E embora fosse verdade que Peter Ferguson tinha dinheiro de sobra para pagar o mais luxuoso dos hotéis, sua escolha foi uma pequena cabana sobre palafitas na praia, em uma ilha privada e totalmente afastada de tudo.Sua única comunicação com as ilhas centrais era um pequeno iate que ele sabia pilotar perfeitamente, e embora no início tenha se preocupado um pouco porque Kim poderia ficar enjoada, a verdade era que ela estava absolutamente encantada com a paisagem, aproveitando cada momento, a cor da vegetação, ou a pureza daquelas águas que quase ninguém podia tocar.Nem precisa dizer que ele a viu fazer um biquinho apaixonado no mesmo momento em que viu a cabana, aberta e luminosa, onde ficariam só eles.O pessoal do serviço ficava em uma das ilhas próximas, mas estavam disponíveis o tempo todo. E mesmo assim Peter também estava convencido de que seriam capazes de se virar sozinhos.—Juro que não queimo a cozinha! —advertiu ele depois de deixar as pequenas malas no único quarto que hav
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 35. Vou tentar com todas as minhas forças!Fazê-la gemer era, sem dúvida, uma das melhores sensações que Peter já havia experimentado. Sentir a forma como seu corpo se arqueava sob ele, a forma como sua intimidade tremia contra sua boca, cada espasmo que a percorria, cada ofego, cada gemido desesperado com que o buscava...Nem mesmo em seus melhores sonhos ele havia imaginado poder sentir algo assim por uma mulher, desejar assim nenhuma mulher, entregar-se daquela forma com nenhuma.Sempre fora um homem pragmático; apaixonar-se não estava em seu vocabulário. Divertir-se, sim, mas apaixonar-se, não.Deus sabia quantas mulheres haviam tentado conquistá-lo para um relacionamento sério, e ele jamais havia cedido a nenhuma delas.E no entanto, ali estava ele, completamente perdido por uma mulher que, incrivelmente, nem sequer havia tentado conquistá-lo, por uma mulher que não estaria ao seu lado por muito tempo, mas que lhe acelerava o coração de uma maneira
EM MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 36. Um projeto diferenteA resposta era "sim", claro que sim, sempre.Não havia como Kim dizer não a algo assim. Então nada pôde impedir que ela colocasse toda sua atenção naquele projeto.E a verdade é que não estava trabalhando, porque fazer algo que havia desejado durante tanto tempo, e mais ainda sabendo que ficaria nas mãos de Peter, era algo que realmente a fazia esquecer todas aquelas emoções ruins que às vezes a assaltavam.Bali era lindo, tinha que reconhecer, mas também estava convencida de que jamais teria aproveitado, nem com todo o tempo ou dinheiro do mundo, a menos que tivesse visitado com ele.Peter sabia que não devia cansá-la demais, mas mesmo assim era incapaz de resistir cada vez que ela sorria para ele com aqueles olhos e pedia para darem uma volta pela pequena ilha.Caminhar pela praia era simplesmente maravilhoso, e ele experimentava aquela sensação devastadora de que até aquele momento jamais tinha aproveitado a vida, jamais tinha
EM MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 37. Uma pequena marcaEstava com sono. A paisagem ao redor era absolutamente perfeita, e tão cheia de calma que se Kim fosse honesta, tinha que reconhecer que jamais em sua vida tinha se sentido tão em paz. No entanto, algo mais formigava em seu interior, e era aquela necessidade urgente de fazer algo mais, de fazer o último, de não partir sem ter deixado pelo menos uma pequena marca, uma que fosse para ajudar os outros.Então, um mês depois de ter chegado a Bali, Kim lutou contra aquele cansaço para ser ela quem acordasse Peter naquela manhã.—O que foi, querida, você está bem? Está sentindo alguma coisa? —questionou ele preocupado, porque era estranho que a moça acordasse com o sol.—Sim, não é nada, só... Só queria perguntar se você acha bom a gente sair daqui —respondeu Kim.—Sair? —perguntou Peter sem entender—. Sair pra onde, boneca?—Bom, estava pensando que talvez pudéssemos ir pra Inglaterra —respondeu ela com um suspiro—. Eu realmente adoraria
