LiaTudo aconteceu tão rápido que não me lembro dos acontecimentos, mas me lembro bem de sentir meu peito queimar de ver a cena em que vi, Ludmila não tem vergonha na cara, mesmo depois de tudo que aconteceu ela ainda apareceu aqui e fez um estardalhaço com a comemoração, fiquei sentida pela minha sogra, ela fez tudo com tanto carinho, não merecia que acontecesse nada disso.Andrew estava a minha frente e após me ouvir sorriu lindamente, não me canso de ver o seu sorriso, ao olhar sua camisa que estava rasgada notei que ele estava todo arranhado. Passei a mão onde estava marcado e me revoltei.— Que ordinária! — falo raivosa.— Acabou, amor, deixa isso pra lá, você estando bem é que importa.— Está dolorido? — Ele sorriu.— Tem álcool no corpo, o sangue está quente, nem estou sentindo.— Ela conseguiu te beijar? — perguntei temerosa, ele sorriu e se negou.— Não, anjo, ela não conseguiu nada, a não ser uns tapas para deixar de ser ordinária. — sorri.— Coitada da sua mãe, ela não mere
Dona RosePor mais que o jantar de ontem tenha saído do eixo, o resultado me alegra por ter conhecido minha nora, e fiquei ainda mais feliz por ver que ela é uma menina doce e amável e constatar que meu Andrew é apaixonado por ela, vi em seus olhos o quanto está envolvido, está feliz.Há tempos busco por isso, instabilidade na vida dos meus filhos, sempre lhes dei conselhos, mas aparentemente não me ouvem. Antes sentia vazio no olhar deles, tanto de Marcus quanto de Andrew, sentia que lhes faltava algo, um amor, uma namorada ou esposa na vida deles, meus filhos são dois marmanjos, Andrew tem 26 e Marcus está perto dos 30, e nunca havia me apresentado uma namorada sequer, já estava preocupada, em minha cabeça meus filhos viveriam na devassidão para o resto da vida sem conhecer uma mulher que lhes apresentasse o amor verdadeiro. Ops me esqueci, Marcus havia sim me apresentado, a tal da Belly, recebi ela em minha casa quando eles resolveram morar juntos, mas esse morar juntos durou no má
O tempo passou e a tarde chegou, Alexander foi atrás de saber o que havia acontecido ao nosso filho, e eu fiquei velando pelo seu sono até vê-lo acordar, ele remexeu e gemeu, parecia sentir dor, mas abriu os olhos, quando me viu arregalou eles que estavam vermelhos, me lembro até hoje do meu primogênito quando era pequeno, quando acordava, abria seus olhos verdes e me avistava velando o seu sono, abria um lindo sorriso, mas agora vejo que está envergonhado.— Meu amor, que bom que acordou.— Mãe, o que faz aqui? — Ele pergunta não notando onde está.— Está em nossa casa amor!— Mer'da! — Suspirou olhando para o lado da parede, meus olhos lacrimejaram, imaginava que ele ficaria feliz em me ver após tanto tempo, mas vejo que meu filho está totalmente desiludido com a vida já que nem ao ver sua mãe ele cede um sorriso.— Filho não faz assim! — Ele sentou-se.— Eu vou embora. Perdão por aparecer assim mãe, não queria lhe preocupar, nem sei como vim parar aqui.— O que aconteceu? De quem é
2 meses depois…LIAHá como não dizer que vivo um sonho?É impossível não me ver desejando a presença do meu marido ao meu lado a todo tempo, tudo que imaginava para mim ele é ele foi pouco, vivo intensamente o amor que sinto por ele, mas notei que ele odeia falar de sentimentos, sempre foge do assunto quando pergunto sobre o que sente, mas por enquanto não estou me importando com isso, como diz Léa, eu ouvi tantos eu te amo do Miguel e na real eram só palavras jogadas ao vento, pelo menos Andrew não é assim, não nego que sinto falta de palavras, como já disse, sou muito carente gosto de ouvir palavras bonitas, não que ele nunca fale, ele fala sim, mas pensando bem seria até engraçado ouvir ele já que fala tantas besteiras. Por mais que ele não seja de falar o que sente demonstra e isso é o que mais me prende a ele, eu realmente aprendi a amar o meu marido, e não vejo a minha vida longe dele.Voltei a faculdade, mas mudei de curso, agora faço administração para que em um futuro próxim
