Quando chegou a noite eu estava na frente do espelho com um vestido de alcinhas preto e com uma sandália rasteirinha.
Não fiz uma maquiagem muito chamativa porque o evento seria bastante informal.
Ouvi três batidas na porta e me virei:
- Entra!
Rhavy entrou vestindo uma bermuda preta, um tênis preto e uma camiseta do Queen.
- Você está linda!
- Obrigada...
- Está pronta?
- Quase... Falta só pegar a minha bolsa.
Coloquei o celular e uma cartela de chicletes, então me virei para Rhavy e disse:
- Agora estou pronta
__________
É um evento informal? É! Isso impediu Rhavy de ir com motorista para o local? Não, não impediu.
Estávamos no banco de trás quando Rhavy observou:
- Você parece tensa...
- Eu estou tensa...
- Por quê?
Eu ia parecer uma tola, talvez eu seja uma menina boba em corpo de mulher, mas eu estou realmente preocupada.
- É que a gente só se beijou aquela vez, sabe?
- E daí?
- Nada... Eu só não estou acostumada a ser beijada...
Rhavy olhou para mim e perguntou:
- Você nunca namorou?
- Não...
Ele me olhava como se não acreditasse, senti minhas bochechas ficarem quentes:
- Mas você já tinha beijado na boca antes?
- Poucas vezes...
Rhavy se aproximou e disse:
- Eu gosto como um beijo ainda importa para você... Eu gosto da sua pureza...
Senti minhas bochechas pegarem fogo:
- Gosta?
- Gosto...
Então nos aproximamos mais ainda, ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, acariciou minha bochecha esquerda e nos beijamos.
Dessa vez o beijo foi calmo, não tinha urgência, não tinha mãos bobas, só tinha carinho e respeito. Foi completamente diferente daquele dia.
Quando nos afastamos Rhavy observou:
- Você beija muito bem pra quem beijou poucas vezes na vida...
Olhei para ele e vi sinceridade nos seus olhos:
- Hoje a noite os nossos beijos serão assim... Mornos e gostosos...
Sorri tentando espantar a timidez, então o motorista abriu a porta do carro e anunciou:
- Chegamos...
Era um parque de diversões, tinham barraquinhas de comida, brinquedos, joguinhos bobos e até uma roda gigante.Rhavy me apresentou alguns dos seus amigos, todos estavam sendo respeitosos comigo:- Quer comer pipoca doce ou algodão doce de sobremesa? - ele perguntou.- Tanto faz, pode ser qualquer um dos dois...Ele me pegou pela mão e me levou até a barraquinha de algodão doce, ele pegou um amarelo e eu peguei um azul.Estava uma delícia, eu não comia aquilo a uns 10 anos, talvez até mais, então, quando estava quase terminando o algodão, Rhavy me pegou pela mão e falou:- Vamos na roda gigante...- Nunca fui na roda gigante...- Sério?! - ele perguntou abismado.- Sério... Nunca fui!- Então você vai comigo...Demos os ingressos para o assistente da fila e depois de cinco minutos estávamos nos sentando em uma das cabines.Quando a
Quando saímos da roda gigante, Rhavy me disse:- A noite está acabando, o que mais quer fazer antes de irmos embora?- Quero tentar ganhar um brinde em um jogo.- Qual jogo?Olhei para as barraquinhas, então apontei para a pescaria:- Aquele. Precisa pegar 10 peixes...- Então vamos lá...Rhavy entregou um ingresso ao atendente e ele me deu uma vara de pescar e disse:- Você tem 15 chances, precisa pegar o peixe e jogar no balde, ok?- Ok...Comecei focando no peixe rosa. Coloquei o anzol no metal e puxei. O peixe saiu da areia e eu joguei no balde.Em seguida fui para o peixe amarelo, enganchei o anzol nele e puxei, joguei no balde.Peguei o azul, o verde, o laranja, o vermelho, o roxo, o cinza, o preto, o branco, o prateado, o dourado e o bronze, só o pink neon e o bege que eu não consegui jogar no balde:-
Eu nunca imaginei que fingir ser o namorado de alguém poderia ser tão complicado... Talvez não fosse se não estivesse fingindo com ela.Estava me sentindo no paraíso, tínhamos nos beijado na roda gigante, ela tinha ganhado na pescaria e eu estava sentindo alguma coisa a mais por ela. Liguei para o motorista e ordenei:- Venha nos buscar.Estávamos andando rumo a saída quando Orlando Savignion, um advogado muito famoso, mas que nunca tinha conversado comigo, se aproximou de nós e disse:- Oi Melina... A quanto tempo não nos vemos.O tom dele não era amigável, pelo contrário, parecia até mesmo rude. Em seguida Melina desmaiou. Olhei para Orlando e disse:- Por que eu desconfio desse "Oi Melina"? - fiz aspas no ar.- Cisma sua, Himesh...Eu não tinha gostado daquele cara, tinha alguma coisa por trás daquele "Oi Melina". Logo em seguida os paramédicos do evento ch
