Mundo de ficçãoIniciar sessão
Capítulos relacionados
66. GIOVANNE
— Eu gosto da Inglaterra, mas também aprecio a Espanha. Morei muito tempo em Madri, cada um tem sua preferência.— Qual você prefere? — Ela morde os lábios, e eu desvio o olhar, ignorando-a. Minhas mãos no volante ficam tão firmes que os nós dos dedos chegam a ficar brancos.— Estamos quase chegando? Pois tem um carro nos acompanhando desde a casa da minha irmã. — Falo com naturalidade, para não assustá-la. — Você conhece todos por aqui? — Mudei de assunto, pois o carro atrás de nós era minha preocupação maior, não iria dar mole para ela, se achou isso, está enganada.Ela virou o pescoço e olhou para trás, fixando seus olhos no carro.— Eu acho que esse carro não é daqui. Nunca o vi nas redondezas, parece caro.— Ela falou admirada. — Nossa casa já é logo ali, vire a direita, na terceira casa a esquerda.Fiz como ela me orientou e estacionei de ré, com o porta-malas, em frente ao portão. O carro com os vidros fechados passou por nós. Descemos, pegamos as caixas, ela foi trazendo os va
67. SANDY
Estava ocupada o tempo todo com os preparativos do casamento, havia muitas coisas para verificar. Quando finalmente o jardim estava sendo finalizado, fui procurar Giovanne para ver se precisava de algo. Cansada da viagem, senti minha pressão baixar ao longo do dia.— Bruno, você viu o Giovanne? — Indaguei ao segurança.— Não tenho certeza, parece que ele foi buscar algumas peças da decoração com a filha do casal que está decorando o jardim de carro. — Olhei para ele, franzindo a testa, sem acreditar que ele tinha saído sozinho com uma moça.— Ele foi sozinho?— Aí já não sei. — Deixei-o confuso com minhas perguntas.— Tá bom, obrigada!Ao escutar o barulho do carro, decidi verificar se era Giovanne, e, coincidentemente, era ele, com uma moça de cabelos negros. Observei-o ajudá-la a descarregar algumas caixas, e quando vi a moça por completo, fui surpreendida com seu traje extremamente curto. Piranha... Gritei mentalmente. Melhor entrar e evitar um escândalo.Quando Giovanne me viu, ev
68. GIOVANNE
Eu estava radiante, com o sorriso bobo. Finalmente, Sandy entendeu que nada aconteceu entre mim e a tal Beatriz. De brinde, ganhei mais uma rodada de sexo ardente. Fiquei com o instrumento ralado, mas valeu a pena, foi intenso e delicioso.Assim que terminamos de nos arrumar, fui para a praia esperar minha irmã e Sandy chegarem.Dimitri estava uma pilha de nervos, e não posso negar que eu também estava tenso; minha irmã estava demorando.Fiquei esperando na rua, pois ela estava atrasada uns 20 minutos.Quando avistei a limusine, corri para avisar Dimitri.— Parabéns, cunhado, minha irmã está vindo com a Sandy. — Abraço-o e bato nas suas costas, tranquilizando-o.Uma música começa a ecoar, despertando a atenção de todos os presentes, que se animam em antecipação, enchendo o ambiente com olhares curiosos e sorrisos radiantes.Corro para a rua, meu coração se alegra ao ver Kimberly descer do carro com seu vestido deslumbrante; ela irradia felicidade. Meu coração sente um conforto enorme,
69. SANDY
O casamento estava perfeito, a cerimônia foi linda, me emocionei em alguns momentos, Giovanne esteve ao meu lado, segurando as minhas mãos o tempo todo, estávamos felizes.Quando fomos para recepção que aconteceria no jardim da casa de Dimitri, acabamos nos separando por alguns momentos, Giovanne estava cumprimentando e conversando com alguns convidados e eu estava atenta a organização das comidas e bebidas, para que não faltasse nada.Me senti um pouco cansada e sentei para descansar. Como não melhorei, resolvi procurar o Giovanne para avisar que gostaria de ir para o quarto dormir um pouco.Levanto me o começo a procurá-lo com os olhos, vejo quando entra na cozinha, pela porta dos fundos.Decido ir atrás dele, passo por vários convidados que bebem e dançam alegremente.Mas eu não estava preparada para a cena que meus olhos fitaram, ao entrar na cozinha. Giovanne estava beijando a moça que estava no carro com ele. Fiquei em choque, eu não queria acreditar que aquilo era verdade, co
