#Júlia
Ele está preocupado, posso ver pelo seu jeito de agir, ele não sorria mesmo depois de toda a felicidade de ontem.
É bom tê—lo aqui, sentir sua presença. Ele olhou para mim e sorriu, já era tarde Gabi estava dormindo e ele ainda estava trabalhando.
— Vamos nos deitar.
— Pode ir, tenho que terminar aqui.— Ele não olhou para mim enquanto falava.
— Gabriel ! — Ele beijou minha mão então se voltou para o notebook.
Senti o colchão afundar quando Gabriel se deitou ao meu lado, olhei no relógio era 04:45 da madrugada, daqui duas horas ele iria se levantar, por que ele estava agindo assim, ele havia prometido que não me deixaria mais no escuro e lá estava ele, eu podia sentir que algo não estava certo.
Só percebi que estava chorando quando a lágrima escorreu pelo lado do meu rosto.
— Ei... — Ele tocou meu braço e então eu fingi está dormindo. — Eu amo você.
Não vi qu
#GabrielOlhando para ela dormindo ao meu lado parece um anjo, ela havia se tornando tudo para mim, Júlia é a minha luz. Passo o dedo por seus lábios carnudos, sentido a maciez. Seus cabelos estava perdendo o azul agora dando lugar ao castanho. Morro de ciúmes. Também quem não teria? Tem um corpo que é minha perdição, é linda de rosto e seu sorriso é perfeito, assim como seu coração. Quando a vejo correspondendo um sorriso de alguém fico louco! Eu a amo o perdidamente, e saber que a fiz sofrer nem que por um minuto me tira o ar. Toda a beleza dela estava muito além da aparência, ela havia chegado e não estava disposta a apenas ocupar seu lugar ela concertou nossa família, nos amou incondicionalmente e mesmo que no fim ela não ganhasse nada sei que não reclamaria, era uma mulher forte e que merecia a cima de tudo ser amada e ela seria.Ela abriu os olhos e so
#Júlia— Aqui está . — Gabriel me entregou os papéis e pela contínua o endereço da minha mãe.— Você disse que tinha iniciado e não que já tinha conseguido. — Eu não sabia bem por que estava tão nervosa.— Amor já se passou dois meses, um bom detive teria encontrado muito antes.— Talvez não seja ela e dois meses não é muita coisa.— Discordo. Vamos até Medina e lá saberemos a verdade... Claro se você quiser.Ele olhou para mim e a julgar pela sua expressão sei que a minha não estava nada boa.— S—sim .— Não vamos levar Gabi. — Gabriel colocou mais alguns papéis dentro da maleta.— Também concordo.— Papai. — Gabi estava parada na porta do quarto, os olhos arregalados, brilhando com as lágrimas.— Fica calma filha, vamos apenas sair um pouquinho.— Você vai embora e você mamãe. — E
#Gabriel— Lá está ele . — Flora apontou um senhor que aparentava está na casa dos cinquenta, os cabelos grisalhos arrumados com perfeição para trás, o homem se vestia com elegância com um terno branco. Ele estava sentado observando uma menina brincando no lago, a garota deveria ter dez anos. Os cabelos castanhos soltos e em uma cascata pelo ar quando o vento soprava. A menina olhou em nossa direção. Ia ser difícil para Júlia, mais do que a semana que havia se passado, se realmente fosse o que eu estava pensando, aquela menina era sua irmã e se realmente fosse verdade a falta de memória do homem ela sofreria ainda mais.Mesmo sobre os protestos da senhora Flora eu e Martins a levamos as compras e ao um salão, percebia como Júlia olhava para a mulher quando pensava que ninguém estava olhando, seus olhos brilhavam, ela sorria feito uma boba para a simplicidade da mulher. Mas ela não a chamou de mãe, na verdade ela não chamava de nada. Havia partido de
#Gabriel— Fica para você. — Pietro entregou alguma coisa para Marcella. — Você ainda tem medo e por um lado isso é bom, somos aconselhados a confiar em todos, mas é assim que nos acontece coisas horríveis.— Aconteceu com você?— Não. Sei que não sofri nem um terço do que você já sofreu, mas você agora está com Júlia e ela parte da nossa família e você também.— Vocês são estranhos.— Você só conheço dois do Montenegro's ainda, quando conhecer a minha mãe...— Você disse que sua mãe havia morrido.— Eu sou adotado, minha mãe de verdade tinha muitos problemas e então eu fui para casa dos Montenegro's e tinha irmãos e amigos e mãe e pai. Você é como irmã da Júlia então vai ter muitos sobrinhos e irmãos.— Por que você fala como se eu fosse uma criança eu tenho quinze anos.— Uma menininha como minha Raissa
