BENNY CONSEGUIU fazer o estrago que queria, neste momento quem havia ficado desnorteado era Jessy Callaham, o orgulhoso promotor de Boston que nunca tinha sofrido uma derrota na vida, agora sentia o duo golpe de seus próprios pecados.
Nada melhor do que a vingança de uma mulher com o coração ferido... ela deve estar rindo desse filho-da-puta por tudo o que fez com ela...
— Meritíssimo... eu... eu...
— Não estamos aqui para julgá-lo, promotor, pode seguir com as perguntas à acusada.
Jessy parecia aliviado, mas percebeu nitidamente que sua estratégia tinha ido por água abaixo, era torcer para que as digitais na arma fossem suficiente para não lhe dar a sua primeira derrota.
Ele olhou para Kerlley que continuava sem demonstrar qualquer sentimento, mas por dentro estava explodindo de alegria.
— GOSTEI BASTANTE do te
— NÃO QUERIA SER a pessoa e nem acho que seja o momento ideal para termos que falar nisso, mas...— Então é verdade? – Disse Laís de forma bruta.Benny assentiu envergonhado.Laís deu-lhe um tapa em seu rosto.— Você me dá nojo, sabia?Benny se virou e continuou seu caminho até a porta.— Você é um covarde, Benny.Benny se virou.— Covarde é quem tenta matar os outros pelas costas, Laís, em breve você saberá quem é a covarde dessa história toda, só espero que esteja preparada para saber quem são as pessoas de verdade.Laís se virou e bufou indignada.ELA SEMPRE SOUBE do tipo de homem que Benny era, de certa forma era uma ilusão imaginar que alguém como ela poderia tê-lo somente ao seu b
BENNY ESTAVA ORGULHOSO de seu avô, tinha levantado tudo o que poderia saber sobre ela e todas as mortes que manchavam as suas mãos.Vovô, seria incrível se estivesse aqui para saborear a sua vingança por ter matado o seu filho...Ele por si só jamais imaginaria uma situação como aquela, era uma das pessoas mais doces e gentis que já tinha visto na vida, mas haviam provas mais do que suficientes contra ela, as filmagens no hospital dela chegando e saindo no mesmo período do crime, as impressões digitais na cabana em que seu pai e seu sogro foram mortos...Era agora que todas as peças do quebra-cabeças se encaixariam e tudo fariam total sentindo...— AGORA SENHORES, não só irei lhes provar que Kerlley Sullivan é inocente, como tenho a culpada de tudo isso aqui presente neste tribunal.O juiz pela pri
BREANNA ESTAVA ANALISANDO os papéis à sua frente, por mais que detestasse admitir, seu marido era um gênio no que fazia, conseguiu esconder de tudo e todos seu maldito segredinho, ela mesma jamais teria desconfiado se não tivesse visto com seus próprios olhos ele beijando John.Se fosse outra mulher ela não ligaria, tinha sido criada para suportar qualquer tipo de infidelidade do marido em prol de sua família, o importante era sempre a família, e como a sociedade os enxergava e agradecia ao marido por ter sempre sido discreto em suas infidelidades, seja com quem quer que fosse, mas vê-lo beijar outro homem atingiu seu ponto mais vulnerável, pois seu marido necessitava de algo que ela não tinha como disputar.Eram duas mulheres que necessitavam de um membro rígido para lhes dar prazer...Breanna era uma vencedora nata e não existia em seu dicionário a palavra
A PLATEIA ESTAVA incrédula como tudo tinha acontecido.— Meritíssimo – indagou Jessy Callaham – isso ainda não inocenta a acusada.— Meias verdades não condenam e nem inocentam ninguém, senhor promotor – disse Benny que naquele momento era senhor absoluto da situação – não é mesmo senhora Thilton?— Se é assim que diz, Benny... então é...— Senhora Thilton, tem certeza que os fatos como ele relatou agora condiz com a realidade? Saiba que não há nenhuma prova que a ligue a estes crimes.— Muito pelo contrário, meritíssimo e a senhora Thilton sabe exatamente disso, que há provas mais do que suficientes contra ela.Ela sorriu diante do desafio.— Pulei algum ponto importante da história, senhora Thilton?— Por enquanto está tudo perfei
KERLLEY NÃO ESTAVA acreditando em tudo o que estava acontecendo bem na sua frente, se alguém algum dia falasse aquilo para ela dificilmente acreditaria.Isso é insano demais...— Teremos um recesso até o tribunal estar em condições novamente para continuarmos.Benny abraçou Kerlley comemorando a vitória.— Agora só falta a sentença do juiz.Jessy Callaham estendeu a mão para Benny.— Meus parabéns, garoto, fez um excelente trabalho.— Não teria conseguido sem a sua ajuda.— Que diabos está falando, garoto?— Seu brilhantismo me fez pensar como você, adiantar seus passos, prever seus movimentos, fechar as brechas...— Ainda não entendo como conseguiu todas aquelas informações confidenciais.— Já disse... meu avô era
LAÍS NÃO ESTAVA acreditando no que sua mãe tinha feito, ela era o biótipo de mulher perfeita para ela, uma mulher linda e inteligente ter feito coisas como aquelas era simplesmente inacreditável, era como se existissem duas Breannas Thiltons.— Está tudo bem, senhora O’Reily?De repente a ficha caiu, ela estava sozinha ali no tribunal, seu marido não estava ao seu lado no momento mais desolador de sua vida, ela estava sem chão para pisar, não tinha asas para voar e estava caindo em queda livre.— Onde está o Benny, senhor oficial?— O senhor O’Reily saiu acompanhando a senhorita Sullivan até a viatura policial, os repórteres estavam em polvorosa por uma exclusiva.— Imagino...— A senhora está realmente bem?Ela sabia que não estava, mas tentou se levantar e então desmaiou.
— EU DECLARO a senhorita Kerlley Sullivan, inocente de todas as acusações que foram imputadas contra ela.A plateia foi ao delírio, todos comemoravam como se fosse a final de uma Copa do mundo.Kerlley saiu do tribunal com o sorriso mais bonito que alguém poderia ter.— Senhorita Sullivan, pode falar conosco?Era a mesma coisa que tinha acontecido no dia anterior.— Ela dará uma coletiva daqui uma hora.Benny abriu a porta e ela entrou, e viu um homem bem alinhado que a esperava.— Benny, quem é este homem?— A pessoa que te dará a nova vida.Kerlley não tinha nem ideia do que ele estava falando.— Meu nome é Keethan Hawk, sou o representante da Hawkings Records, temos uma proposta para a senhorita assinar um contrato e gravar um disco conosco.— Eu tomei a liberdade de analisar todos os detalhes do cont
BENNY ESTAVA DE FÉRIAS no Havaí quando recebeu um telefonema de Keethan, que estava cuidando da carreira artística de Kerlley.— Entendi... irei assim que possível.E desligou o telefone.— Quem era, amor?— Keethan Hawk, o agente da Kerlley.— Aconteceu alguma coisa? – Perguntou visivelmente preocupada, toda nuvem de dúvidas sobre seu futuro juntos tinha se dissipado.— O bebê nasceu morto.Por mais que Laís odiasse Kerlley, jamais desejaria que tal coisa acontecesse com ela, em sua opinião jamais uma mãe deveria passar por uma situação dolorosa como aquela.— Meus sentimentos.— Obrigado.— E o que você vai fazer?— Existe alguma coisa que eu possa fazer?— Deus sempre pode fazer algo.— Só tem um problema nisso, querida... eu n&atil