SteffanoEu ouvi errado. Certo? Ela não tinha acabado de me dizer que era… — Como? Cecília desviou o olhar, parecendo envergonhada demais. — E-eu… disse que… eu sou… — Eu ouvi, mas… — pigarreei — isso é sério? Cecília grunhiu. — Sim… — Você realmente… é virgem? — tive que perguntar, porque aquela informação não estava fazendo sentido na minha cabeça. Ela estava prestes a fazer vinte e um anos, não estava? Eu tinha certeza de ter lido algo assim dentro do arquivo que Thomas me enviou, então, como? Cecília era uma mulher linda, interessante e que se envolveu com Hector — que era um gigolô — por dois anos, então, como? Como ela continuava virgem? — Você não acredita em mim… — ela disse, desvencilhando-se dos meus braços e se afastando, o que me fez piscar e me dar conta de há quanto tempo estava em silêncio. — Não! Cecília, não é isso! — falei me aproximando dela. — Eu sei que você não mentiria e que não tem sentido mentir sobre isso, eu só… fiquei surpreso. — Surpreso? —
SteffanoQuando despertei com Cecília em meus braços, tive a certeza de que aquilo não tinha sido um sonho. A forma como ela me abraçava e gemia o meu nome ainda ecoava em minha mente. Transar com uma virgem sempre tinha sido tão bom? Eu, sinceramente, não me recordava. Nos últimos tempos, sequer me lembrava de como era transar com outras mulheres. Eram memórias envoltas em nuvens escuras ou, muitas das vezes, eu sequer me lembrava de que aqueles momentos tinham acontecido. Talvez porque, no fundo, eu não quisesse me recordar ou… porque Cecília estava ali, e enquanto olhava seu rosto adormecido todo o resto era irrelevante. Tudo que ela vestia era aquele anel de diamantes em seu dedo anelar, e por alguma razão, isso me encheu de satisfação. Talvez Cecília tivesse feito de mim um daqueles homens possessivos que queria deixar claro ao mundo que sua esposa era apenas sua, e no momento, encarando-a enquanto despertava, com um sorriso nos lábios e os olhos brilhando conforme olhava para
HéctorSe a vadia da Cecília achava que podia fugir fácil assim de mim, ela estava bem enganada. Ela era uma coisinha perdida e insignificante, antes de mim. Uma garotinha qualquer que só chorava! Fui eu que vi o potencial dela! Fui eu quem a tirou daquela vida deprimente! Como ela teve a ousadia de começar a se envolver com outra pessoa? Ainda mais com Steffano McNight? Quando vi as notícias no jornal, eu não quis acreditar, mas agora? Era real! A garota sem nome da Alemanha, que eu desconfiei ser ela, era realmente ela! Era a vagabunda da minha namorada, que estava fingindo viver fora do meu alcance! — Hector! Que merda é essa? — meu pai gritou, jogando o tablet na minha cara. — Por acaso você perdeu os miolos depois de foder todo dia? Como a garota está noiva de Steffano McNight? — ele perguntou e eu senti a raiva tomar conta de mim. Ele esperava que eu tivesse uma bola de cristal? Que magicamente resolvesse todos os enigmas do Universo? Porra! Se ele me mandava foder com as
SteffanoBella me ligou horas depois de estar com Cecília provando os vestidos, e quando ela me disse que tinha uma surpresa para mim, eu fiquei… no mínimo curioso, mas de forma alguma esperava que a minha irmã mais velha fosse embora após escolher o vestido com a minha noiva e me dissesse para aproveitar e ter um tempo a sós. Deus. Como diabos Thomas e ela descobriram sobre já termos transado? Às vezes era assustadora a forma como aquele desgraçado descobria tudo sobre a vida de todo mundo, mas, no fim, eu não podia reclamar. A loja estava praticamente vazia — já que Bella levou com ela todas as funcionárias — e Cecília estava linda na lingerie branca e delicada. Eu senti o meu pau pulsar quando ela se virou, encarando-me com surpresa em seu rosto. Caralho, ela sempre tinha sido tão sexy assim? — Olá, amore mio… se precisa de ajuda para decidir, acho que eu sou a melhor opção, não concorda? Eu a provoquei e o rosto de Cecília se tornou carmim. — Steffano… como… — As mãos delas
