SANDYPerdida na confusão do momento, eu me vi incapaz de acreditar no que testemunhava. A grosseria dela ao se dirigir a mim apenas agravava minha perplexidade. Enquanto revirava sua bolsa, permaneci imóvel, esperando que, apesar da atitude áspera, ela estivesse procurando algo para me mostrar. O nervosismo dela inicialmente me confundia, até que, prestes a retirar o objeto, suas palavras ecoaram.— Eu estava seguindo você e vi quando entrou na loja, saiba que Giovanne é meu, e você não vai tirá-lo mim.— Seus olhos repousam sobre a minha barriga com um ódio, mas foi tão rápido, quando eu olhei para o lado onde Giovanne foi, esperava que ele aparecesse para que aquela mulher fosse embora, mas não o avistei, simplesmente fui surpreendida com ela muito próxima a mim, seu corpo empurrou o meu, e com o desespero eu cai no chão. Sentiu um arrepio repentino e agudo cortando sua barriga. Meus olhos se arregalaram em choque, enquanto o frio da lâmina invadia meu corpo sem aviso. Uma ond
GIOVANNEEstava muito angustiado, as horas pareciam uma eternidade, eu não conseguia parar de olhar no relógio ou caminhar pelos corredores até ter notícias de Sandy e meu filho, liguei para a Kimberly, mas ela estava atendendo um paciente e assim que retornou a ligação, suas palavras foram para me confortar. Eu não podia esperar menos dela.Duas horas depois.— Senhor Giovanne? — fico em pé rapidamente, quando o médico se aproxima e me chama.— Sim, doutor Ulisses, como está a Sandy e o bebê. — O médico coça a cabeça e vejo preocupação em seu olhar, ele exita em falar por um momento, parecendo escolher as palavras.Eu engulo o nó que se formou na minha garganta, pois algo não está bem, posso identificar pela sua linguagem corporal.— Sandy está um pouco melhor, já controlamos o sangramento, e ela já não corre perigo de vida.— Que bom Doutor, e o nosso bebê? — Falo apreensivo.— Pois bem, infelizmente a faca atingiu a bolsa e como o bebê só tinha 4 messes, foi necessário fazer uma ce
GIOVANNEOlhei bem dentro dos olhos do Alan procurando encontrar alguma verdade em suas palavras.Eu já estava suando frio de nervoso.— Onde está sua irmã?— Eu não sei, já disse que acabei de chegar e não tem mais ninguém em casa. — Seus olhos refletem verdade. Então eu levantei e o ajudei a ficar em pé. Sua mão foi para o rosto onde eu dei o soco, sua expressão era de dor.Como eu queria mesmo era encontrar a Paloma. Fui logo contando tudo.— Fazia tempo que ela estava me perseguindo, dizendo que está grávida e afirmando que eu sou o pai! Entretanto, ela foi longe demais. Sua irmã esfaqueou a minha namorada. Alan empalideceu, jogando seu pescoço para trás, como se tivesse levado um choque, mas mantendo a postura ereta. — Cara, eu não estou acreditando. Ela não nos contou nada, ela não disse quem era o pai. Estou perplexo!— Sua irmã é uma louca. A minha namorada estava grávida e perdeu o bebê. — Encarei ele com desgosto, ainda com a mão em punho, minha vontade era socar a cara d
SandyDesde que perdi meu bebê, estava sendo muito doloroso prosseguir, eu não conseguia reagir.Sentia um desânimo muito grande, uma angústia que simplesmente não passava. Chorei inúmeras vezes, mas agradeço a Deus, porque Giovanne sempre esteve ao meu lado, ele foi muito paciente. Dulce também é um amor de pessoa e sempre tentava me animar.Fui em algumas consultas com o psicólogo, precisei tomar alguns calmantes e remédios para a controlar a ansiedade.Meu humor mudava muito, era como uma sombra negra, que atingia minha mente e o meu coração de uma forma inexplicável, eu queria morrer, não tinha ânimo nem para comer.Lembranças on:— Come só um pouquinho, meu amor. Você precisa ser forte, eu preciso de você. — Giovanne insistia em me forçar a comer. — Está bem, só um pouquinho. — Ele coloca a comida na minha boca. Sinto que não desce, não tem sabor. Como se estivesse mastigando um chiclete sem gosto. Fiz uma careta e ele soltou aquele sorriso lindo, que só ele tem.— HUMMM. Está
