Humanidade crua

Kwami olhou assustado, não teve tempo de fazer nada, mas achava que mesmo que tivesse, não conseguiria. Nick se ajoelhou na lama ao lado de Vikran, segurou o pescoço do indiano apertando as pontas dos dedos com tanta força que a pele necrosada soltou.

A mão escorregou como se puxasse uma geleia fedida e nojenta.

— Olívia! Lembra dela?

A voz de Nick saia misturada a uma respiração estranha e barulhenta, uma espécie de choro e ira que fez Vikran segurar o próprio grunhido de dor.

— RESPONDE! OLHA PARA MIM! POR QUÊ? O QUE ELA TE FEZ?

A humanidade que o indiano havia esperado finalmente estava diante dele, mas não tinha a face da esperança como ele imaginava que teria, ao contrário, era uma humanidade crua, dilacerada, cheia de ódio e loucura.

Vikran não conseguia lembrar daquele nome, não sabia do que Nick estava falando, achou que a mente estava o aprisionando em mais uma alucinação, mas então uma frase o levou de volta ao dia em que Helena foi assassinada.

— Ela era uma menina! A minha
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