#GabrielO pânico sem dúvidas era uma das piores sensações, quando ouvi seus gritos, meu mundo perdeu o sentido nada poderia acontecer, ela era tudo o que eu conseguia pensar enquanto seguia em direção ao quarto. Era apenas duas portas e que pareceram nunca chegar e ela continuava a gritar, não sabia muito bem se estava correndo ou me arrastando pelo corredor.— Meu amor. — Encontrá—la sentada no chão o rosto molhando com lágrimas, as pernas encolhidas junto ao corpo.Me ajoelhei ao seu lado, o que eu poderia fazer naquele momento ela era minha força e vê—la ali despedaçada me tirou o ar e eu a abracei, nos últimos dias eu ainda estava reaprendendo a ser o que ela precisava e ela estava sofrendo tanto.— Gabriel... Não ele, eu... — Ela tentava falar em meio aos soluções essa era a segunda vez que ela se entregava a sua dor, nos outros momentos ela chorava, mas naqueles dias ela estava deixando seus medos a mostra.
#GabrielQuando entrei em casa procurei por Júlia iria contar a ela, já estava farto.Entrei na sala e lá estava as duas, Júlia sorria para a mulher que separava roupas para o bebê em um sexto. Ela abraçou minha sogra e então meus olhos encontraram com os de Flora.— Jú...— Amor...— Ela se separou do abraço que dividia com a mãe os olhos brilhando com as lágrimas não derramadas. — Quero ficar um tempo com minha mãe, ela não está bem vou dá um passeio pelo jardim.Ela tocou meus lábios com os seus e saiu, logo depois fui chamado a casa dos meus pais, novamente Carolina e Caim estava em guerra.••— Preciso falar com você. — A porta foi aberta com certa urgência, Flora roía as unhas enquanto caminhava em minha direção. Ela se sentou à minha frente às costas muito eretas, com os verdadeiros modos de uma dama.— Estou ouvindo. — A
#Gabriel— Saía. — A raiva me consumia, por que ela estava me afastando ? Tudo o que eu fiz foi protegê—la. Era a mãe dela, sabia o quanto doía ver o mundo sem os que amamos. Quando meus pais morreram meus tios foram o meu abrigo e ela não tinha ninguém.— Não. — Ela abriu a boca procurando por palavras, mas não disse nada. Me recusava a desviar os olhos.— Que merda está acontecendo, a nossa vida está um caos.— Isso está acontecendo porque estamos permitindo. Você se recusa a me escutar e eu menti para você. Lembra éramos para ser o tudo um para o outro. Em algum momento isso se perdeu.Vi o momento que o medo caiu sobre seu corpo. Ela se mexeu parecendo extremamente desconfortável.— Você está terminando comigo ?— Eu estou lutando com todas as minhas forças porque se tudo o que temos acabar eu estarei morto. Ontem quando você saiu... quando fechou aquela porta e
#JúliaGabriel sentou na poltrona no quanto da sala e ficou lá por muito tempo sem dizer uma única palavra ele não falou comigo e sei que ele trouxe Gabi apenas para me distrair e não precisar falar comigo. Depois de quase três horas, varias visitas das enfermeiras. Gabi deitou ao meu lado e adormeceu.Esperei que Gabriel falasse comigo, mas ele não fez.— Quando posso sair daqui ? — Ele levantou a cabeça e olhou para a mim a testa franzida, fechou o notebook e esticou as pernas.— Não sei . — Ele voltou a abrir o notebook e os segundos que se passou parecia uma eternidade. Ele não ia falar mais nada ? Tudo o que Sabrina me aconselhou sobre conversar parecia que não ia rolar.— Você ainda está bravo ? — Ele levantou a cabeça novamente os olhos normalmente azuis agora com um intenso cinza.— Só estou calculando cada frase que digo não quero que você saia correndo daqui também. — Isso foi cruel,