Anne não pôde evitar sentir, no meio de toda a angústia e ansiedade que estava experimentando naquele momento, seu coração começar a bater com um pouco de luz, esperança e felicidade se somando ao vendaval de emoções que rugiam dentro dela. Ao ser sequestrada, sua principal preocupação estava voltada para sua pequena irmã, a falta de qualquer certeza sobre o que poderia ter acontecido com Aisling mantinha sua preocupação latente. Mas agora, ao vê-la ali, de pé diante dela, finalmente a enche de paz.Por um momento, sua irmã a encara fixamente, e embora Anne queira correr para encontrá-la e abraçá-la, deixando a força desse gesto expressar o que ela consegue coordenar em palavras, ela sabe que não pode deixar Scott na condição tão grave em que se encontra. Portanto, quando a mais nova finalmente entra definitivamente no espaço, ela espera que seja ela quem vá ao seu encontro, mas, pelo contrário, mesmo quando Aisling fica momentaneamente na sala da cabana, entre elas só se forma um sil
Poco a pouco, os lobos saíram do encanto produzido pelo uivo do maldito, mas para surpresa dos membros da matilha, os outros malditos permaneceram imóveis em seus lugares, seus grandes corpos apenas revelando a pesada respiração. Suas mandíbulas meio abertas soltavam um rosnado pesado.Diante do rápido movimento do alfa Blake na direção do lobo mutado e da companheira do alfa, os lobos se apressaram em se mover, seus instintos dizendo que deviam proteger a Lua da Matilha. Mas não puderam fazer nada, pois os malditos recuperaram a mobilidade, reiniciando o confronto.Anne não soube como reagir diante daquela imagem, aquele que antes era um enorme e selvagem lobo agora era um homem inconsciente a seus pés. Só precisa olhar um pouco para descobrir que ele é apenas uma criança, ou pelo menos parece ser, já que seu rosto está no chão. Um rosnado a faz olhar para a frente, e é então que ela nota aquele lobo que se aproxima rapidamente dela.Levante-se! — escuta em sua cabeça.Obedecendo aqu
Para Anne, tudo aconteceu como se estivesse em câmera lenta, desde como o lobo avançava em sua direção com claras intenções de atacá-la até como Lían o deteve justo antes que pudesse alcançá-la. Suas pernas se movem para se afastar de Allan; ela quer estar com Lían, pois sabe que estará segura apenas com ele, mas mais uma vez uma daquelas estranhas mulheres se coloca diante dela, bloqueando seu caminho.— Deve vir comigo, minha senhora.E essas são as últimas palavras que ela ouve antes que tudo fique escuro...Dugan conseguiu se soltar das mandíbulas de Lían, mas isso não diminui o forte dano que ele sofreu na pata. Seus lamentos são baixos enquanto recua com dificuldade, deixando um rastro marcante de sangue; voltando à sua forma humana, ele solta um grito de dor que estava segurando.Lían avança lentamente em sua direção, as marcas em seu focinho, uma mistura do sangue de Blake e Dugan, suas garras totalmente expostas deixam sulcos pronunciados na terra a cada passo que suas pata
El bosque ia ficando cada vez mais denso, e o conhecimento de que os malditos podiam estar rondando entre a espessura o tornava mais ameaçador. Uma maldição baixa escapou de sua parte humana no momento em que o aroma de Anne começou a desaparecer, felizmente, Lían era um rastreador muito habilidoso, o que lhe permitia seguir o fraco rastro do cheiro de sua companheira. Naquela área, a umidade se tornava mais intensa, tornando o ar pesado; por um momento, Lían sentiu como se as próprias árvores segurassem a respiração na tentativa de ajudá-lo em sua perseguição.Os sentidos de Lían estavam finamente sintonizados. Cada passo era deliberado, suas pisadas, embora apressadas, caíam silenciosamente sobre o chão coberto de folhas, com cuidado para não perturbar o delicado equilíbrio da natureza ao seu redor. Ele inspirou profundamente, aspirando as partículas de cheiro que flutuavam na brisa, procurando o rastro fugidio.O cheiro era fraco, quase imperceptível para um olfato inexperiente, ma