AndrewAndo pilhado e não é para menos, meu irmão longe está sendo uma grande dor de cabeça, ontem estive com minha mãe e pedi ajuda a ela para irmos à casa da Belly, acabei de sair de um processo que quase me encarcerou e não to afim de matar a va'dia e ser preso, mas ela está procurando sarna pra se coçar, a vaga'ba andou procurando pelo Marcus no galpão, sim, a va'dia teve coragem de aparecer, Lucca me avisou, isso foi tarde da noite, ela não havia acreditado na informação que o Marcus estava fora do país, e ainda tentou seduzir Lucca para que ele falasse a verdade, o cara passou por apuros, cara'lho, ela jogou pesado em cima dele, quem essa fulana pensa que é para ficar pisando no meu mano e procurando ele quando bem entender? Ela é vacilo'na e para não correr nenhum risco de perder a cabeça procurei levar minha mãe já que não quero envolver Lia nisso e agora estamos voltando da casa dela, mas para o nosso azar outra mulher nos atendeu dizendo que ela havia saído de santa Catarina
Cheguei em casa e não vi ninguém, na cozinha Ellen cozinhava, perguntei por Lia e Ellen disse que Lia estava lá em cima, tratei de ir até o meu anjo.Quando passei pelo corredor notei que a porta do quarto de Angélica estava entreaberta, há tempos não entro nele, somente minha mãe entrou recentemente.Aproximei da porta e avistei Lia lá dentro, ela estava sentada na cama com algumas fotos em mãos, considerei lhe repreender por ela entrar no quarto, mas não tive coragem.Somente aproximei-me da porta sem ter coragem ao menos para entrar.— Lia, o que faz aqui? — pergunto e ela se assusta.— Marido! — ela sorriu surpresa, mas também assustada. — Desculpa, sei que não permite a entrada de ninguém.— Não tem problema. — tive curiosidade em entrar e fiz, olhei cada objeto que era de minha irmã, não nego que senti aflição e o peito doer com tantas lembranças dela em mente, esta tudo do jeitinho que ela deixou, fiquei alguns minutos olhando um diário que ela escrevia tudo e lembrei do dia qu
continuação...— Não foi uma simples batida, amor, ele jogou o lado dela, no poste sabendo que ela não usava o cinto Lia, ele ma'tou ela por saber que ela não voltaria! — falo com ódio, a raiva me consumia por dentro.— Amor, calma, acalme-se, eu to aqui com você. — Ela abraçou minha cabeça tentando me acalmar.— Soube do ocorrido e cheguei momentos depois da batida, já estávamos atrás dela por conta da amiga ter me alertado sobre o que acontecia. Mas cheguei tarde, ela estava no carro, sozinha, e ele havia fugido do local, a mãe o escondeu para não ser preso e fugiu do flagrante, depois alegou que foi um acidente, que o carro derrapou e bateu no poste, o celular dela sumiu e o da amiga no mesmo dia foi roubado, não tivemos nem como levantar a ligação que iria fazer ele pagar na cadeia. — lembranças baqueiam minha mente. — Isso me transformou Lia, me transformei em um monstro e só sosseguei quando arranquei a alma dele, queria beber o seu sangue, seria minha taça da vitória.— Você ma
Dia seguinte…MiguelO tempo não anda me ajudando em nada, estive por mais de dois meses fora, tentava pensar em um jeito de tirar Lia das garras daquele macho escroto, mas até o momento, não sei ao menos como vou me aproximar, já que ela vive com seguranças, até mesmo na faculdade pelo que fui informado. Recebi algumas fotos dela de colegas que tenho contato, ela está ainda mais linda e radiante, mas trocou de curso e pelo visto tem novas amizades, como sempre poucas, nenhuma que eu possa usar para me aproximar.Quanto mais o tempo passa mais quero estar perto de Lia, mas tenho a certeza que nascemos um para o outro, eu quero ela ao meu lado, ainda mais com minha família agora a favor do nosso relacionamento, tenho certeza que ela está com aquele valentão a força, imagino o que ela tem que submeter forçadamente. Lia tem traumas, e aquele mal'dito não está nem aí para isso, sei que ela deve estar traumatizada, mas ajudarei ela a se reerguer, quem ama faz o necessário, ainda mais saben