MARK CONELY ESTAVA em sua cadeira de rodas assistindo da primeira fila ao show do jovem Guillian M. Melthow, do qual acabara de saber que era seu filho, o garoto fazia um verdadeiro espetáculo com sua guitarra repleta de efeitos que o fazia imediatamente lembrar-se de grandes nomes que envergaram aquele instrumento.
O garoto era muito mais que talento colocado em ação, ele irradiava energia em forma de música, era a união perfeita de talento, beleza e produção. Ele, como músico, sabia muito bem que era difícil encontrar diversas qualidades em uma única pessoa, especialmente quando se apresenta para uma multidão tão jovem, mas ali estava uma delas, mal tinha saído do estado de criança e já encantava o mundo com suas melodias eletrizantes.
Mark olhou para o lado e viu seu melhor amigo, Anthony Melthow, e sorriu em sua direção, sabia que tinham passado por muitas coisas até chegar naquele momento de glória.
MARK CONELY ESTAVA em sua cadeira de rodas assistindo da primeira fila ao show do jovem Guillian M. Melthow, do qual acabara de saber que era seu filho, o garoto fazia um verdadeiro espetáculo com sua guitarra repleta de efeitos que o fazia imediatamente lembrar-se de grandes nomes que envergaram aquele instrumento. O garoto era muito mais que talento colocado em ação, ele irradiava energia em forma de música, era a união perfeita de talento, beleza e produção. Ele, como músico, sabia muito bem que era difícil encontrar diversas qualidades em uma única pessoa, especialmente quando se apresenta para uma multidão tão jovem, mas ali estava uma delas, mal tinha saído do estado de criança e já encantava o mundo com suas melodias eletrizantes.
Mark olhou para o lado e viu seu melhor amigo, Anthony Melthow, e sorriu em sua direção, sabia que tinham passado por muitas coisas até chegar naquele momento de glória, porém, nada mais importava para ele, tudo era passado e desejar viver no passado era desejar viver em uma prisão, mas ele não estava mais acorrentado, estava livre. Perdoar Tony por tudo o que lhe fez daria as asas que necessitava.
O garoto era um verdadeiro fenômeno naquele instrumento, Mark jamais viu alguém tão novo tocar daquela maneira tão incrível, o garoto por si só já era o espetáculo, mas o talento dele com o instrumento superava e muito o seu próprio talento, ficou pensando no quanto estudou e treinou para adquirir tal técnica no instrumento, como um músico de alto nível ele sabia que não era nada fácil.
Aquilo trazia uma sensação jamais vivida por ele, agora Mark sabia o que as pessoas sentiam quando ouviam-no tocar seu violino...
Os olhos de Mark derramaram rios de lágrimas de alegria ao vê- lo ali...
Em seu habitat...
Mesmo depois de tudo que passou para tê-lo ao seu lado novamente...
O mundo realmente dava voltas, mas acabava sempre no mesmo lugar...
Um ambiente repleto de alegria e felicidade sem igual se instalou ao seu redor, um sonho tornado real, mesmo depois de um pesadelo sem fim, Mark percebeu que perseverar em um sonho é o único caminho que devemos seguir quando o mundo insiste em nos levar para o inferno.
Ele se alegrou por saber que seu melhor amigo, depois de tudo, se redimiu, tanto com ele quanto com Josie e não importava quantos infernos tiveram que enfrentar, um momento de felicidade vale mais que uma vida de sofrimentos.
Mark percebeu que havia uma alegria tamanha em seu coração a qual ele não poderia explicar...
Se é que precisava ser explicada...
Ele apenas agradecia a Deus por ser um homem tão abençoado daquela maneira... não era uma cadeira de rodas que o impedia de andar e sonhar, pois naquele momento ele sentia ter asas e voar o mais alto que sua imaginação poderia ir.
JOSIE CHEGOU PERTO DELE, o abraçou e disse:
- Esse é o melhor momento da minha vida, sabia? Simplesmente valeu passar por tudo o que passamos.
Mark assentiu feliz e disse:
Tenho mais uma boa notícia.
Josie ficou estupefata ao vê-lo falar aquilo, preparou, se levantou e sem qualquer ajuda permaneceu em pé por dois minutos.
- Mark!!! – gritou
- Queria te dar a notícia no melhor Ela sorriu alegre em ver o amigo se recuperando.
- Não sabe o quanto me deixa
- Claro que sei... principalmente depois de tudo o que passamos.
- Mas...
- E o melhor de tudo isso... passamos.