El lobo contorceu-se ao se sentir amarrado, tentando de todas as formas se soltar. Ao ver como o sentinela que segurava Anne começa a se afastar, sua desesperação aumenta ainda mais.— Alfa Lían, — Eli chama o lobo enquanto se aproxima dele, seus olhos banhados em uma profunda tristeza — sinceramente, espero que um dia você possa me perdoar.E isso foi o último que o lobo ouviu antes da sacerdotisa o deixar inconsciente.Anne estava de pé à beira da floresta, seu coração batia forte em seu peito enquanto uma rajada de vento sussurrava através das árvores. A lua, cheia e radiante, lançava um brilho etéreo sobre a clareira à sua frente. Foi lá que Anne viu mais uma vez sua mãe.— Lían, onde está?Caminhando para dentro da clareira, Anne pergunta o que a desespera.— Vivo. — responde sua mãe com total calma. — Ainda não é o tempo dele.— Você disse que usariam meu corpo para ajudar. — Anne não hesita em reclamar. Sua irritação aumenta ao ver a calma que sua progenitora irradia. — É assim
Los párpados de Lían se abriram, revelando um par de olhos que deixam claro seu atordoamento. Tudo ao seu redor não passava de um borrão de verdes e marrons apagados, e os cheiros da terra úmida e da folhagem invadiram seus sentidos. A confusão se apoderou de Lían enquanto ele lutava para lembrar como tinha acabado no meio da densa floresta, deitado sobre um leito de folhas caídas.Devagar, Lían se ergueu, sentindo uma dor surda na cabeça. O movimento repentino fez com que ele balançasse instavelmente, seu equilíbrio vacilando como um equilibrista pego desprevenido. Ele levantou a mão para tocar a têmpora, fazendo uma careta de dor ao tocar o ponto sensível, mas não encontrou nenhuma ferida visível que pudesse causar aquela dor.Quando Lían olhou ao redor, um movimento entre a vegetação chamou sua atenção. Através do emaranhado de árvores, ele percebeu uma voz suave feminina chamando por ele, uma voz que, por um momento, foi acompanhada pelo brilho de um par de olhos azuis penetrantes
Cillian levanta-se do seu canto, sacudindo o peso da dor nas costas. Ele caminha em direção à porta de sua cabana e sai para o exterior. O ar fresco da floresta acaricia seu rosto, mas sua mente continua atormentada pela ausência de Alice. No entanto, ele sabe que deve atender ao chamado de sua senhora.Seguindo o chamado em sua mente, Cillian adentra a floresta. Cada passo que dá é firme e decidido, embora seu coração esteja partido. Ele conhece o caminho, pois tem seguido cada passo que essa conexão lhe deu por muito tempo.À medida que se aproxima de seu destino, ele pode sentir uma energia densa no ar. A presença de outros seres, escuros e perigosos, torna-se evidente. No entanto, Cillian não vacila. Sua determinação e lealdade à sua senhora o fazem seguir em frente sem hesitação.Finalmente, ele chega a uma clareira cercada por árvores altas e antigas. No centro da clareira, envolta por uma luz dourada suave, ele a encontra, a encarnação humana de sua Mãe Lua. Sua figura irradia
Com passos lentos e ameaçadores, Hansen se aproxima daquela sacerdotisa, e, mesmo quando o pânico é evidente no rosto da mulher, ele mantém seu semblante altivo, recusando-se a se rebaixar diante de alguém tão desprezível quanto a anciã. — Não é certo que você diga essas coisas sobre nossos irmãos — diz o homem, com ódio implícito em suas palavras. — Mas vou dar um motivo para que continue oferecendo sua gentil ajuda. — Um grito sufocado permanece preso dentro das sacerdotisas quando o lobo estende a mão para uma delas, mas ele apenas lhe oferece uma carícia. — Se vocês não continuarem manipulando os lobos amaldiçoados para cumprir minha vontade, as consequências serão devastadoras... para vocês, é claro. — Hansen avisa, sua voz ressoando com determinação. As sacerdotisas estremecem com as palavras ameaçadoras, plenamente conscientes da gravidade da situação em que estão. Seus olhares permanecem fixos em Hansen, que continua acariciando os cabelos negros de uma de suas irmãs, senti