#Gabriel
— Lá está ele . — Flora apontou um senhor que aparentava está na casa dos cinquenta, os cabelos grisalhos arrumados com perfeição para trás, o homem se vestia com elegância com um terno branco. Ele estava sentado observando uma menina brincando no lago, a garota deveria ter dez anos. Os cabelos castanhos soltos e em uma cascata pelo ar quando o vento soprava. A menina olhou em nossa direção. Ia ser difícil para Júlia, mais do que a semana que havia se passado, se realmente fosse o que eu estava pensando, aquela menina era sua irmã e se realmente fosse verdade a falta de memória do homem ela sofreria ainda mais.
Mesmo sobre os protestos da senhora Flora eu e Martins a levamos as compras e ao um salão, percebia como Júlia olhava para a mulher quando pensava que ninguém estava olhando, seus olhos brilhavam, ela sorria feito uma boba para a simplicidade da mulher. Mas ela não a chamou de mãe, na verdade ela não chamava de nada. Havia partido de
#Gabriel— Fica para você. — Pietro entregou alguma coisa para Marcella. — Você ainda tem medo e por um lado isso é bom, somos aconselhados a confiar em todos, mas é assim que nos acontece coisas horríveis.— Aconteceu com você?— Não. Sei que não sofri nem um terço do que você já sofreu, mas você agora está com Júlia e ela parte da nossa família e você também.— Vocês são estranhos.— Você só conheço dois do Montenegro's ainda, quando conhecer a minha mãe...— Você disse que sua mãe havia morrido.— Eu sou adotado, minha mãe de verdade tinha muitos problemas e então eu fui para casa dos Montenegro's e tinha irmãos e amigos e mãe e pai. Você é como irmã da Júlia então vai ter muitos sobrinhos e irmãos.— Por que você fala como se eu fosse uma criança eu tenho quinze anos.— Uma menininha como minha Raissa
#GabrielO pânico sem dúvidas era uma das piores sensações, quando ouvi seus gritos, meu mundo perdeu o sentido nada poderia acontecer, ela era tudo o que eu conseguia pensar enquanto seguia em direção ao quarto. Era apenas duas portas e que pareceram nunca chegar e ela continuava a gritar, não sabia muito bem se estava correndo ou me arrastando pelo corredor.— Meu amor. — Encontrá—la sentada no chão o rosto molhando com lágrimas, as pernas encolhidas junto ao corpo.Me ajoelhei ao seu lado, o que eu poderia fazer naquele momento ela era minha força e vê—la ali despedaçada me tirou o ar e eu a abracei, nos últimos dias eu ainda estava reaprendendo a ser o que ela precisava e ela estava sofrendo tanto.— Gabriel... Não ele, eu... — Ela tentava falar em meio aos soluções essa era a segunda vez que ela se entregava a sua dor, nos outros momentos ela chorava, mas naqueles dias ela estava deixando seus medos a mostra.
#GabrielQuando entrei em casa procurei por Júlia iria contar a ela, já estava farto.Entrei na sala e lá estava as duas, Júlia sorria para a mulher que separava roupas para o bebê em um sexto. Ela abraçou minha sogra e então meus olhos encontraram com os de Flora.— Jú...— Amor...— Ela se separou do abraço que dividia com a mãe os olhos brilhando com as lágrimas não derramadas. — Quero ficar um tempo com minha mãe, ela não está bem vou dá um passeio pelo jardim.Ela tocou meus lábios com os seus e saiu, logo depois fui chamado a casa dos meus pais, novamente Carolina e Caim estava em guerra.••— Preciso falar com você. — A porta foi aberta com certa urgência, Flora roía as unhas enquanto caminhava em minha direção. Ela se sentou à minha frente às costas muito eretas, com os verdadeiros modos de uma dama.— Estou ouvindo. — A
#Gabriel— Saía. — A raiva me consumia, por que ela estava me afastando ? Tudo o que eu fiz foi protegê—la. Era a mãe dela, sabia o quanto doía ver o mundo sem os que amamos. Quando meus pais morreram meus tios foram o meu abrigo e ela não tinha ninguém.— Não. — Ela abriu a boca procurando por palavras, mas não disse nada. Me recusava a desviar os olhos.— Que merda está acontecendo, a nossa vida está um caos.— Isso está acontecendo porque estamos permitindo. Você se recusa a me escutar e eu menti para você. Lembra éramos para ser o tudo um para o outro. Em algum momento isso se perdeu.Vi o momento que o medo caiu sobre seu corpo. Ela se mexeu parecendo extremamente desconfortável.— Você está terminando comigo ?— Eu estou lutando com todas as minhas forças porque se tudo o que temos acabar eu estarei morto. Ontem quando você saiu... quando fechou aquela porta e