MARK CONELY NASCEU em Chicago, era filho de um taxista quase falido e alcoólatra do pior nível que a vida proporcionou até aquele momento na história da humanidade. Sua mãe era – em tempos áureos –, uma respeitada professora de piano clássico, hoje em dia apenas uma mulher que tentava manter o filho na chama-viva em seu sonho desde seus avós...De ter um músico famoso na família... e de preferência rico também...Sua mãe nunca reclamava de nada, e o fato de não ter sido uma musicista de alcance mundial, nem de sucesso e muito menos financeiramente, foi uma escolha sua ao abdicar da carreira por sua família, mais especialmente, por seu marido.MARGARETH BURNS NASCEU em um lar tranquilo, seus pais eram músicos da Filarmônica de Chicago e se apresentavam em média quatro vezes por semana, o que a obrigou a se
O TIME DA ESCOLA tinha chegado às finais do Estadual e pela primeira vez Josie era a líder de torcida principal.Esse é o meu momento de glória e vou aproveitar cada instante...- Passei... passei – apareceu ela gritando quando Mark e Anthony estavam no refeitório matando aula discutindo como havia sido o jogo.- Parabéns – disse Anthony sem saber sobre o que estava falando, na verdade, nunca se interessava por nada que ela falava, fingia se interessar, ganhava alguns beijos e amassos e seguia o barco como se nada tivesse- Passou em quê? – perguntou Mark com a mais absoluta honestidade e interesse, característicos dele, o que fazia dele quase uma melhor amiga de Josie, o que gerava críticas severas de Anthony dizendo para parar com aquilo, pois o obrigava a ficar ouvindo-a falar sem- Sou a nova líder de torcida da escola, eu tinha falado para
ANTHONY ERA O QUE TODOS conheciam como um showman, desde criança estava no centro de toda a atenção que podia, era um garoto lindo, tinha uma voz doce e um olhar sedutor. Apesar de não conhecer seu pai, sua mãe o criou completamente largado no mundo enquanto tentava ganhar a vida.Desde que se conhecia por gente, nunca soube o que era amor materno, paterno ou qualquer tipo de amor familiar, certa vez enquanto aprontava pela rua, um padre passou por ele enquanto falava um palavrão.- Olha a boca, menino!- Vai se foder, homem com saia.- Sou um sacerdote de Deus, mais respeito comigo, garoto, sua mãe não te deu educação não?Caroline observava o filho de longe.Esse maldito está aqui.- Qual é o problema, padre? – Gritou- Esse garoto é seu filho?- Sim, qual o problema?- O menino n&atild
MESMO SENDO uma criança feia – talvez por causa dos óculos fundo de garrafa que usava para acertar seus olhos para que quando crescesse não fosse estrábica –, com o passar do tempo, Josie se tornou uma das garotas mais lindas da cidade, líder de torcida e a pessoa mais conhecida da escola, juntamente com Anthony, seu par em todas as festas.Ninguém conseguia entender porque ela insistia em andar com aquele perdedor do Mark Conely.Mas ela sabia por que andava com ele, e era isso que importava, a pessoa extraordinária que ele era para ela, simples assim.E por mais que tentasse esconder, tinha um carinho muito especial por aquele garoto estranho desde o primeiro momento em que o viu, ele era sensível, talentoso, um amigo fiel...Além de ser uma pessoa atraente.DA PRIMEIRA VEZ que o tinha visto, ela estava chorando po
QUANDO JOSIE FEZ QUINZE anos de idade, algo muito especial aconteceu bem no dia em que o time jogou as finais.Após a apresentação, uma mulher de aparentemente quarenta anos de idade, de uma beleza arrebatadora, com sotaque arrastado chegou até ela e falou:- Qual o seu nome, garota?- Josie... Josie McMillan- Tem um nome forte, garota, gostei, e dança muito bem também. É preciso muito treino para fazer o que faz.- Eu amo dançar.- Eu também. Fui a primeira bailarina do ballet de Moscou.Josie sabia que os bailarinos russos eram os melhores do mundo- Uau! Qual o seu nome?- Ivana Baryshnikov.Os olhos de Josie brilharam naquele momento.- Sei que é um tanto quanto inesperado, mas gostaria de fazer uma audição com você. Tem uma escola aqui perto que uma amiga minha é a proprietária e professora
A NOTÍCIA DE JOSIE veio como uma bomba na relação deles, porém Anthony já sabia que mais dia, menos dia, aquilo aconteceria, pois os três eram talentosos, mas tinham caminhos diferentes a seguir e por mais que entristecia ter que se separar das pessoas que fizeram sua vida ter sentido, aquele era o momento ideal.Anthony sabia que se não fizessem isso naquele momento, talvez se moldassem ao que a vida lhes obrigaria, teriam que escolher uma profissão qualquer e ter uma vida qualquer...E isso era tudo o que Anthony acreditava que não era, uma pessoa qualquer... ele nasceu para ser a grande estrela e Hollywood o esperava de braços abertos.E era nisso que Anthony acreditava.Sua mãe tinha conseguido também uma audição em uma peça de teatro para ele e ao ver a atuação de Anthony, tinha parecido perfeita, poré
MARK CHEGOU NA CASA de Tony e o chamou, seu padrasto saiu e disse com sua habitual rudeza:- Tony não mora mais aqui garoto, vai embora e não enche mais o meu saco. Está me entendendo?Mark se desculpou e foi embora.O caminho para casa naquele dia foi mais longo do que era, ele sentou-se na praça em que normalmente os três se reuniam e ficou digitando aleatoriamente as escalas, não importava que música tocasse, a solidão tinha chegado em estágio terminal e da forma mais cruel que alguém a pode sentir.Perdendo seus amigos mais preciosos.AO CONTRÁRIO DE JOSIE, Anthony foi embora sem se despedir, Mark sabia que algo assim aconteceria, não era muito do feitio dele despedidas, simplesmente fazia o que lhe dava na telha e não estava nem aí para o que acontecesse ou o que falassem dele.Qualquer hora aparece aqui com aquele
JOSIE FICOU MARAVILHADA ao pisar na Praça Vermelha em Moscou, ela sabia que teria uma vida extremamente regrada e não muito divertida, muito pelo contrário, sentiria muito mais dor do que poderia imaginar ou sonhar, iriam massacrar seu corpo franzino até que fosse puro músculo para suportar as mais diversas manobras que uma bailarina conseguiria suportar.Cara... é muita loucura... eu realmente estou aqui.Ela percebeu que tinha canhões enterrados no chão e passou graciosamente o pé sobre eles e sentiu que possuíam uma história oculta, estavam ali por algum motivo e Ivana percebendo que a garota tinha reparado neles tratou de contar a história que eram de Napoleão Bonaparte e estavam ali como um símbolo da grandiosa vitória sobre o maior general do mundo.Ao contrário do que imaginava, a praça era extremamente linda, c