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 38. Na minha próxima vidaPara falar a verdade, Kim não se importava nem um pouco com o nome que a escola teria, a única coisa que ela realmente queria era que um lugar assim fosse construído para as crianças.—Onde você preferiria? —ela perguntou enquanto voltavam de avião para a Suíça, porque já tinha decidido que queria passar aquelas últimas semanas em casa.—Lucerna —Peter respondeu sem hesitar nem por um segundo—. Não trocaria Lucerna por nada. A maior parte da minha família está lá, então tenho certeza absoluta que assim que meus primos souberem disso, vão se envolver o máximo possível, sem falar dos meus pais, que praticamente criaram tantas crianças que a essa altura já são especialistas.—É muito engraçado que sua mãe nunca tenha querido ter filhos biológicos. Dá pra entender que você já era o suficiente, né! Nem quero imaginar quanto trabalho você deve ter dado! —Kim gargalhou, porque mesmo não sabendo muito sobre Peter quando criança, só cons
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 39. As mais belas memóriasEra uma das sensações mais terríveis, e infelizmente todas elas estavam pulsando dentro do seu peito naquele momento. A reunião com sua família explicando qual era seu novo projeto de vida foi algo que absolutamente todos receberam com surpresa, mas nem um só de seus irmãos, primos ou tios o criticou por querer se dedicar àquilo; pelo contrário, dois de seus primos se ofereceram voluntariamente para o projeto, e outros três se envolveram imediatamente em tudo que viria depois, desde criar a escola até buscar os professores, definir as matérias ou conseguir todas as licenças necessárias.Então ao final do anúncio, tinha muito mais ajuda do que havia esperado, e Kim realmente sentia que estava mais feliz do que nunca em sua vida por ter tido a oportunidade de conhecer aquela família tão linda.—Sabe de uma coisa? Quando meus pais finalmente nos liberarem, talvez possamos subir no teleférico e te levar a um dos meus lugares favori
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 40. Uma mulher desordenadaEra doce, era linda e tinha se metido debaixo de sua pele de uma forma que Peter não conseguia descrever. Sua boca a percorria como se quisesse devorá-la, como se quisesse tomar absolutamente até seu último suspiro, o último de seus gemidos e guardá-lo para si, conservá-lo, para sempre.Era lindo vê-la se contorcer debaixo de seu corpo, escalar aquele prazer, fazer pequenas marcas em seus lados enquanto a penetrava devagar, profundamente, até que o ritmo se tornou violento e desesperado.Kim sentia que tudo dentro dela vibrava de uma forma estranha, podia sentir aquele formigamento que corria até cada terminação nervosa, que se perdia na boca de Peter enquanto lambia seus seios, ou que descarregava pequenos chicotes de prazer contra seu sexo.Sentia cada investida, cada grunhido gutural e delicioso que saía da garganta do homem, cada sorriso que não podia evitar, cada mordida suave que ele lhe dava, mas sobretudo aquela forma p
NA MINHA PRÓXIMA VIDA.Capítulo 41. A antessala do infernoTalvez o pior de tudo fosse que as mãos tremiam, tremiam quando tinha que vesti-la, abotoar aqueles botões ou fechar o zíper. E movê-la como se fosse uma boneca desmontada simplesmente fazia tudo nele se quebrar da pior maneira.—Droga, droga! —exalou um grunhido desesperado enquanto tentava terminar de vesti-la a todo custo.Podia sentir aquele formigamento amargo das lágrimas tentando sair de seus olhos, mas naquele momento não podia se dar ao luxo de se sentir mal, nem sequer de ficar assustado.Terminou de arrumá-la o melhor que pôde e a levantou nos braços, levando-a às pressas até a moto de neve e sentando-a na sua frente.A única forma que tinha de mantê-la estável era passando um par de correias ao redor de seu corpo, e Peter agradeceu a Deus porque nisso ele era bastante habilidoso. Retornar até a estação de esqui foi para ele o trajeto mais longo de sua vida, apesar de ter durado apenas alguns poucos minutos. No entan