SteffanoQueria dizer que me lembro perfeitamente de como foi a nossa festa de casamento, mas a verdade é bem diferente disso. Eu sequer me lembrava de algo além de Cecília olhando para mim e me dizendo sim. A partir daquele momento, ela era minha esposa e já não tinha mais volta. Eu não a deixaria ir. Cecília agora deixava de ser uma Blackwood e se tornava Cecília McNight. É claro que, depois da cerimônia, tivemos que seguir até o salão onde a festa de casamento seria organizada, e tanto o irmãozinho de Cecília quanto sua mãe pareciam se divertir. Eu observei enquanto ela falava com o irmão e com a mãe, e a forma como eles pareciam mais felizes era bem diferente de quando ela me chamou em desespero, pensando que seu pai havia sido assassinado após apostar todo o dinheiro que roubou da própria filha. Talvez fosse por isso que eu esperava dar a Cecília uma vida verdadeiramente feliz. Uma da qual ela pudesse se orgulhar e se lembrar para sempre. Então, depois de tirá-la para dançar
CecíliaSteffano me surpreendeu, até mesmo quando chegamos a Nova Iorque. Como se não fosse suficiente todo o resto, ele preparou um show de fogos de artifício para me receber. Eu nem tinha palavras para responder, para… falar com ele naquele momento e dizer como me sentia, mas, por sorte, elas não foram necessárias. Ele me levou em seus braços até a suíte que seria nossa pela próxima semana e quando me beijou e pediu que eu tirasse minhas roupas, eu já não sentia vergonha ou apreensão.Eu pertencia a ele e me dei conta de que isso havia acontecido bem antes de dizer sim no altar. Talvez tenha sido naquele dia em nossa futura casa ou talvez… no dia que transamos na loja onde compramos o meu vestido de noiva. O lugar não era importante, muito menos o dia, apenas que o meu coração já estava na posse daquele homem. Durante a semana que estivemos em Nova Iorque, Steffano se preocupou em me dar chances de sair e conhecer um pouco da cidade, mas admito que as melhores horas ali foram ga
CecíliaEu precisava saber se ele sequer havia mudado, se tinha se arrependido de todas as coisas que fez e do mal que nos causou, porque, se esse fosse o caso, ainda existia a probabilidade de ele ser um pai para Brandon, mesmo que não fosse o mesmo para mim. Eu me troquei, vesti algo que não chamasse tanta atenção — na medida do possível, já que Bella havia me dito várias vezes que deveria tomar cuidado ao sair de casa e jamais me vestir com algo que fosse “me deixar mal” na mídia, — e pedi ao motorista, que Steffano havia deixado disponível para me levar onde quer que eu desejasse, que me levasse até o hospital onde meu pai tinha sido internado. Era óbvio que eu não tinha muita esperança quando se tratava dele, mas para a minha surpresa, a recepcionista sorriu ao ouvir meu nome. — Você é a filha do Sr. Blackwood? Soube que se casou há pouco tempo, seu pai estava muito feliz com a notícia — ela falou enquanto chamava uma das enfermeiras para me acompanhar. — Sei que ele vai fica
CecíliaEu ignorei as palavras ditas por Hector e admito que praticamente saí correndo para longe daquele homem, que um dia tinha sido o meu namorado. Meu coração estava acelerado e eu sentia que se continuasse a ver o rosto de Hector ficaria ainda pior. Tudo o que eu conseguia pensar era que ele estava mentindo, que Steffano não era como ele; eu queria desesperadamente chegar em nossa casa e abraçar o meu marido, queria chorar em seus braços como fiz antes, e queria ouvi-lo dizer que estaria ao meu lado, porque, por mais que eu não quisesse admitir, Steffano tinha se tornado a minha âncora. Eu queria me esconder em seus braços, e quando entrei naquele carro e pedi para o motorista me levar para casa, senti que tudo poderia ficar bem.Para minha surpresa, assim que desci do veículo uma mulher me impediu de entrar na minha própria casa. Ela parecia ter, no mínimo, trinta anos. Seus olhos eram castanhos e sua pele parecia porcelana. Ela me olhou de cima a baixo e eu senti minha pele