Giovanne Após Sandy sair correndo para fora de casa, tentei elaborar um plano para manter a Paloma distraída até a polícia aparecer.Eu estava tão preocupado com o que poderia ter acontecido, será que esse sangue era dela, meus pensamentos estavam em conflito, pois dessa mulher poderia se esperar tudo.— Calma Paloma! A Sandy já foi. Sente-se aqui na sala, pois eu quero conhecer meu filho. Ela senta ainda olhando para a arma e depois para o bebê. Seu olhar é sombrio, não consigo imaginar o que ela está pensando. — De aqui essa arma, pois isso pode machucar nosso filho. — Deslizo lentamente a minha mão por cima da dela e retiro a arma com cuidado, ela me olha de uma forma estranha, como se estivesse em outro mundo, não sei descrever, suas ações são estranhas, pois ela sorri, como se nada tivesse acontecido a pouco.Coloco a arma embaixo do sofá, longe do seu alcance.— Ele é lindo, vai se parecer com você. — Ela toca no rosto do bebê, mas ele começa a chorar, parece incomodado
GiovanneQueria virar a página, fazer algo diferente, levar Sandy para se divertir e esquecer um pouco o que havíamos passado, ambos merecíamos isso.Então quando cheguei na agência, para comparar as passagens levei um tempo escolhendo, eram tantas opções incríveis que eu não conseguia escolher, entre a mais romântica e a mais aventureira, escolhi a aventureira.Espero que Sandy aprecie.Cheguei em casa empolgado, arrumamos algumas coisas, pois não sairíamos tão cedo, nosso voo seria às 11:00 então poderíamos arrumar tudo amanhã tranquilamente. Pela manhã, assim que terminamos de tomar café, o Brian aparece.— Daí Brother, vim ver como você está? Fiquei sabendo dos surtos da Paloma.— Estamos bem, nos recuperando do susto, na verdade. Acabamos de tomar café, você quer?Levei ele para a cozinha, enquanto Sandy foi arrumar algumas coisas para a viagem.Gostaria de conversar com ele sozinho, precisava entender se realmente ainda podia confiar nele, após tudo, queria esclarecer algumas d
SANDYAo desembarcar, fomos direto para um hotel em Istambul.Assim que chegamos, Giovanne pediu para deixarem nossas malas no quarto e fomos comer alguma coisa, a viagem foi longa, mais de nove horas, estávamos com muita fome.— Você estava realmente com fome, quase não falou uma palavra. — Giovanne me olha intrigado.— Desculpa, estava só pensando... Em como minha vida mudou, para falar a verdade. — Fiz uma pequena pausa.— Amanhã teremos muitas coisas para fazer. Vamos visitar a cidade, alguns pontos turísticos e depois eu tenho uma surpresa incrível para você. Seus olhos brilham em expectativas.— Você já veio aqui alguma vez? — Falo observando tudo à nossa volta. O restaurante está quase vazio, deve ser pelo horário. Mas na lateral direita há um bar, que concentra mais pessoas.— Não, nunca, é a primeira. Espero que seja incrível. — Seu sorriso confiante me anima. — O que você gostaria de fazer?— Dormir... — Sorrimos ao mesmo tempo.Passo a mão nos seus cabelos, fazendo um
GIOVANNE Eu estava tão nervoso e não queria demonstrar para Sandy. Tentei controlar ao máximo minha ansiedade. Queria que tudo desse certo.Coloquei a venda nos seus olhos, quando estava próximo do local e a abracei, buscado tranquilizá-la.— Chegamos. — Aviso, assim que o carro estaciona. — Vou te ajudar a descer, tenha calma. Segurei suas mãos e a retirei do carro com cuidado, era um campo, mas precisava de atenção. — Ai Giovanne, o que você está aprontando. Seja o que for, não me mate do coração. — Sandy fala um pouco insegura, ao caminhar.Quando pisa em um graveto, se desequilibra e grita. Incontrolavelmente eu começo a rir. — Calma, estou bem atrás de você. — Seguro Sandy pela cintura, ajudando a restabelecer o equilíbrio novamente. — Agora você terá que subir em um local diferente, então vou te colocar no colo, para você entrar.— Estou começando a ficar com medo.— Não fique, vai ser divertido. Confie em mim.Coloco ela no meu colo e em seguida dou um impulso, colocando-a