Sem a menor possibilidade de voltar à empresa para pegar meu carro, paro o primeiro táxi que vejo na rua. Ao entrar no veículo, cumprimento o simpático motorista com um sorriso caloroso. — Para onde vamos, senhora? — ele pergunta, olhando para mim pelo retrovisor. Pressiono os lábios, considerando ir para qualquer lugar, desde que não seja minha casa. Opto por ir para o meu apartamento; talvez passar mais um tempo com minha mãe possa ser benéfico para mim. — Rua Dartmouth, por favor. O taxista assente com a cabeça e parte com o carro. Enquanto o veículo enfrenta as ruas congestionadas, uma mistura de desapontamento e tristeza me invade. Aquela cena na sala de Noah, Amber tão perto dele, os lábios quase se tocando... Parecia uma traição cruel. Como ele pôde fazer isso comigo depois de tudo? Mas à medida que o carro avança, começo a juntar algumas peças. O olhar surpreso de Noah, sua reação abrupta sem se importar com mais nada além de mim, e Amber, tão disposta a causar impact
Noah suspira profundamente, concorda com a cabeça e segue em direção ao bar. Enquanto isso, vou para o nosso quarto e entro no banheiro, ansiosa por um banho. Tiro minhas roupas e encho a banheira, permitindo que a água quente envolva meu corpo, dissipando as tensões desse dia. Não estou disposta a permitir que interfiram no meu relacionamento, mas também sei que não posso demonstrar compreensão toda vez que a Amber age de forma contrária ao nosso relacionamento. Com a sensação de meu corpo menos tenso, decido que é hora de encerrar o castigo que impus ao meu marido. Após me secar, coloco uma camisola de renda branca. "Talvez eu possa provocar um pouco mais, Noah Ewing", penso, enquanto cuido de secar o meu cabelo. Ao sair do banheiro, encontro Noah sentado na poltrona. Seu olhar, tomado de desejo, confirma que escolhi a roupa adequada. Ele termina de se despir e passa por mim como se esperasse meu consentimento para se juntar a ele no banho. Contudo, ao perceber o meu olhar distraíd
"Por Noah" Quando Ava saiu do meu escritório daquela maneira, determinada a não ouvir a explicação sobre Amber no meu colo, foi como se todo o meu mundo desmoronasse. A desesperação era tão avassaladora que eu podia sentir meu coração martelando no meu peito, como um tambor frenético. Nem sequer me preocupei em questionar a atitude da minha ex-namorada. E então, quando pensei que não podia piorar, Ava simplesmente desapareceu. Passei horas procurando em cada canto escuro e lugar onde ela poderia estar. A agonia parecia ter se enraizado em cada fibra do meu ser, como uma âncora que me arrastava para o abismo. Exagerado? Talvez um pouco. Mas a ideia de perdê-la me deixou cego, e eu a procuraria até no inferno, se fosse necessário. E então, tão abruptamente quanto desapareceu, minha esposa voltou a aparecer, trazendo um pouco de paz no meio do caos que causei. O alívio percorreu meu corpo como uma onda reconfortante, dissipando a angústia que me envolvia. Apesar do sentimento ang
Suspiro profundamente quando ela parece estar prestes a se ajoelhar e me levanto rapidamente. Ela dá um passo para trás, as lágrimas deixando rastros em seu rosto. — Por favor, não fale assim... — Amber suplica, com a voz trêmula e os olhos marejados ao parar ao meu lado. — Lamento não ter percebido o quanto isso te importava. Por favor, me perdoe! Podemos tentar de novo, você só precisa me dar uma chance! — Sabe de uma coisa? Posso te dar uma chance. — afirmo com sarcasmo, enquanto pego o telefone. — Posso te dar a chance de sair daqui por conta própria. Caso contrário, ficarei feliz em chamar segurança para te tirar! — Você não faria isso! — ela grita, ameaçando avançar em mim. Rapidamente me levanto, seguro seu braço e a guio até a porta. — Ainda trabalho aqui e não vai se livrar de mim tão facilmente! — Realmente, não será fácil, Amber. Mas juro que vou procurar qualquer pequeno erro seu e me livrar de você! Quanto ao seu trabalho aqui, tire o resto da semana de folga, cortesia
