evans, a esposa do Duque de Birmingham — respondo-lhe com um tom firme na voz. E o seu silêncio me diz que ela foi pega de surpresa.— Oh, claro! Em que posso ajudá-la, Evans?— Você disse que queria a verdade, certo?— Com certeza. Fale conosco, Evans. Exponha o seu lado da história e deixe que o mundo conheça a sua versão.As portas do elevador se s
Judith— Ora vamos, preguiçosa, acorde! — Thomas sussurra suavemente contra a minha pele, me fazendo abrir um sorriso languido e no ato, me espreguiço debaixo dele, abrindo uma brecha de olhos sonolentos.— Que horas são? — sibilo, sentindo a minha voz rouca de sono. Contudo, ele não para de beijar as minhas costas, fazendo uma trilha tão gostosa, que me faz arrepiar inteira.— Tarde. E se você continuar dormindo, vamos perder o nosso voo.Ah sim. Após a entrevista forçada de Rebecca ela acabou na prisão e a lista de crimes que ela cometeu, lhe renderá alguns anos na prisão. Sem falar no Adam que resolveu acompanhar de perto o julgamento da falsa Duquesa. Enquanto isso, Thomas Elliot de Birmigham está disposto a me tirar do país por alguns dias.— Ok, Senhor Duque e quanto tempo eu tenho? — Viro-me para olhá-lo, mas os seus olhos se fixam nos meus seios desnudos.— Duas horas.— Duas? — questiono um tanto sugestiva. Seus olhos encontram os meus e Thomas entende exatamente o que se pas
Judith— Escolha o que você quiser, querida.Thomas simplesmente me pediu, deixando-me sozinha com uma atendente e eu sequer tive a oportunidade de perguntar onde ele estava indo. Então encarei os incontáveis vestidos de noiva sem saber por exatamente começar. Contudo, um em especial me chamou a atenção. Ele é bem simples, com decote canoa, de um branco suave curto e com uma saia godê na altura dos meus joelhos.O meu coração está batendo diferente.Estou escolhendo me casar com o homem que eu nunca imaginei amar. E o amo como a minha vida. Estou escolhendo o meu jeito para me casar. Sem todo aquele glamour, sem ondas de flashes e sem multidões. Apenas ele e eu. Pensar nisso me faz sorrir e me faz pensar que eu estive o tempo todo enganada. O amor existe para garotas como eu.— Que tal esse, Duquesa? — Desperto a atendente ergue um lindo e estravagante buque de rosas brancas.— É, você tem lírios cor de rosa?— Oh! Lírios? Claro!E quando ela se afasta aproveito para me olhar no espel
Judith— Judith! — Abigail, Sophie e Violet praticamente gritam assim que nos vir entrar na mansão Birmingham. Elas abrem enormes e sorrisos e correm animadas na nossa direção.— Ei, eu não ganho abraços não? — Thomas resmunga com fingida indignação quando sou abraçada pelas três ao mesmo tempo.— É claro que sim, irmão. Mas estávamos com muitas saudades da Judith. — Abigail retruca.— Thomas, que saudades! — Josephine o abraça carinhosamente, assim como a Lydia e logo elas estão tagarelando perguntas umas atrás da outra.— Como vocês estão? — Josephine procura saber quando as meninas se afastam animadas com seus presentes. Em resposta, Thomas me puxa para colar-me na lateral do seu corpo.— Perdidamente apaixonados. — Ele beija calidamente os meus cabelos e em seguida a garota abre um sorriso de olhos brilhantes.— Eu sabia!— E, estamos casados de verdade.Josephine parece confusa.— Como assim, sua graça?— A Judy eu tinha um acordo nupcial. Mas agora nos casamos por amor.— Simples
JudithÀs vezes o medo nos faz recuar. Eu tinha a felicidade na palma da minha. Ei aprendi a sorrir sem esconder a minha dor. Aprendi a deixar o meu coração bater sem ser controlado pela tristeza. Aprendi a apreciar o calor de um sentimento tão forte e bonito. Então veio a gravidez e tirou essa cortina de brilho dos meus olhos. Mostrou-me que tudo não passou de ilusão. Que eu continuo perdida no escuro.— Pare de chorar, Judy. — Ellen pede docemente, se afastando um pouco para me olhar nos olhos. — Por que você está chorando, querida? — Ela pergunta ainda com voz doce e antes de respondê-la, fungo algumas vezes, secando as minhas lágrimas.— Aconteceu, Ellen. Tudo o que ué mais temia aconteceu. O que eu faço agora?— O que aconteceu?— Eu... estou esperando um bebê. — A minha voz falha, quando um nó aperta a minha garganta. — Me diga, o que eu faço agora?Minha amiga sorrir.— Sério? Você está chorando por isso? Ah meu Deus, Judith Evans! Não era para você está pulando de alegria com o
— O evento que vimos aqui me diz que você precisa se preparar para receber o seu bebê. Mas só se a Senhora concordar, é claro.— Eu concordo. — Me pego dizendo.— Tem certeza, amor?— Eu vivi muito tempo escondida na sombra do meu passado, Thomas. Está na hora de deixar tudo isso para trás e viver a minha verdadeira felicidade com a minha nova família.— Que seja como você quiser, meu amor.— Ótimo! Deixarei uma consulta agendada para a mesma semana. Pode ser?— Tudo bem!***Uma semana depois...— Soube que o Duque está investindo em um projeto hospitalar em sociedade com alguns brasileiros. — Ellen comenta erguendo um conjunto de pijama infantil na altura da sua cabeça.— Parece que a médica e sua equipe virão para a Inglaterra apenas para fechar esse negócio. Ele está bem animado.— Collin comentou. O que acha desse?— Não é para menina?— É sim.— Acho que o Antony não vai gostar da cor.— Hum, não é para o Antony.— Ah não? — inquiro, parando de mexer nas araras de roupas infantis
Judith— Não acredito que vamos ter um bebê aqui em casa! — Abigail festeja dando alguns pulinhos no meio da sala.— Já pensou, o pequeno Duque correndo dentro desta casa? — Sophie fala sonhadora.— Ou uma mini Duquesa. — Josephine intervém e apenas rio dos seus comentários.— Quando ele chega? — Violet procura saber.— Ainda vai demorar um pouco, querida.— E quando podemos ver o sexo do bebê? — Lydia pergunta.— Não temos certeza, mas podemos tentar na próxima consulta...— Que será? — Abigail irrompe.— Na próxima semana.— Podemos ir também? — Violet interpele. — Por favor! — Troco olhares com o Thomas.— Por mim tudo bem.— Ah, Judy, você é a melhor! — Violet e Abigail abraçam a minha cintura.O telefone de Thomas começa a tocar e após um beijo rápido no meu rosto, o observo se afastar para atender a ligação.— A gente bem que podia ir fazer algumas compras para o pequeno Duque. — Sophie sugere animada.— Ou para a pequena Duquesa. — Josephine ressalta outra vez.— É claro, ou a p