#JúliaGabriel sentou na poltrona no quanto da sala e ficou lá por muito tempo sem dizer uma única palavra ele não falou comigo e sei que ele trouxe Gabi apenas para me distrair e não precisar falar comigo. Depois de quase três horas, varias visitas das enfermeiras. Gabi deitou ao meu lado e adormeceu.Esperei que Gabriel falasse comigo, mas ele não fez.— Quando posso sair daqui ? — Ele levantou a cabeça e olhou para a mim a testa franzida, fechou o notebook e esticou as pernas.— Não sei . — Ele voltou a abrir o notebook e os segundos que se passou parecia uma eternidade. Ele não ia falar mais nada ? Tudo o que Sabrina me aconselhou sobre conversar parecia que não ia rolar.— Você ainda está bravo ? — Ele levantou a cabeça novamente os olhos normalmente azuis agora com um intenso cinza.— Só estou calculando cada frase que digo não quero que você saia correndo daqui também. — Isso foi cruel,
#JúliaNunca em toda minha vida tinha sentido tanta dor como hoje mais cedo enquanto os médicos puxavam três quilos e setecentas gramas de bebê para fora de mim e agora no meu momento de descanso aparece o problema chamado Michely e tudo o que eu quero é poder acetar a cara dela e voltar para minha cama.— Volto em minuto. — Mas Gabriel não iria deixar eu realizar o meu desejo.— Me fala primeiro o que está acontecendo, por que ela está aqui?— O segurança que permaneceu conosco me avisou que está com Michely lá embaixo, preciso ir até lá e resolver esse problema, não quero que ela fuja e quando a polícia chegar isso não vai demorar, quero estar lá para ver ela sendo levada também ligarei para Felipe e pedirei que cuide disso. Quero ter a certeza que ela estará longe de nós e o próximo será Arthur.— Fica aqui comigo. — Senti um aperto no peito, pisquei para afastar as lágrimas.— N
#JúliaQuando abri meus olhos tudo parecia se mexer, apertei novamente fechando com a dor em minha nuca parecia intensificar toda a vez que respirava.— Você está segura. — me virei em direção a voz me arrependo no mesmo segundo já que fui muito rápido e isso fez a dor atravessar por todo o meu corpo . — Aí.— Fica calma, Júlia. Gabriel está resolvendo tudo, não se preocupe aqui é seguro e ninguém vai te fazer mau.— Meu filho. Traga o meu filho. — Gabi estava nos braços do avô a menina arregalou os olhos azuis, o medo presente no seu olhar bonito.— Mamãe. — A porta não estava muito distante eu mesma iria buscá—lo. Ignorei a dor que parecia está em todo o meu corpo.— Sala três. — Antes mesmo que eu tivesse a chance de puxar o coberto um homem vestido com uniforme do exército entrou no quarto, era alto e usava um tipo de bóina Ele segurou gentilmente em meu braço e aplicou uma inje
#Júlia— Ele pegou quarenta e cinco anos, sem direito a condicional. Foi transferido para um presídio no sul, Pietro e o senhor Felipe foram meus advogados Michely ajudou muito já que não queria ser envolvida, ela conseguiu condicional mas se for pega próxima alguns de nós vamos recorrer e levá—la para ao tribunal.— Não acho que ela faria isso, quando a vi sendo algemada sabia pelos seus olhos que ela tinha se dado conta das besteiras que andou fazendo. Você está bem agora ?— Sim mãe, já se passou quase um mês desde o sequestro e me sinto feliz e segura. Sei que ainda está triste pelo meu pai, mas você precisa seguir em frente é jovem e muito bonita.— Ele é o único homem que amo, pode até ser que eu não o tenha nunca mais. Mas amor é isso querer o outro bem mesmo que não sejamos nós o motivo da felicidade.— Ele te quer feliz também, sabe que você foi muito importante para ele.—