Quando estávamos quase chegando no hospital Melina abriu os olhos, respirou fundo, levantou a cabeça e, quando seus olhos encontraram os meus, ela perguntou:- Onde estamos?- Na ambulância, você desmaiou...Ela ficou quieta encarando o teto, então disse:- Agora eu já estou bem...- É melhor você passar numa consulta para vermos o que aconteceu.Ela suspirou e falou:- Não é a primeira vez que isso acontece, eu sempre fico bem depois...- Você já desmaiou mais vezes?- Algumas vezes... Poucas...- Então precisamos ir no médico para ver o que está acontecendo... Você não pode ficar assim...- Eu só preciso descansar para estar bem para amanhã - ela insistiu.Olhei para ela e disse:- Que se foda amanhã, eu preciso de você saudável...- Foi só um mal súbito, nada demais, eu juro...Olhei para o paramédi
Melina recebeu alta pouco tempo depois e, quando entramos no carro, eu quis saber:- O que posso fazer para você ficar bem?- Nada...- Você desmaiou... Isso não é normal...- O médico falou que foi só mais um desmaio...Por que eu não sinto o mínimo de confiança nas palavras dela? Será que ela está escondendo algo?- Das outras vezes que você desmaiou você não foi no médico?- Só da primeira vez... Das outras vezes só de pensar em encarar a fila do hospital eu já desisti... Eu sempre fico bem no final das contas...Decidi desconversar, obviamente ela não queria ajuda e eu não achava uma boa forçar mais para ela me dizer o motivo dos desmaios.Assim que chegamos em casa ela foi deitar e eu fui até a cozinha. Enchi um copo de whisky e bebi calmamente.Fui deitar pensando no que tinha acontecido. Quando fui dormir o dia já estava amanhecendo.A
2 semanas atrás- Filho, você já tem 28 anos - falou Shankar Himesh.- Eu sei, pai...- Com essa idade eu já estava casando com a sua mãe...- Hoje em dia os homens casam-se mais velhos...- Mas essa sua fama de mulherengo está fazendo mal para os negócios... Passa uma imagem de irresponsabilidade.Encarei o meu pai sem acreditar no que estava ouvindo.- Eu posso tentar esconder os meus casos...- Eu não quero que você esconda nada, já está na hora de você arrumar uma boa mulher e formar a sua família, você já tem quase 30 anos.Ri sem acreditar no que meu pai estava falando, passei a mão pelo rosto:- Pai... Por favor... Eu não estou pronto para aquietar, eu vivi muito pouco ainda...Meu pai ficou até roxo de raiva, então disse:- Eu estou dizendo que você tem que começar a agir com mais maturidade, ou você arruma uma namorada, se casa
Assim que entrei naquela sala eu não estava querendo batalhar para arrematar a virgem, estava disposto a pagar o quanto fosse necessário para tê-la.Eu só queria uma acompanhante para os eventos beneficientes de fim de ano, para acalmar os meus pais e para ensinar como se faz sexo de verdade, o fato de ela ser virgem era um bônus.Então uma mulher magra, branca igual a neve, de cabelos castanhos entrou na sala trajando somente uma lingerie vermelha.Ela era mais velha do que as outras virgens que eu já tinha contratado na Marraskino Acompanhantes LTDA e seu olhar tinha algo diferente.As outras pareciam só querer ganhar uma graninha vendendo o próprio corpo, a maioria que já arrematei só queria isso mesmo, mas ela não...Estava ali por algum motivo diferente e eu senti uma necessidade imensa de protegê-la dos outros quatro possíveis arrematantes.- 400! - gritou Roberto Menescau&nbs
Eu estava disposto a fazer o que fosse preciso para descobrir quem era Orlando Savignion e porque ele tinha uma posição tão ostensiva pra cima da Melina.Mesmo comigo insistindo para que ela descansasse, quando era 19h00 ela estava na sala usando sandálias prateadas e um vestido longo de veludo azul marinho.Seu cabelo estava amarrado em um coque um pouco desgrenhado, me aproximei dela e disse:- Meu ponto fraco é você usando as roupas que eu escolho...- Gosta do que vê? - ela perguntou dando uma voltinha.- Eu amo, está quase perfeito?- Quase? - ela perguntou confusa.Andei até ela e tirei do bolso uma caixinha de veludo azul, dei uma cheirada no pescoço dela, um beijo no seu ombro direito e disse:- Falta isso para ficar perfeito.Entreguei a caixinha para ela e assim que abriu ela me olhou e disse:- É lindo, Rhavy!- Falta isso pra você