70 GIOVANNE
Meu coração quase parou ao perceber que Sandy estava desacordada, mas eu precisava me controlar e ser rápido. A retirei da água com dificuldade, e a coloquei na areia, empurrando seu peito para baixo com as duas mãos em seguida, fiz respiração boca a boca, a tensão em meu corpo era surreal, cada segundo contava muito. Mas graças a Deus, na segunda vez que pressionei seu peito, ela liberou a água dos pulmões e começou a tossir. Seu corpo estava gelado, me deixando ainda mais preocupado. Olhei para todos os lados e não vi uma viva alma.Eu não poderia perdê-la, não depois de tudo o que passamos. Peguei Sandy no colo é corri para a estrada, lá eu poderia pedir para alguém parar.Por sorte ou destino, não sabia no que acreditar, mas o importante era que um casal, com um filho de uns 5 anos, estava passando de carro, e eu quase me joguei em cima deles, para que parasse, respirei aliviado, por minha atitude de desespero ter dado certo.Eu não conseguia acreditar que ela tinha se jogado no
71.SANDY
Giovane havia me magoado, e eu não sabia se acreditava nas palavras dele, talvez eu tenha me precipitado ao ter essa atitude de sair da festa e coloquei a minha segurança em perigo. Claro que eu conhecia os riscos, mas que pessoa de cabeça quente e cega pelo ciúme vai pensar que pode ser uma presa fácil e inofensiva andando por aí?Precisamos esclarecer as coisas, mas eu ainda não me sentia bem, estava fraca, respirando forçadamente, e minha voz também saía mais baixa que o normal. Ver o Giovane sair cabisbaixo e triste do quarto estava mexendo comigo.Ele sabe muito bem meus sentimentos por ele, talvez seja por isso que eu fico tão vulnerável. Só de pensar nele com outra mulher, meus nervos ficam à flor da pele. Já brigamos várias vezes por esse motivo. Kimberly e Dimitri me visitaram e avisaram que Giovane havia ido em casa tomar banho e se trocar. A companhia deles foi ótima, assim me distraí um pouco e não pensei muito na situação delicada que nos envolvia. Kimberly e Dimitri
72. GIOVANNE
Sandy iria ficar mais um dia no hospital, então tivemos que arrumar uma desculpa muito boa para que Kimberly ficasse com Sandy no hospital no dia seguinte.Um dos seguranças do Dimitri havia buscado o documento que assinei emprestando o dinheiro de Ramiro.Esse documento seria investigado, para saber se Ramiro teria alguma passagem pela polícia, pois tanto Dimitri, quanto eu, queríamos desmascarar essa gangue.A noite, quase não conseguia dormir. Fiquei me revirando de um lado para o outro na poltrona dura, do hospital, acabei acordando bem cedo. Estava me sentindo tenso e nervoso.Pela manhã, Sandy já estava acordada quando Kimberly chegou.— Pode ir, Dimitri está te esperando no estacionamento, deixe as chaves do carro aqui, caso eu precise.— Cuida bem de minha princesa. — Falei divertido. Beijei Sandy tocando seus lábios delicados e depositei um beijo na testa da minha irmã, que já se encontrava acomodada na poltrona e entreguei as chaves. Após me despedir delas, caminhei pelos c
73. GIOVANNE
Estava irritado e confuso, entre a cruz e a espada, como dizem por aí.Olhei atentamente para a motocicleta que estávamos seguindo, pensando se valeria a pena o esforço, visto que já entreguei o dinheiro, ele não teria motivos para me perseguir. Observei Dimitri pegar o telefone e fazer uma ligação. Fiquei escutando atentamente com quem ele falava. Estava ligando para o segurança que ficou com a Kimberly e a Sandy no hospital. Após desligar o telefone, ele me informou que ninguém se aproximou das duas, e que os três seguranças estavam atentos, a toda e qualquer situação. Me senti mais confortável, e relaxei os ombros, sentindo-me aliviado. Me recostei no banco e esperei qual seria o próximo passo. De repente, o motocicleta para e automaticamente nós paramos também. Já fazia vinte minutos que estávamos percorrendo aquela estrada.O policial desce da motocicleta e entra na mata fechada.Dimitri olha por todos os lados, identificado o local. Por instinto, eu faço o mesmo. Paramos co
Último capítulo