"Por Ava" Se eu dissesse que estou tranquila sobre o jantar na casa dos meus sogros, estaria mentindo. Mas, mesmo sabendo que Anna adoraria ver sua favorita no meu lugar, não posso interferir na relação entre ela e seu filho. Durante o trajeto, Noah e eu conversamos sobre assuntos banais, enquanto tento me distrair. No entanto, à medida que nos aproximamos, meu nervosismo aumenta. Após alguns minutos, Noah estaciona na ampla garagem. Ele me oferece a mão para me ajudar a sair do carro e beija meus dedos antes de entrar. Anna nos recebe na sala de estar com um sorriso um pouco tímido. Ela abraça seu filho com força, deixando claro o quanto sentiu a falta dele. Quando se separam, ela me olha com apreensão e se aproxima. Trocamos um olhar breve e ela me abraça calorosamente. Eu retribuo o abraço. — Venham, vamos nos sentar. — Ela diz, apontando para o enorme sofá de linho bege. — Acabei de pedir para Magnolia nos servir um café antes do jantar. — Onde estão as outras pessoas dest
O restante da semana passou num piscar de olhos, com toda a correria na empresa. Preparar o relatório financeiro mensal do Grupo First Place sempre gera um caos coletivo entre os funcionários do departamento. Mas, com a ausência do meu marido, que viajou a trabalho para a Itália durante a semana, pudemos relaxar um pouco. Depois de todo o estresse, finalmente posso aproveitar o fim de semana em paz, celebrando meu aniversário com as pessoas mais importantes da minha vida.— Bom dia, meu amor. — Digo ao ver Noah abrir os olhos.— Bom dia, minha querida. — Estou com fome! Quer tomar café da manhã comigo?— Sem dúvida, meu amor. Já volto.Meu marido vai ao banheiro fazer sua higiene pessoal e, em poucos minutos, volta. Descemos de mãos dadas, aproveitando a atmosfera de paz e tranquilidade que finalmente estamos experimentando nos últimos dias. Nos sentamos à mesa e tomamos nosso café da manhã, enquanto conversamos sobre nossa semana de trabalho.— Animada para celebrar seu aniversário?
"Por Noah" Passei os últimos meses pensando em um presente ideal para dar à Ava. Roupas, joias, um carro novo… Mas os acontecimentos que ocorreram neste último mês me fizeram querer afastá-la de tudo, nem que fosse só por alguns dias. Em tempo recorde, planejei a viagem e as alianças, torcendo para que tudo seja do jeito que a agrade. Hassin, o mordomo do bangalô, nos leva até o quarto. Escolhi o mais afastado e reservado, com uma vista incrível do pôr do sol. Novamente, vejo a minha esposa se transformar em uma criança em um parque de diversões, assim que entramos. Ela larga a mala na porta de entrada e corre, explorando cada parte do cômodo. — Meu Deus, isso é perfeito! — Ava exclama, pelo que parece ser a milésima vez, e agarra meu pescoço. — Tem um balanço na varanda! Dá para colocar os pés na água! Antes que eu pudesse responder, Ava sai correndo novamente. Sorrio ao observar a cena e balanço a cabeça. “Eu nunca vou me cansar dessa mulher!” Levo as nossas coisas até o quart
"Por Ava" Jamais imaginei que um dia diria isso, mas hoje me considero a mulher mais sortuda do mundo por ter o Noah ao meu lado. Meus planos para o aniversário incluíam um dia agradável com minha mãe e o meu amor, e uma noite com as minhas amigas... Entretanto, aqui estou, nas Maldivas, despertando ao som sereno das ondas que me cercam. Abro os olhos e vejo o homem mais perfeito do mundo, mesmo com suas imperfeições, dormindo tranquilamente. Encaro a imensa parede de vidro fumê que separa o quarto da varanda, resistindo à tentação de apertar o botão para abri-la e contemplar a vista privilegiada do pôr do sol. Levanto-me com cuidado e vou ao banheiro desfrutar de um banho morno. Ao sair, noto que Noah permanece na mesma posição e decido não acordá-lo. Ele merece descansar após nossa maravilhosa manhã. Visto um dos biquínis e me jogo na piscina. Mergulho até chegar à borda infinita e aprecio a bela visão do pôr do sol. Fico envolvida em meus pensamentos, relembrando esses últimos